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quinta-feira, 18 de junho de 2009

MAIS UMA DO CLÃ REVELADA PELA 'CAIXA-PRETA' DO CONGRESSO



CORRUPTO UNIDO JAMAIS SERÁ VENCIDO







IZABELLA MURAD está lotada no gabinete de Epitacio Cafeteira, apesar de morar na Espanha.
De passagen: "Hoje o apedeuto que ocupa a pr, em mais uma de suas elecubrações "elucidativas", bafejou, -talvez em defesa prévia, que a raposa Sarney por ter sido PR deve ter tratamento difrenciado, -engano cara pálida aculturado, todos são iguais perante a Lei, ou seja, ladrão é ladrão, corrupto é corrupto, seja ele de Casta ou Dalit" JN

Jornal Pequeno

Isabella Murad Cabral Alves dos Santos, sobrinha de Jorge Murad e Roseana Sarney (respectivamente genro e filha do presidente do Senado José Sarney, do PMDB-AP), foi nomeada para o cargo de assistente parlamentar no gabinete da liderança do PTB (senador Epitácio Cafeteira) há mais de dois anos. A nomeação foi publicada num dos boletins administrativos suplementares, os chamados "atos secretos", suspeitos de terem sido usados pelo Senado para esconder normas internas. Alguns desses boletins têm sido divulgados com atraso e revelado regalias e irregularidades. Isabella Murad, nomeada em fevereiro de 2007, é arquiteta, e pela função de assistente parlamentar recebe R$ 1,5 mil. O Jornal Pequeno apurou que atualmente Isabella mora na Espanha, onde estuda. Ela é filha de Samira Murad, irmã de Jorge Murad, Ricardo Murad (secretário de Saúde da gestão Roseana) e Teresa Murad (mulher de Fernando Sarney).

O Correio Braziliense tentou localizar Isabella na liderança do PTB. Foi informado, de início, que não havia ali ninguém com tal nome. Depois, uma funcionária afirmou que talvez fosse uma pessoa que só trabalha pela manhã.

A reportagem conseguiu um telefone de Isabella no Maranhão. Uma senhora que se identificou como avó da sobrinha de Jorge Murad e Roseana Sarney informou que ela estava "estudando no exterior" e que só retornaria em julho. Procurado pela reportagem do Correio, José Sarney informou, por meio de sua assessoria, que não se manifestaria sobre o assunto.

Os cargos comissionados nas lideranças dos partidos são, normalmente, fatiados pelos senadores que representam a legenda na Casa. Assim, cada um tem direito a preencher uma cota de funções na estrutura partidária.

A nomeação sigilosa da sobrinha de Jorge Murad e Roseana soma-se a outras cinco designações, também secretas, que beneficiaram parentes, aliados ou conhecidos do presidente do Senado.

Eleito pelo Maranhão e aliado de Sarney, Epitácio Cafeteira tinha também lotado no gabinete dele João Fernando Michels Gonçalves Sarney, neto do presidente do Senado, com salário de R$ 7.600. Ele foi exonerado por causa da sumula antinepotismo e substituído pela própria mãe, a ex-miss Rosângela Terezinha Michels Gonçalves.

Uma sobrinha de Sarney, Vera Macieira Borges, também foi nomeada, em maio de 2003, por ato secreto para um cargo no Senado. Apesar de morar em Campo Grande (MS), a 1.079 quilômetros de Brasília, ela foi contratada para exercer o cargo de confiança de assistente parlamentar, com salário de R$ 4,6 mil, originalmente na presidência do Senado. Vera é filha de José Carlos de Pádua Macieira, irmão de Marly Sarney, mulher do presidente do Senado.

Além de Vera Macieira, outra sobrinha de José Sarney foi nomeada para trabalhar no Senado por ato secreto. Trata-se de Maria do Carmo de Castro Macieira, filha de outro irmão de Marly Sarney, nomeada para o gabinete da ex-senadora Roseana Sarney (hoje ocupante do governo do Maranhão). Maria do Carmo mora e trabalha em São Luís, no escritório político de Roseana, filha de José Sarney. Seu salário é de R$ 2,7 mil.

Aspirante a modelo, a jovem Nathalie Rondeau, de 23 anos, foi nomeada em 26 de agosto de 2005, também por meio de um ato secreto, para trabalhar no Conselho Editorial do Senado, com salário de R$ 2,5 mil. Nathalie é filha de Silas Rondeau, ex-ministro de Minas Energia, afilhado político do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Ele teve de deixar o ministério por suspeita de corrupção.

(Marcelo Rocha, do Correio Braziliense, e Oswaldo Viviani, da Redação do JP)