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domingo, 17 de dezembro de 2006

Bandeira a meio pau, jamais

Produzido por Paulo Carvalho Espíndola

Extrato do que publicou a “Folha de São Paulo”, em 12 Dez 06:

“O presidente do TSE, Marco Aurélio Mello, disse nesta segunda-feira que o Tribunal deve descartar a aprovação com ressalvas. 'O que é aprovação com ressalva? Qual é a extensão da ressalva? Eu disse e repito: não há oportunidade para coluna do meio', disse. 'Nós devemos sempre buscar a correção de rumos. E aí entendo que a correção de rumos excomunga a aprovação com ressalvas.'Na semana passada, o tesoureiro do PT, Paulo Ferreira, disse que o partido vai considerar 'natural' se o TSE aprovar com ressalvas as contas da campanha do presidente Lula à reeleição. 'É natural que haja ressalvas, o importante é que sejam aprovadas' ”.
É esse o clima que cerca a diplomação de Luiz Ignácio Lula da Silva a mais quatro anos na condução dos destinos do Brasil. Por aquilo que se depreende da “correção e probidade” das contas da campanha para a reeleição de Lula, vemos que o novo governo já se inicia sob a égide da corrupção e do jeitinho criminoso, uma vez que as suas suspeitas contas foram aprovadas, nesta noite de 12 Dez 06, sob ressalvas, contrariando tudo o quê homens sérios da última instância da justiça eleitoral consideram como regular e legítimo.
Dizem que no julgamento prevaleceu o medo da ameaça de revolta dos “movimentos sociais”, caso Lula fosse impedido de ser empossado por crime eleitoral. Os ministros dessa superior instância de justiça estariam temerosos de que as Instituições encarregadas de garantir a lei e a ordem, neste caso, estariam amortecidas pela leniência de seus comandantes, que não têm mostrado a menor coragem de reagir à desmoralização e ao aparvalhamento das Forças Armadas.
Coisa de um Brasil subjugado pela submissão do correto pelo desonesto, na malfadada ética de que os fins justificam os meios. Aliás, quem assim o faz - aqueles a quem os militares derrotaram na luta fratricida -, devem muito à Justiça, perpetuando suas trapaças e crimes nos inúmeros escândalos a que o país assistiu neste ano de 2006. E tem gente que diz que nada sabe, que nada viu, que nada tem a dizer...
Morreu o ex- Presidente do Chile, o General Augusto Pinochet. Morreu um homem que dedicou a sua vida por seu país, legando-lhe, ao entregar o poder, o mais expressivo desempenho econômico da América Latina.
Segundo a imprensa, morreu o ditador cruel, que teria imposto ao Chile um regime de barbárie.
Enquanto isso, há duas semanas, a imprensa ocupou-se a comentar as comemorações de Cuba do 50° aniversário do golpe marxista, que levou esse país a quarenta e sete anos de uma das mais ditaduras de que se tem notícia no mundo.
Dos nossos jornalistas sobraram as loas ao “presidente” Fidel, ao “comandante” Castro, enquanto que a Augusto Pinochet só se referem ao “sanguinário” ditador.
Sabem, mas omitem que Castro é um dos maiores matadores da história contemporânea, amparado e sustentado pelo fantasma de Stalin - este sim - o maior assassino da História.
Voltando às coisa do Brasil, o governo não teve nenhuma manifestação protocolar acerca da morte do Presidente Augusto Pinochet. Muito pelo contrário, o apedeuta, por certo assinando declarações de um dos seus asseclas - como ele, certamente, pensionista de uma régia indenização de ex-perseguido político -, não disse nada, como sempre, mas pretendeu exorcizar o “ditador” que se foi, desconsiderando expressiva parcela do povo chileno, que pranteia a morte de um grande líder.
Fica agora a dúvida, que me parece muito grave.
Morto Pinochet, nada de honraria o governo brasileiro leva em conta; muito ao contrário, joga-lhes pedras e impropérios.
Fidel Castro, ao que tudo indica, está perto do fim.
O que fará o governo Lula, diante da morte desse “grande estadista”, que está em vias de ir-se ?
Com certeza, decretará luto oficial por não sei quanto tempo? Não vou me espantar se o número de dias extrapolar o que manda o cerimonial.
Bandeira a meio pau na morte de Fidel Castro?
Quem for, verdadeiramente brasileiro democrata, milico ou não, haverá de descumprir o decreto de render homenagem a um déspota.
A Bandeira deve ficar lá no cimo do mastro.
A Bandeira do Brasil não é monopólio dessa gente.
É hora de ver. Chega de ser politicamente correto.
É hora de concitar a todos os que têm o privilégio de hastear a Bandeira de recusar-se a essa indignidade.
Viva o Brasil.

Fonte www.ternuma.com.br
Recomendo a visita.