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quinta-feira, 21 de setembro de 2006

LULA - OPERÁRIO PADRÃO - PARTE 7

Outra filha de Lula que costuma freqüentar o noticiário é Lurian, filha que o Presidente teve com a auxiliar de enfermagem Miriam Cordeiro. Em 1996, Lurian, então com 22 anos, lançou-se candidata a vereadora em São Bernardo do Campo. Na época, alugou duas salas para montar o escritório de campanha e pediu à mãe de uma amiga que fosse sua fiadora. Lurian não foi eleita. Deixou as salas e uma dívida de 12 aluguéis. A amiga passou 4 anos cobrando a dívida e, quando a mãe já estava ameaçada de perder a casa em que morava, disse que viria a público transformar o episódio em escândalo. O amigo da família, então recebendo apenas a aposentadoria de metalúrgico (R$ 45.679,00 por ano), Paulo Okamotto, pagou a tal da dívida, que, em virtude de acordo entre as partes envolvidas, foi de R$ 26 mil. A fiadora disse que foi Okamotto quem pagou. Depois "desdisse". Okamotto alega que não foi o autor do pagamento. Ficou por isso mesmo.
Lurian formou-se em Jornalismo, pela Universidade Metodista de SP, em 2000. Hoje, ela vive em Santa Catarina, tem dois filhos e é casada com Marcelo Sato. O genro de Lula é chefe de gabinete da deputada estadual Ana Paula Lima (PT/SC). Ela, por sua vez, é casada com Décio Lima, que foi prefeito de Blumenau, pelo PT, por dois mandatos seguidos (1996-2000 e 2001- 2004). O Tribunal de Contas de Santa Catarina condenou a Prefeitura de Blumenau a devolver mais de dois milhões de reais por desvios em obras municipais, entre 1997 e 2000. Décio ajudou Lurian: ela estava desempregada depois de deixar São Bernardo do Campo e passou a trabalhar no diretório do PT em Blumenau. O marido, Sato, tornou-se membro da executiva municipal do PT, não sei exatamente quando.
Ao deixar a prefeitura, em 2004, Décio Lima foi nomeado por Lula como superintendente do Porto de Itajaí. No fim de março de 2006, Lima deixou o cargo para se candidatar a deputado federal ou a vice, na chapa de José Fritsch, candidato ao governo de Santa Catarina. O marido de Lurian, segundo o jornal O Globo (20/04/2006), costuma enviar os pedidos de parlamentares de SC à Senadora Ideli Salvati, que, de fato, alegou ter "relações cordiais" com Sato e Lurian. A Senadora se justificou dizendo que Sato é chefe de gabinete de uma parlamentar e essa é uma das funções dele. Ideli é ex-mulher de Eurides Mescolotto, presidente do BESC (Banco do Estado de Santa Catarina). Foi ela quem lutou bravamente contra a privatização do banco. Mescolotto é amigo de Lula e das famílias Lima e Sato.
Segundo o Prefeito do Rio de Janeiro, César Maia, são de agências bancárias em Blumenau (SC) algumas contas supridas por Paulo Okamotto. Ainda conforme o Prefeito, o dono de contas no BESC e no Banespa (ambas abertas em Blumenau), é Marcelo Sato Rosa, o genro de Lula. Mas, parece que nem Deus conseguirá quebrar o sigilo bancário de Okamotto, já que, na época em que o assunto estava esquentado na imprensa, o Congresso foi invadido por vândalos do MSLT e não se falou mais nada a respeito das tais contas.
Lurian já colocou muita gente da imprensa na Justiça. Ela entrou com ação contra o jornal catarinense "A Notícia", por exemplo, cuja coluna "No Ar", publicada no dia 13 de setembro de 2002, dizia que Lurian era funcionária do Samae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) de Blumenau por causa da amizade de seu pai (que na época ainda concorria à presidência), com o então prefeito da cidade, Décio Lima (PT). O jornal chegou a publicar uma errata, já que ela não era funcionária da Samae. Mas, a Justiça de Blumenau condenou o jornal a pagar indenização de R$ 50 mil a Lurian. A empresa recorreu e, por isso, o processo ainda não terminou.
Junto com Décio Lima, Lurian também entrou na Justiça contra o colunista Cláudio Humberto, em março de 2002. Dessa vez, pelo menos até agora, ela parece ter perdido: ambos foram condenados a pagar R$ 4 mil de indenização ao colunista. Entretanto, na decisão, o magistrado concedeu a Lurian o benefício da gratuidade da Justiça - normalmente destinado a pessoas sem recursos - e ela não terá de pagar o valor, cabendo a dívida ao co-autor do processo, Décio Lima. Ele vai recorrer. Na ação, ambos argumentaram ter sido moralmente ofendidos em notas escritas pelo jornalista, entre as quais o colunista atribuía à direção nacional do PT "um esforço especial para salvar o pescoço do seu prefeito de Blumenau, Décio Lima, em retribuição ao emprego que ele deu a Lurian". Para o magistrado, as notas faziam referência a investigações abertas pelo Ministério Público e que, portanto, configuravam a prática do exercício regular do jornalismo. A jovem ainda tem mais 3 processos correndo na justiça contra órgãos de imprensa. Bom, pelo menos ao que parece, Lula não tem mais que se preocupar com o futuro de seus filhos, ao contrário da maioria dos brasileiros. Teria muitas explicações a dar. Mas, todos nós sabemos que não o fará – e também que ficará tudo por isso mesmo, como sempre