Translate

sábado, 30 de agosto de 2014

"COMEÇÃO NACIONAL DA VERSÃO " JN






BRASÍLIA — Depoimentos já colhidos pela Comissão Nacional da Verdade (CNV) revelam a irritação dos militares em serem chamados para dar suas versões sobre casos de tortura e violência cometidos durante a ditadura. Interrogados por assessores e pesquisadores da comissão especialistas em violações cometidas entre 1964 e 1985, os depoentes também apelaram para ironia para fugir das perguntas.

O coronel da reserva Celso Seixas Marques, que prestou depoimento no fim do ano passado, foi um dos que se irritou. Convocado por ter atuado na Guerrilha do Araguaia, ele repetiu 23 vezes a expressão “nada a declarar” quando os integrantes da comissão perguntaram, por exemplo, se ele tomou conhecimento da morte de alguns guerrilheiros do PCdoB na região.

— Eu gostaria que aqui estivessem presentes os membros da Comissão da Calúnia. E eu não desejo que os espirros (agentes da PF) que foram mandados à porta da minha casa, novamente apareçam. A comissão não tem autoridade para me prender, como foi dito lá, que eu seria trazido sob vara, para depoimento. Não há na comissão autoridade para isso. Eles estão inventando, tentando envenenar o brasileiro de uma maneira só, embora esta porcaria não esteja na agenda do povo brasileiro. Que nunca mais apareça a Polícia Federal na minha porta, certo? Incomodar minha mulher, meus vizinhos. Por isso eu não assinei esta porcaria. Era isso aí — declarou Marques.Mesmo com o silêncio nas respostas, os integrantes da comissão fizeram as perguntas:— Acho que a gente poderia ler as perguntas, mesmo que ele não tenha nada a declarar e deixa registrado — disse a assessora Mariana Barreiras, que junto com pesquisador Leonardo Hidaka, ex-coordenador de projetos da CNV, conduziu as oitivas com os militares que combateram no Araguaia.

Menos resistente, o General Álvaro de Souza Pinheiro, contou mais detalhes de sua atuação no regime limitar, ainda que tenha classificado sua ida à comissão de “esdrúxula e patética”. O general da reserva disse que jamais serão encontrados os corpos dos desaparecidos.

— Esse negócio de dizer que enterrou, onde é que está enterrado, vão ficar procurando eternamente e não vão achar coisa nenhuma — retrucou, numa das respostas.Numa referência sobre o guerrilheiro Osvaldo Orlando da Costa, o Osvaldão, Pinheiro mais uma vez, foi irônico:— Nosso amigo Osvaldão, quem não conheceu Osvaldão? Vocês conheceram o Osvaldão melhor do que eu. É ou não é verdade? Deve saber exatamente o dia que ele foi para o inferno, o lugar de onde nunca deveria ter saído. É ou não é verdade?No depoimento, o general confirmou que helicópteros foram usados para transportar corpos de guerrilheiros.— A última notícia que eu tinha era um guincho, o senhor sabe o que é um guincho de um helicóptero? Muitas árvores altas, o guincho descia, o comandante da equipe normalmente preparava o corpo, porque ele tem que ser preparado, prendia com o mosquetão de escalada, fazia um gesto, ligação por rádio, subia, e nunca mais a gente ouvia falar.O general Pinheiro levou 13 militares para acompanhar seu testemunho. Durante todo o tempo, ele ironizou os interrogadores da comissão, com expressões como: “É moça, você está bem informada” ou “a senhora é tão simpática que eu posso até lhe dizer alguma coisa que eu não devo dizer, porque é reservado”.Mariana Barreiras, da comissão, retrucou:— Muito simpática, como o senhor.— Não, eu não. Eu sou um grosso, casca grossa. Não fale isso para mim, porque eu não mereço.O general Nilton Cerqueira, que ficou calado em presença recente na comissão, prestou um depoimento anterior em novembro de 2013, e, na ocasião, afirmou que comandou as operações e que ficou lá até “resolver a situação”. Ele disse que ninguém tinha ordem de eliminar, mas de combater, e que prender não era opção.— Se a ameaça vem do bandido, que está lá recebendo ordens de São Paulo, ele vai morrer. Se não atirar, ele morre — disse Cerqueira.O ex-sargento João Santa Cruz, que ficou três anos na região e comandou um destacamento militar, disse que o único militar que tem todas informações sobre o que ocorreu no Araguaia é o major Curió. Para Santa Cruz, as expedições da comissão na região “não vão encontrar nada”.
Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/brasil/militares-mostram-irritacao-ironia-ao-depor-na-comissao-da-verdade-13779147.html#ixzz3BuyJ3l9p


Breve comentário do Editor de reservativa.

