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terça-feira, 3 de outubro de 2006

vitória contra a prepotência e a baixariaitória contra a prepotência e a baixaria

Segundo turno: vitória contra a prepotência e a baixaria

Sônia van Dijck

Nos últimos anos (creio que desde março de 2003), começamos a nos constituir como uma imensa comunidade que se identifica por ser contra o PT e o governo Lula. Nos últimos meses, estivemos mais unidos e incansáveis no uso dessa fantástica ferramenta que é a internet, para repudiar não só as políticas equivocadas e contrárias aos interesses brasileiros (caso do confisco da Petrobrás perpetrado pelo "companheiro" Morales, um dos exemplos), mas, principalmente, para repudiar a corrupção institucionalizada pelo governo Lula e seu partido PT.
A arrogância de Lula acaba de sofrer uma derrota: haverá segundo turno.
As formas espúrias de ação política e os métodos criminosos de fazer campanha política, que deveriam assegurar ao PT uma tranqüila permanência no poder pelos próximos 30 anos (conforme projeto de poder do PT) perderam a primeira batalha.
Os brasileiros que disseram "Não" ao governo Lula, nós e os candidatos oposicionistas à Presidência conquistamos a oportunidade de continuar o debate, a denúncia, a crítica e o repúdio ao mar de lama, que devem se concretizar nas urnas do segundo turno, com a vitória do candidato Alckmin.
Agora, é preciso que adiemos a discussão das divergências, pois a democracia nos garante oportunidades futuras para isso; tomemos como objetivos derrotar as políticas nefastas do governo Lula, repudiar a corrupção que sustenta seu governo e garantir a democracia.
Acredito que os candidatos Heloísa Helena e Cristovam Buarque, que, ao longo da campanha, não só apresentaram suas propostas de governo, mas foram veementes em declarar seu repúdio a práticas políticas que se alimentam de ações criminosas, mantenham a coerência e concedam apoio ao candidato Alckmin.
O Brasil merece a oportunidade não só de um projeto de governo que não se baseie no crime, mas também merece a chance de poder continuar democraticamente discutindo as proposições políticas do P-SOL e do PDT, em democrático confronto com o PSDB e demais forças políticas. É essa oportunidade que precisamos garantir, apoiando Alckmin no segundo turno, pois é o estado democrático que estará ameaçado com a reeleição de Lula, uma vez que suas bases de apoio serão reconstituídas com muito mais cuidados para que suas ações espúrias não sejam descobertas e amplamente noticiadas.
O PT e Lula e seus aliados, que passaram esses anos tentando desmoralizar a Constituição (lembrar a violência contra o trabalhador Francenildo), as instituições democráticas e o Código Penal, não adotarão, "da noite pro dia", uma conversão à Lei e à Ordem.
O PT e Lula e seus aliados, que passaram todo um governo apodrecendo a céu aberto e tentando se reconstituir até o próximo escândalo e convocando novos quadros da militância para substituir aqueles que caíram diante da denúncia do serviço sujo e viram esses novos quadros também caírem face ao conhecimento de mais crimes, não vão se transformar em amantes da Lei e da Ordem, apenas porque terão que enfrentar o segundo turno. Se eles tivessem tal conversão, teriam que abrir mão do projeto de poder que querem impor ao Brasil.
Pois bem.
Como troquei, incansavelmente, mensagens e textos com vocês (meus amigos internéticos), concordando e discordando, recebendo concordâncias e discordâncias, e estamos, agora, diante do segundo turno, tomo a liberdade de levantar alguns pontos que podem ou não ser aceitos.
Não acredito que Lula não tenha tido vitória nesse 1 de outubro por causa de críticas a sua política econômica, a suas bravatas de crescimento do PIB, a sua política social de manutenção da miséria, a sua ineficiente política de saúde, às precárias condições das rodovias, a sua invisível política energética, ao arrocho salarial imposto aos servidores do Executivo (professores universitários, inclusive), a seus equívocos em matéria de política externa e nem por causa de seus destemperos verbais e suas metáforas superficiais e palanqueiras para manipulação das massas.
Lula não ganhou a eleição no primeiro turno não foi ter se comparado a Tiradentes (ele nem sabe o valor desse herói nacional), pois, pateticamente, já se havia comparado a Getúlio e JK e continuou lépido e fagueiro, bem situado nas pesquisas de popularidade e de voto.
