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terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Militarismo, um dom adquirido na caserna (jn)

Do Cel Gelio Fregapane em seu cometario 158 de 5 fev 2013

Em especial destaque em RESERVATIVA em homenagem postumas aos militares que se scrificaram
doando suas vidas para salvando  pessoas, até a exaustão..  Não morreram com certeza, pois imortalizados serão pela família militar.
José Conegundes Nascimento
Editor de Reservativa

Por Coronel Gelio Fregapani

Na boate Kiss
Em todo esse horrível acontecimento, um aspecto se destaca em minha observação, tão brilhante como o sol em seu apogeu: a atitude corajosa e altruísta dos militares presentes na tragédia.
Não me refiro ao pronto e eficiente auxílio médico nem ao transporte de feridos para Porto Alegre, edificantes, mas é claro que agiriam assim. Refiro-me aos doze militares mortos no incêndio. Dois deles, um tenente e um cabo, depois de entrarem no inferno em chamas por duas vezes e salvarem outras pessoas, morreram ao entrar uma terceira vez no incêndio na tentativa de resgatar mais alguém.
E os outros dez? Mais algum teria se sacrificado tentando salvar os demais e isto não teria sido registrado? Talvez, mas o certo é que eram jovens e fortes, certamente mais adestrados do que a maioria dos estudantes e teriam maior possibilidade de escapar . Os que saíram e voltaram, ao que se saiba, cuidaram de sair na frente para retirar a namorada e retornaram depois de colocá-la a salvo, como deve ser o procedimento de um cavalheiro.  Usando a estatística me parece que morreram quase todos os militares que estavam na festa. Haveria mais de duas mil pessoas na boate. Morreram cerca de dez por cento. Caso a proporção dos mortos militares fosse semelhante haveria lá mais de cem militares, o que é demasiado improvável numa fes ta de estudantes onde os milicos só iriam acompanhando as namoradas. Se não morreram todos, a quantidade de mortos entre eles foi desproporcional. Disto tudo só uma conclusão vem a minha mente: a maioria deles ficou para trás para deixar os demais passarem a frente, especialmente as mulheres. O País pode se orgulhar de seus soldados.
Significativo foi uma declaração anteriormente postada no facebook por um dos heróis, o tenente Lacerda: "Amo essa terra não por ser perfeita, não por ser rica, não por só ter gente de bem, não pelo seu Estado, não por sua História, não por seu futuro, não pelo que fez ou pelo o que há de fazer. A amo simplesmente por ser a minha, hoje e sempre.”
Enquanto tivermos soldados assim, apesar dos políticos, continuaremos a ser uma grande nação.