SEMPRE É O POVO QUE DÁ AS CARTAS, PORISSO MESMO SOFRE SUAS CONSEQUÊNCIAS...
Artigo de Jorge Serrão.
Jorge Serrão Qual escândalo e de que magnitude seria capaz de afetar a incrível blindagem política do presidente Lula da Silva? Eis o maior enigma da nossa República do Sindicalista. No primeiro mandato, o apedeuta (aquele que nunca sabe de nada) conseguiu boiar, tal como um dejeto no esgoto, no escândalo do mensalão. Sobreviveu e se reelegeu. Mas será que a história vai se repetir como farsa, no segundo mandato, quando uma CPI amestrada, para fingir que apura as causas do apagão aéreo, pode revelar tudo de podre que existe no reino da Infraero.Uma empresária que tem nome de uma famosa modelo e atriz - Sílvia Pfeiffer – entregou ao delegado Jaber Saadi, da Polícia Federal no Paraná, originais de contratos, cópias de recibos, depósitos bancários e arquivos de computador que comprovam a existência de um “mensalão” na Infraero. Sílvia Pfeiffer (de 47 anos de idade, há 20 no setor de obras e veiculação de publicidade nos aeroportos brasileiros) revelou á revista Isto É que sua empresa foi uma das financiadoras de tal mensalão – resultado do superfaturamento em licitações de compras, obras e serviços da estatal.Sílvia Pfeiffer se compromete a comparecer à CPI do Apagão e revelar que um empresário paranaense, amigo e freqüentador das churrascadas de Lula da Silva, teria lhe mandado procurar uma secretária do presidente para tratar sobre “dinheiro para o PT”. Sílvia denunciou à Polícia Federal que seus contratos no Aeroporto Affonso Pena, em Curitiba, foram obtidos à custa do pagamento de uma mesada aos diretores da Infraero. A empresa dela pagaria uma propina mensal, desde 2003, aos diretores da Infraero. Segundo ela, os depósitos em dinheiro chegam a até R$ 20 mil nas contas correntes de parentes dos diretores. Outras vezes, a propina é paga com automóveis de luxo. Tal “mensalão” é a contrapartida exigida para contratar os serviços da empresa de Sílvia, a Aeromídia, no aeroporto.Mas não é só em Curitiba. Em Brasília, Sílvia Pfeiffer denunciou que a Infraero criou uma situação irregular para veicular, com a intermediação da Aeromídia, anúncios feitos pelo publicitário Duda Mendonça, marqueteiro da primeira campanha de Lula. A beneficiária do esquema seria uma empresa de telefonia. Segundo Sílvia, os anúncios foram veiculados sem que houvesse licitação e sem que um contrato fosse formalizado.As denúncias de Sílvia devem atingir o ex-presidente da Infraero deputado Carlos Wilson (PT-PE). A empresária contou à Polícia que um assessor da estatal, Eurico José Bernardo Loyo, fazia os “acertos” nos contratos da Aeromídia em nome de Carlos Wilson. A empresária indica que o superfaturamento de até 357% nos materiais e nas obras de aeroportos brasileiros, verificado pelo Tribunal de Contas da União nas auditorias que fez na Infraero, é uma das origens da propina cobrada.Além do escândalo da Infraero, outro caso muito estanho bate à porta do Palácio do Planalto. O presidente Lula assinou, em 21 de dezembro passado, um decreto autorizando o deputado federal Jader Barbalho a transferir sua concessão da Rede Bandeirantes no Pará. A capitania hereditária da mídia estava nas mãos da empresa RBA, que deve R$ 82,4 milhões de reais à Receita Federal, ao INSS e ao fundo de garantia. Lula permitiu que a concessão fosse transferida a uma empresa devidamente saneada, a Sistema Clube do Pará.O procurador Rômulo Moreira Conrado, da Procuradoria da República no Distrito Federal, estuda o caso com todo carinho. Vai sobrar para Lula? As chances são remotas. A blindagem política dele é impressionante. Por isso, só resta aos brasileiros o direito de “gritar”. Façamos como os feirantes de São Paulo. Afinal, o alcaide Gilberto Kassab (amado por 11 entre 10 empreiteiros) voltou atrás na mal escrita redação de um artigo do ridículo decreto municipal que proibia gritos nas feiras livres da capital paulista.Na feira livre da politicagem nacional, onde o governo do crime organizado faz suas compras e vendas, gritemos, todos juntos: “Lula, segura o pepino”. Alertemos: “Cuidado com os laranjas”. Recomendemos: “CPI, descasque este abacaxi”. Reclamemos: “Lula, a turma do Mensalão escorregou no tomate novamente”. Esbravejemos: “Presidente, você merece uma banana”. Ou banquemos o feirante metido a filósofo machadiano: “Ao Presidente, as batatas”. "E que a terra, onde elas crescem, lhe seja leve".
PS - Para terminar, o nome do cachorro Doberman que posou entre as pernas da loura Fani, do BBB7, no ensaio da Playboy deste mês: "Picasso".Au, Au! Pior que essa, só o desgoverno da Répública do Sindicalista mordendo a gente.
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