Lula começou a perder no primeiro turno quando se comparou, imodestamente, a Jesus Cristo. Com sua megalomania, Lula teve a ousadia de afrontar a tradição cristã brasileira e pretendeu travestir-se de Jesus Cristo, para ganhar votos de católicos e de evangélicos e de outras tantas confissões que têm Cristo como Ser de fé e de respeito.
Lula começou a perder no primeiro turno quando, covardemente, escondeu-se atrás de sua arrogância e não compareceu aos debates nas emissoras de televisão. A cadeira vazia na Globo foi vista como um deboche do eleitor, pois ele se recusou a debater, democraticamente, suas idéias com os demais candidatos. Não quis correr riscos de críticas e de cobranças, e perdeu o segundo turno quando a coerente guerreira Heloísa Helena usou a palavra certa: COVARDE e quando a Senadora lhe ensinou, como cidadã, que educou seus filhos com a lição de que ROUBAR É CRIME. A tradição brasileira tem cultivado esse ensinamento para as novas gerações: roubar é crime. Questão de princípio do povo brasileiro.
Lula começou a perder no primeiro turno quando a baixaria do crime do dossiê foi descoberta, os petistas foram presos e o governo e seus asseclas começaram a "operação abafa". Lula passou a representar o "indignado", quando, ao lado de Mercadante, seria ganhador. Foi a saturação da opinião do eleitor. Depois de tantos escândalos, de tantos crimes denunciados, de tanta impunidade, de tanto inocentamento de Lula, o eleitor não acreditou mais na inocência de Lula e não suportou ter que engolir mais um crime a ser esquecido sob o manto da impunidade.
Lula perdeu o primeiro turno porque, felizmente, durante todo seu governo, o Brasil conseguiu manter a liberdade de imprensa e de opinião (apesar da violência contra Bóris Casoy e das tentativas de criar mecanismos legais para censurar a imprensa). Os jornalistas foram em demanda das fotos da grana encontrada com os petistas na cena do crime e deram ampla divulgação. Os brasileiros não sabiam que os crimes cometidos pelos petistas exigem tanto dinheiro. Os brasileiros foram às urnas sem saber de onde veio a dinheirama e, por maioria, deixaram claro que querem saber de onde o PT tirou a bufunfa para pagar a fraude contra os tucanos.
Pois então. A caminho do segundo turno precisamos lembrar repetidamente toda a corrupção instaurada no governo Lula. Precisamos lembrar a arrogância de Lula ao se comparar a Jesus Cristo. Precisamos dizer que Lula é tão covarde que não tem coragem para debater, democraticamente, com adversários e prefere ser o dono da verdade no alto de seus palanques. O povo brasileiro não cultiva o crime, não aprecia arrogantes, prepotentes e autoritários e detesta quem profana seus símbolos sagrados.
Precisamos exigir da PF e do Ministério da Justiça a informação de onde vieram os reais e os doláres apreendidos com os escroques petistas que queriam comprar o dossiê fajuta de Vendoin.
Não dá para tratar Lula com luvas de pelica. Ele responde com a fraude, com o favorecimento do crime.
É preciso dizer bem alto que o PT tem grandes criminosos entre seus dirigentes e seus militantes peões do serviço sujo.
E os eleitores, no primeiro turno, estavam com a razão: um sujeito honesto, competente, respeitador de valores éticos e tradicionais, corajoso, é mesmo capaz de fazer um governo corretamente de acordo com os interesses nacionais, sem manipulação da miséria, respeitando trabalhadores, servidores públicos, empresários, artistas e intelectuais. Está claro que a maioria dos eleitores não viu em Lula esse perfil. Lula não foi reeleito no primeiro turno.
Se o Presidente Alckmin cometer erros em suas políticas, a democracia assegurará o direito à crítica e ao debate. A democracia é sempre garantia de vigilância.
Precisamos dizer isso aos eleitores com muita clareza. Precisamos desmascarar Lula e quebrar o encanto daqueles que ainda não perceberam que Lula mente, rouba aplausos dirigidos para um líder mundial e faz de conta que eram para si, representa o inocente, mas está locupletado nas conquistas que os crimes de sua turma proporcionaram para sua manutenção no poder, e que seu governo não quer que seja revelada a origem do melado que iria comprar o dossiê cretino contra os tucanos.
Lula está nu - a campanha do Presidente Alckmin precisa dizer isso aos eleitores, do modo simples que aquele menino usou quando apontou a nudez do rei