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quarta-feira, 1 de outubro de 2008

A REVOLUÇÃO SILENCIOSA - DIEGO CASAGRANDE

Não espere tanques, fuzis e estado de sítio.
Não espere campos de concentração e emissoras de rádio, tevês e as

redações ocupadas pelos agentes da supressão das liberdades.
Não espere tanques nas ruas.
Não espere os oficiais do regime com uniformes verdes e estrelinha
vermelha circulando nas cidades.
Não espere nada diferente do que estamos vendo há pelo menos duas
décadas.
Não espere porque você não vai encontrar, ao menos por enquanto.
A revolução comunista no Brasil já começou e não tem a face
historicamente conhecida.


Ela é bem diferente.
É hoje silenciosa e sorrateira.
Sua meta é o subdesenvolvimento.
Sua meta é que não possamos decolar.
Age na degradação dos princípios e do pensar das pessoas.
Corrói a valoração do trabalho honesto, da pesquisa e da ordem.
Para seus líderes, sociedade onde é preciso ser ordeiro não é
democrática.
Para seus pregadores, país onde há mais deveres do que direitos não
serve.
Tem que ser o contrário para que mais parasitas se nutram do Estado e de
suas indenizações.
Essa revolução impede as pessoas de sonharem com uma vida econômica
melhor, porque quem cresce na vida,
quem começa a ter mais, deixa de ser 'humano' e passa a ser um
capitalista safado e explorador dos outros.
Ter é incompatível com o ser. Esse é o princípio que estamos
presenciando.
Todos têm de acreditar nesses valores deturpados que só impedem a
evolução das pessoas e, por
conseqüência, o despertar de um país e de um povo que deveriam estar lá
na frente.


Vai ser triste ver o uso político-ideológico que as escolas brasileiras
farão das disciplinas de
filosofia e sociologia, tornadas obrigatórias no ensino médio a partir do
ano que vem.
A decisão é do ministério da Educação, onde não são poucos os adoradores
do regime cubano mantidos com
dinheiro público. Quando a norma entrar em vigor, será uma farra para
aqueles que sonham com uma sociedade cada
vez menos livre, mais estatizada e onde o moderno é circular com a
camiseta de um idiota totalitário como Che
Guevara.


A constatação que faço é simples.
Hoje, mesmo sem essa malfadada determinação governamental - que é óbvio
faz parte da revolução silenciosa
- as crianças brasileiras já sofrem um bombardeio ideológico diário.
Elas vêm sendo submetidas ao lixo pedagógico do socialismo, do mofo, do
atraso, que vê no coletivismo
econômico a saída para todos os males.
E pouco importa que este modelo não tenha produzido uma única nação onde
suas práticas melhoraram a vida
da maioria da população. Ao contrário, ele sempre descamba para o
genocídio ou a pobreza absoluta para quase todos.


No Brasil, são as escolas os principais agentes do serviço sujo.
São elas as donas da lavagem cerebral da revolução silenciosa.
Há exceções, é claro, que se perdem na bruma dos simpatizantes vermelhos.
Perdi a conta de quantas vezes já denunciei nos espaços que ocupo no
rádio, tevê e internet, escolas
caras de Porto Alegre recebendo freis betos e mantendo professores que
ensinam às cabecinhas em formação que o
bandido não é o que invade e destrói a produção, e sim o invadido, um
facínora que 'tem' e é 'dono' de algo, enquanto outros nada têm.

Como se houvesse relação de causa e efeito.
Recebi de Bagé, interior do Rio Grande do Sul, o livro 'Geografia',
obrigatório na 5ª série do primeiro
grau no Colégio Salesiano Nossa Senhora Auxiliadora. Os autores são
Antonio Aparecido e Hugo Montenegro.
O Auxiliadora é uma escola tradicional na região, que fica em frente à
praça central da cidade e onde
muita gente boa se esforça para manter os filhos buscando uma educação de
qualidade.
Através desse livro, as crianças aprendem que propriedades grandes são de
'alguns' e que assentamentos e
pequenas propriedades familiares 'são de todos'.
Aprendem que 'trabalhar livre, sem patrão' é 'benefício de toda a
comunidade'.
Aprendem que assentamentos são 'uma forma de organização mais
solidária... do que nas grandes
propriedades rurais'.
E também aprendem a ler um enorme texto de... adivinhe quem? João Pedro
Stédile, o líder do criminoso MST
que há pouco tempo sugeriu o assassinato dos produtores rurais
brasileiros.
O mesmo líder que incentiva a invasão, destruição e o roubo do que aos
outros pertence. Ele relata como
funciona o movimento e se embriaga em palavras ao descrever que 'meninos
e meninas, a nova geração de
assentados... formam filas na frente da escola, cantam o hino do
Movimento dos Sem-Terra e assistem ao
hasteamento da bandeira do MST'.
Essa é A revolução silenciosa a que me refiro, que faz um texto lixo
dentro de um livro lixo parar na
mesa de crianças, cujas consciências em formação deveriam ser
respeitadas.


Nada mais totalitário.
Nada mais antidemocrático.
Serviria direitinho em uma escola de inspiração nazi-fascista.
Tristes são as conseqüências.
Um grupo de pais está indignado com a escola, mas não consegue se
organizar minimamente para protestar e
tirar essa porcaria travestida de livro didático do currículo do colégio.
Alguns até reclamam, mas muitos que se tocaram da podridão travestida de
ensino têm vergonha de serem
vistos como diferentes. Eles não são minoria, eles não estão errados, mas
sentem-se assim.
A revolução silenciosa avança e o guarda de quarteirão é o medo do que
possam pensar deles.
O antídoto para A revolução silenciosa?
Botar a boca no trombone, alertar, denunciar, fazer pensar, incomodar os
agentes da Stazi silenciosa.
Não há silêncio que resista ao barulho.