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sábado, 8 de junho de 2013

Linchamento e o mesmo que os JUSTIÇAMENTOS praticados pelos adeptyos da luta armada (jn)

5 junho 201


R7




A lei de Linch pode se tornar a única efetivamente em vigor neste País. Essa prática desumana, cruel, irracional, perversa, covarde e normalmente injusta é a cara do Brasil. Só prospera onde o Estado é ausente, inócuo, corrupto, covarde e normalmente injusto.
O linchamento, mesmo quando aplicado em pessoas comprovadamente culpadas, é um atestado de barbárie. É a sentença de morte da civilização. É injustificável. E seus envolvidos deveriam abdicar de pertencer ao gênero humano. Nem animais podem ser considerados, pois a natureza não criou seres que matam em bando sem que suas vidas estejam em perigo.
O caso do homem de 61 anos espancado na rua por moradores de Piabetá, na Baixada Fluminense, é o retrato de como fazer justiça com as próprias mãos (e pés) é o último degrau que leva ao porão do inferno.
Os populares que agrediram o idoso estavam se lixando para uma suposta vítima de estupro — um rapaz de 15 anos que, depois, mediante exames médicos, comprovou-se não ter sofrido nenhum abuso sexual. Os justiceiros anônimos, escondidos na pequena multidão, apenas aproveitaram a oportunidade para liberar seus instintos mais primitivos.
Felizmente, o linchado sobreviveu, com fraturas e hematomas. Saiu no lucro, o coitado. Duvido que algum de seus algozes vá lhe pedir desculpas pelo “equívoco”. E é pouco provável que esse "incidente" sirva de exemplo. Outros massacres virão.
Quem chuta a cabeça de uma pessoa desmaiada no chão, indefesa, subjugada, é o que, além de doente? Que desvio moral autoriza alguém a julgar e punir sem provas, sumariamente? Como se a Justiça já não fizesse isso tantas vezes...