terça-feira, 4 de fevereiro de 2014
Amor à vida e desamor à Lei
Por Fernando Di Lascio
Estou convencido que apenas poucos cidadãos e cidadãs conseguem enxergar os riscos aos quais a corrupção e a impunidade – no estágio a que chegaram – expõem a nação e a democracia brasileiras.
Assim como estou certo, também, que somente uma pequena fração dessas pessoas conseguiu deixar de priorizar exclusivamente seus interesses pessoais para dedicar parte de seu tempo aos interesses maiores da coletividade, deflagrando aberta guerra contra a corrupção e a impunidade, com vistas ao fortalecimento da democracia e das instituições republicanas, inquestionável bem comum.
Essas pessoas lutam uma guerra sem financiamento governamental, bancário ou empresarial e sem apoio da mídia, avessos que são todos estes a qualquer ação que possa gerar ou fortalecer movimentos sociais pela mobilização popular. Por isso, as únicas armas a disposição desse diminuto e desunido batalhão de indignados são as ações legais asseguradas na Constituição e a tentativa de mobilização popular por reformas. Todavia, até aqui, estas armas tem se demonstrado absoluta incapacidade em, sequer, arranhar a carapaça do sistema corrompido e suas fantásticas máquinas de convencimento de pessoas.
Assim, enquanto se esvai nosso suor e sangue combatendo a impunidade como a grande inimiga da Nação brasileira, vem esta empresa privada, a Globo, utilizando-se da mais poderosa de todas as armas de comunicação de massa, a TV que lhe foi emprestada por concessão da própria sociedade e, diante de mais de 100 milhões de abestados, românticos e emotivos cientificamente embalados, faz descarada apologia ao crime consagrando a impunidade de protagonistas da novela Amor a Vida, levando consigo uma multidão de incautos à convicção de que o crime compensa sim, desde de que você seja rico e possa representar algum arrependimento vertendo lágrimas de jacaré.
Prova disto é que no apocalipse desta novela, demonstrando farta preferência pela manutenção do sistema injusto e corrupto em que vivemos, os controladores e diretores da empresa Rede Globo decidem afiançar seu apoio irrestrito à impunidade da criminosa confessa, Pilar, em cenas habilmente conduzidas por funcionários profissionais e doutores em mexer com as emoções das pessoas, levando muita gente desatenta a acompanhar a decisão da direção da empresa Rede Globo e também perdoar as atrocidades cometidas por esta sacripanta.
Só para lembrar, Pilar premeditou, arquitetou e mandou matar uma pessoa com os agravantes de motivo sórdido e impossibilidade de defesa da vítima. É culpada, também, por duas outras tentativas de homicídio, inclusive uma contra incapaz, causado às vítimas lesões físicas e psicológicas permanentes, as quais a uma impediu de prosseguir carreira bem sucedida na dança clássica, impondo-lhe enormes prejuízos materiais e morais e, ainda, a ambas induziu a fazerem justiça com as próprias mãos, na base da lex talionis ou Lei de Talião, “Olho por olho – Dente por dente”, uma vez que para eles, os ricos, a Justiça dos homens não funcionaria.
E Pilar, ainda, mediante falso testemunho levou Tetê à cadeia, responsabilizando-a pelo acidente que vitimou na piscina o primogênito do Cesar, sendo ela mesma, Pilar, corresponsável por este incidente fatídico que acabou gerando, também, enormes e não reparados prejuízos financeiros e morais àquela Chacrete.
E para o delírio da galera, essa pessoa desprezível, criminosa e assassina confessa, acaba rica, com fama de boa mãe, boa esposa e benevolente ex-esposa, feliz com o motorista Ricardão, amada por todos e ainda com direito a destaque no Faustão, no Huck e na Ana Maria Braga. Por isso não me surpreenderia agora se víssemos a Suzana Vieira, no apogeu de seus setenta anos, de topless na Avenida, como madrinha da bateria de alguma escola de samba.
Pior apologia ao crime e à impunidade cometida pelos responsáveis da empresa controladora da Globo, ocorreu no caso do Felix, um carismático gay que começou como bandido sanguinário e acabou, por força de magnífica manobra de manipulação de opinião pública, como o grande “queridinho do Brasil”.
Essa criatura, o Félix, sequestrou uma recém nascida e tentou assassiná-la; mandou matar o Atílio e a esposa com agravantes de motivo torpe e impedimento de defesa; sequestrou a menor Paulinha e sua babá e as manteve em cárcere privado; roubou o Hospital e seus sócios; cometeu estelionato contra a Amarílis e a sogra, contrabandeou e fraudou a Receita Federal e dentre outras barbaridades cometidas diante de milhões de telespectadores, roubou até moedas na 25 de Março, crimes que deveriam lhe impor uma pena de reclusão de mais de setenta anos.
Mas não. Aqui no nosso Brasil de hoje o Félix se deu muito bem. Acabou amado por todos e idolatrado pelos homossexuais. Amado até mesmo por seu homofóbico pai, também ladrão de hospital, marido infiel, corneador do próprio filho, frequentador assíduo de boates de prostituição enfim, um exemplo de pai e chefe de família ao final penalizado pela vida, mas aparentemente consolado pela memória das brincadeiras íntimas que teve com aquela gracinha de bandida, sequestradora, estelionatária e assassina impiedosa, a Aline.
A pergunta que não quer calar é: Coroar com a impunidade os crimes cometidos por protagonistas na Novela e, ainda, atrair para eles a solidariedade e o carinho dos incautos, não seria uma apologia ao crime promovida pelos dirigentes dessa empresa privada, a Rede Globo, desviando-se categoricamente da finalidade da concessão pública que lhe fez o povo brasileiro?