30/08/14Eu estava lá.  As FFAA não levaram e não consideraram necessária a escalação de Pelotão de Sapa, pelo simples fato de  não estar previsto funeral.  Os nossos eram recolhidos logo após o combate, os deles, problema deles. Quem não tem condições não se estabelece.
Por outro lado, já disse e escrevi que militar que coopera com o inimigo, em tempo de guerra é fuzilamento em tempos outros o desprezo.
Se os "guerrilheiros,  mais otários incautos, que guerrilheiros não enterraram Sonia que estava a 200 metros de uma base sua, deixando as  onças o trabalho que era seu por dever e respeito a militante, não venham agora  aparecer humanos, o que nunca foram durante a luta armada. O que é uma tortura  em comparação ao justiçamento principalmente de inocentes.Errar é humano, botar a culpa nos militares, então é a precípua missão da Começão da Versão.Uma palavra de consolo aos parentes dos mortos e desaparecidos da Luta Armada e GA.Antes de acusar pensem, o que fizeram vocês para evitar que seus parentes se metessem com os comunistas. Respondo: Nada

. É agora estão faturando alto em cima dos corpos.

Por fora bela viola, por dentro só excremento.

Comentários no  Jornal O Globo

  • Roberto de Assis Vargas • 
    Nos bons tempos dos militares, podia-se sair à noite, ir a um bar, tomar um, dois, dez chopes e voltar pra casa numa boa ! Hoje o programa à noite é ficar teclando no computador, pois, sair é arriscado. Ainda bem que Marina ou Aécio são fortes candidatos. Tenho certeza que com eles. os bons tempos voltarão.. Viva os militares do Brasil. Se não fossem vcs hoje seriamos uma CUBA GIGANTE !
    Responder • Denunciar

  • Jose Conegundes do Nascimento • 
    ...Uma palavra de consolo aos parentes dos mortos e desaparecidos da Luta Armada e GA.  Antes de acusar pensem, o que fizeram vocês para evitar que seus parentes se metessem com os comunistas. Respondo: Nada . É agora estão faturando alto em cima dos corpos. Por fora bela viola, por dentro só excremento.
    Responder • Denunciar

  • Jose Conegundes do Nascimento • 
    Continuando: Se os "guerrilheiros,  mais otários incautos, que guerrilheiros não enterraram Sonia que estava a 200 metros de uma base sua, deixando as  onças o trabalho que era seu por dever e respeito a militante, não venham agora  aparecer humanos, o que nunca foram durante a luta armada. O que é uma tortura  em comparação ao justiçamento principalmente de inocentes.Errar é humano, botar a culpa nos militares, então é a precípua missão da Começão da Versão.Uma palavra de consolo aos parentes 
    Responder • Denunciar

  • Barbara Santiago • 
  •  Se o STF mudar seu julgamento se mostrando aparelhado e os que roubaram, mataram, sequestraram, torturaram, explodiram, justiçaram, continuarem no poder, será a hora de quem anseia por liberdade deixar o Brasil.  A Comissão está de saída e historiadores vão reconhecer os Direitos Humanos dos assassinados pelos terroristas.A Comissão vai sair de cabeça baixa por ter apresentado um trabalho capenga, incompleto, vergonhoso. A lei não aceita que ideais sejam a motivação para a esconder a verdade. 
    Responder • Denunciar

  • Jose Conegundes do Nascimento • 
    Breve comentário do Editor de reservativa. Eu estava lá.  As FFAA não levaram e não consideraram necessária a escalação de Pelotão de Sapa, pelo simples fato de  não estar previsto funeral.  Os nossos eram recolhidos logo após o combate, os deles, problema deles. Quem não tem condições não se estabelece. Por outro lado, já disse e escrevi que militar que coopera com o inimigo, em tempo de guerra é fuzilamento em tempos outros o desprezo.
    Responder • Denunciar


  • Read more: http://oglobo.globo.com/brasil/militares-mostram-irritacao-ironia-ao-depor-na-comissao-da-verdade-13779077#ixzz3BvBXKnvH