Há dois dias, um menino de seis anos foi arrastado por quilômetros, no Rio de Janeiro, atado a um cinto de segurança de um veículo roubado por delinqüentes.
Segundo a mídia, a “sociedade civil” está aturdida com esse fato e volta a “rediscutir” o problema da maioridade penal, uma vez que o grupo assassino era integrado por menores de idade.
Entrevistas com populares vicejaram nos noticiários, no mais puro testemunho de que o crime abalou, sobremodo, a opinião pública. O que mais chamou a atenção nas declarações dos entrevistados foi a constatação de que os criminosos, se submetidos aos “rigores da lei”, em três anos estarão soltos, na mais cabal demonstração de que, no Brasil, qualquer anistia só serve a bandidos.
O governador do Rio de Janeiro, “indignado”, logo defendeu a mudança das leis penais, propugnando por uma agressão ao modelo federalista da República Federalista do Brasil, sugerindo que cada estado deve dar um tratamento próprio à responsabilização do menor infrator, citando o que ocorre nos Estados Unidos da América. Estranho... O imperialismo americano serve de paradigma somente nesses momentos, nos discursos demagógicos desses socialistas de ocasião.
Defensores dos direitos humanos, de pronto se manifestaram, dizendo que o problema deve ser encarado por medidas sociais (ou socialistas?), que contemplem os “excluídos”.
A Igreja repetiu o velho discurso, na atitude “piedosa”, segundo a qual a solução encontra-se em medidas educativas e jamais na repressão. A pia de água benta, para ela, traz a cura. Não se apercebem os dirigentes católicos - por incúria ou por estarem dissociados do rebanho - que os evangélicos roubam-lhes multidões de fiéis, desiludidas pela desassistência espiritual e pelas posições dúbias de seus projetos sociais (ou socialistas?).
O ministro da justiça, o velho advogado de delinqüentes, como não podia abster-se de comentar o assunto, disse que o tema não pode ser discutido nesse clima emocional em que a sociedade se encontra. Ao que parece, para ele, não é o momento para cobranças. Talvez receie que venham à tona os seus projetos “liberais” de abrandamento das leis que cominam penas a bandidos.
O “terrorismo”, dramaticamente nominado por Lula ao que acontece no Rio de Janeiro - muitos se esquecem ou não sabem - nasceu da doutrinação para a prática do crime organizado, ensinada pelos terroristas da luta armada, que, nos anos setenta nos presídios do Rio de Janeiro, resultou na formação dos comandos vermelhos e outras organizações que tais, formadoras disso que está por aí. Não custa lembrar que esses doutrinadores, direta ou indiretamente, hoje estão nesse governo, que assegura indenizações faraônicas a bandidos que intentaram contra o Brasil. Nesta semana, mesmo, o governo resolveu pagar nababesca recompensa a um feto, hoje um saudável rapaz. Trata-se de mais uma armação da terrorista Criméia Alice Schmidt de Almeida, atualmente a maior favorecida desse governo, associado publicamente no Foro de São Paulo à organização narcoterrorista Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). Lula, na sua empáfia retórica, classificou de terrorismo o que acontece no Rio de Janeiro, sem nenhuma coerência com sua política externa, que se recusa a admitir o caráter narcoterrorista das FARC. É esse o modelo de um Brasil varonil, refém de Evos Morales, Hugo Cháves, o moribundo Fidel Castro e outros bandidos que ameaçam a soberania brasileira, expondo-nos, até militarmente, às suas vontades “boliviarianas”. Enquanto isso, o nosso ministro da defesa está mais preocupado com os “apagões” da aeronáutica civil, rendendo-se, ao que tudo indica, à “desmilitarização” do controle do espaço aéreo, sem o menor compromisso com a defesa do Brasil.
A morte do menino, sem nenhuma dúvida, confrangeu o país.
A “sociedade civil” mostra-se revoltada.
O governo do Rio de Janeiro, por intermédio do seu secretário de segurança, promete mais policiais nas ruas, como se tudo tivesse começado agora. O governo federal, um pouco antes, acionou a Força de Segurança Nacional - um amontoado de “rambos”, nunca testados -, que hoje não têm o que comer e como transportar--se de um ponto a outro. O governo federal culpa o estadual pelos problemas de logística, segundo dizem os jornais.
Reeleito, Lula hoje acena com o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), para o qual vai a maior parte do orçamento da União. De que valeram as tratativas políticas do executivo e legislativo? De certo, todos os recursos privilegiarão o PAC, em detrimento de muita coisa, inclusive recursos planejados para a área de segurança pública. As Forças Armadas, mais uma vez, terão os seus parcos dinheiros contingenciados, enquanto o amigo de Lula, Hugo Chávez, arma-se às burras. Como vigiar as fronteiras e cumprir a missão constitucional se, cada vez mais, faltam recursos? Certamente, isso faz parte da política social (ou socialista) desse governo, que se locupleta da miséria para dar o peixe a quem não ensina a pescar, como nos seus “projetos” de bolsas famílias e esmolas de toda ordem, que culminam em reelegê-lo democraticamente.
A sociedade carioca mostra-se estarrecida e revoltada com a morte cruel do menino. O que faz ela, entretanto? Vota bem? Reage contra aqueles que usam drogas a seu lado nos bares, teatros e muitos outros locais públicos da cidade maravilhosa? Denunciam os artistas televisivos que se empanturram de drogas, aos seus olhos, nas praias e em outros lugares?
A “indignação” por esse crime bárbaro é parte, infelizmente, do dia-a-dia do carioca, sob omissão de todos. Afinal, vivemos em um regime democrático, em que tudo pode, inclusive a desorganização social e política.
Até amanhã, quando a barbárie voltar a acontecer, sob os nossos auspícios, eleitores dessa gente que está por aí.
Fonte: Produzido pelo TERNUMA Regional Brasília Paulo Carvalho Espíndola, Cel Reformado
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