Pense bem, pergunte, pesquise e confirme.
Assim como estou certo, também, que somente uma pequena fração dessas pessoas conseguiu deixar de priorizar exclusivamente seus interesses pessoais para dedicar parte de seu tempo aos interesses maiores da coletividade, deflagrando aberta guerra contra a corrupção e a impunidade, com vistas ao fortalecimento da democracia e das instituições republicanas, inquestionável bem comum.
Essas pessoas lutam uma guerra sem financiamento governamental, bancário ou empresarial e sem apoio da mídia, avessos que são todos estes a qualquer ação que possa gerar ou fortalecer movimentos sociais pela mobilização popular. Por isso, as únicas armas a disposição desse diminuto e desunido batalhão de indignados são as ações legais asseguradas na Constituição e a tentativa de mobilização popular por reformas. Todavia, até aqui, estas armas tem se demonstrado absoluta incapacidade em, sequer, arranhar a carapaça do sistema corrompido e suas fantásticas máquinas de convencimento de pessoas.
Assim, enquanto se esvai nosso suor e sangue combatendo a impunidade como a grande inimiga da Nação brasileira, vem esta empresa privada, a Globo, utilizando-se da mais poderosa de todas as armas de comunicação de massa, a TV que lhe foi emprestada por concessão da própria sociedade e, diante de mais de 100 milhões de abestados, românticos e emotivos cientificamente embalados, faz descarada apologia ao crime consagrando a impunidade de protagonistas da novela Amor a Vida, levando consigo uma multidão de incautos à convicção de que o crime compensa sim, desde de que você seja rico e possa representar algum arrependimento vertendo lágrimas de jacaré.
Prova disto é que no apocalipse desta novela, demonstrando farta preferência pela manutenção do sistema injusto e corrupto em que vivemos, os controladores e diretores da empresa Rede Globo decidem afiançar seu apoio irrestrito à impunidade da criminosa confessa, Pilar, em cenas habilmente conduzidas por funcionários profissionais e doutores em mexer com as emoções das pessoas, levando muita gente desatenta a acompanhar a decisão da direção da empresa Rede Globo e também perdoar as atrocidades cometidas por esta sacripanta.
Só para lembrar, Pilar premeditou, arquitetou e mandou matar uma pessoa com os agravantes de motivo sórdido e impossibilidade de defesa da vítima. É culpada, também, por duas outras tentativas de homicídio, inclusive uma contra incapaz, causado às vítimas lesões físicas e psicológicas permanentes, as quais a uma impediu de prosseguir carreira bem sucedida na dança clássica, impondo-lhe enormes prejuízos materiais e morais e, ainda, a ambas induziu a fazerem justiça com as próprias mãos, na base da lex talionis ou Lei de Talião, “Olho por olho – Dente por dente”, uma vez que para eles, os ricos, a Justiça dos homens não funcionaria.
E Pilar, ainda, mediante falso testemunho levou Tetê à cadeia, responsabilizando-a pelo acidente que vitimou na piscina o primogênito do Cesar, sendo ela mesma, Pilar, corresponsável por este incidente fatídico que acabou gerando, também, enormes e não reparados prejuízos financeiros e morais àquela Chacrete.
E para o delírio da galera, essa pessoa desprezível, criminosa e assassina confessa, acaba rica, com fama de boa mãe, boa esposa e benevolente ex-esposa, feliz com o motorista Ricardão, amada por todos e ainda com direito a destaque no Faustão, no Huck e na Ana Maria Braga. Por isso não me surpreenderia agora se víssemos a Suzana Vieira, no apogeu de seus setenta anos, de topless na Avenida, como madrinha da bateria de alguma escola de samba.
Pior apologia ao crime e à impunidade cometida pelos responsáveis da empresa controladora da Globo, ocorreu no caso do Felix, um carismático gay que começou como bandido sanguinário e acabou, por força de magnífica manobra de manipulação de opinião pública, como o grande “queridinho do Brasil”.
Essa criatura, o Félix, sequestrou uma recém nascida e tentou assassiná-la; mandou matar o Atílio e a esposa com agravantes de motivo torpe e impedimento de defesa; sequestrou a menor Paulinha e sua babá e as manteve em cárcere privado; roubou o Hospital e seus sócios; cometeu estelionato contra a Amarílis e a sogra, contrabandeou e fraudou a Receita Federal e dentre outras barbaridades cometidas diante de milhões de telespectadores, roubou até moedas na 25 de Março, crimes que deveriam lhe impor uma pena de reclusão de mais de setenta anos.
Mas não. Aqui no nosso Brasil de hoje o Félix se deu muito bem. Acabou amado por todos e idolatrado pelos homossexuais. Amado até mesmo por seu homofóbico pai, também ladrão de hospital, marido infiel, corneador do próprio filho, frequentador assíduo de boates de prostituição enfim, um exemplo de pai e chefe de família ao final penalizado pela vida, mas aparentemente consolado pela memória das brincadeiras íntimas que teve com aquela gracinha de bandida, sequestradora, estelionatária e assassina impiedosa, a Aline.
A pergunta que não quer calar é: Coroar com a impunidade os crimes cometidos por protagonistas na Novela e, ainda, atrair para eles a solidariedade e o carinho dos incautos, não seria uma apologia ao crime promovida pelos dirigentes dessa empresa privada, a Rede Globo, desviando-se categoricamente da finalidade da concessão pública que lhe fez o povo brasileiro?
Pense bem, pergunte, pesquise e confirme.
Fernando Di Lascio, advogado e ativista dos grupos sociais de combate à corrupção e impunidade.
Postado por Jorge Serrão às 08:36:00
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net