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segunda-feira, 2 de abril de 2012

01/04 - “A baderna em frente a “Casa da República”
  
Cel Aimar Baptista da Silva
Imortal da Academia Militar
Brasileira de Letras
Estratégicas
Aimar Baptista da Silva -  Cel. Ref. do EB 
Santos/SP, 31 de Março de 2012
               A primeira coisa de que me admirei, na baderna em frente ao Clube Militar, onde militares inativos comemoravam o 31 de Março de 1964, foi ver algumas dezenas de jovens, imberbes e imbecis, saracoteando pela Cinelândia e tentando impedir o ingresso dos participantes pelas duas entradas do Clube. Deveriam, isto sim, estar em suas escolas (se é que as têm!) aprendendo e fazendo alguma coisa de útil.
               Esses jovens nem sabiam por que estavam ali, afrontando homens encanecidos e curtidos no serviço da Pátria.

Homens que se superaram, no decorrer da carreira militar, dificuldades e afrontas muito mais graves - com risco de morte, até,- que uma baderninha de inconsequentes e mimados garotos, orquestrada por gente que talvez nem conhecessem bem.
               Alguns imbecizinhos zurravam, babando de ódio pré-fabricado, contra “alvos” indefinidos. Outros esgoelavam palavras de ordem sem direção e sem saber contra quem e por que. Estavam ali bradando contra supostos torturadores e assassinos, sob o comando (?) de alguns “militantes” de partidos e entidades comunistas, velhas raposas do movimento comunista tupiniquim. Gente que, na hora do “pega prá capar”, desaparecem num átimo.
               Esses “camaradinhas” ignoram que sempre foi assim. Por exemplo, o “camarada” João Amazonas, dono do P C do B, enquanto outros jovens de cabeça oca morriam, enfrentando, em vão, tropas especializadas em guerra na selva, no Araguaia, alertado de que a... “repressão” estava por ali, prestes a capturá-lo, Amazonas, num “vapt-vupt”, “se mandou” para a Albânia. De outra feita, o “caudilho do P C do B” também faltou (!) à reunião do Comitê Central do partido, quando alguns de seus dirigentes, traídos por um de seus companheiros, foram mortos num “entrevero” com as ... “forças de repressão”, num episódio a que os “sobreviventes” deram o nome de “A Chacina da Lapa”. Vejam só: enquanto seus companheiros morria m lutando, Amazonas preservava o seu couro em outras ares e lugares. Eis o que espera os otários! 
               Os baderneiros carregavam fotos de terroristas mortos pela... “milicada assassina” e quase conseguiram o que os “comunas” mais anseiam como resultado de uma baderna: um cadáver! Uma “camarada” socióloga foi ferida, sem maior gravidade, por um estilhaço de granada lacrimogênea. Mas que falta de sorte!
               A coisa não para por aí: uma “militante (?)”, no paroxismo de seu ardor baderneiro, declarou que teve vários amigos presos e... supertorturados (deslumbraaaaaaada!). Ora, ai está mais um trabalhinho (!) para a “Comissão Nacional da Verdade (?): separar o joio do trigo, estabelecendo as diferenças entre as supertorturas e as subtorturas, a exemplo, em outros setores do governo , do superfaturamento e subfaturamento, que fazem a festa do sindicato de ladrões que se apropriou do governo e do poder. Com o beneplácito covarde dos Poderes Legislativo e Judiciário! Nem vá se esquecer da qualificação dos “torturadores”: supertorturadores e subtorturadores!
               Esses baderneiros encomendados, de quinta categoria, não perguntam não veem, não leem, não pesquisam, não comparam, nem pedem explicações. Emprenhados pelos ouvidos, apenas obedecem. Já não têm vida própria: foram incorporados a alguma “massa de manobra”, passaram a integrar um Ser Plural, no qual se fundem os corpos dos indivíduos que, assim, perderam a individualidade.É um Ser disforme e desconforme, estúpido e inconsequente,sem consciência, sem direção, sem sentido. Só obedece a controles externos. Assim se explicam as cusparadas que atingiram alguns oficiais. Eis aí o pelo da brutalidade inconsciente.
               Pelo rodar da carruagem, a História parece que vai se repetir. Assim, estou me preparando para assistir, quem sabe até se tomar parte como no anterior, a reprise do filme “31 de Março de 1964”. Eles que se cuidem porque, do jeito em que a coisa vai, logo, logo as forças da repressão sairão a campo mais uma vez. E, mais uma vez, as milícias do ódio, da vingança, da violência, da brutalidade serão derrotados. Como em 35,64 e 68! O Brasil jamais será uma republiqueta comunista como Cuba!
Vai começar tudo de novo! 

Fonte averdadesufocada