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segunda-feira, 20 de junho de 2011

“ É fácil falar quando sangue é dos outros”

Ninguém ignora que a cultura do Senador “vitalício”, “intuchable” Sarney é uma propaganda enganosa, coisa de embrião retardatário, envelhecido nas batalhas políticas extra partidárias. Sua cultura só se desenvolveu na plenitude, em matemática e ciências contábeis, em excelência, “Sua Excelência destinou todos seus neurônios para as quatro operações com louvor para a multiplicação, com fulcro nos  bens.  “Em verdade, em verdade vos digo”, não está sozinho,  contando hoje, com vários seguidores adeptos do “nationalsozialist” cujo sinônimo segundo Dicionário Aulete é nazismo.  Mas não se avexe meus irmãos Mauranhense ( antigo Maranhão, província dos Sarneys), a grande diferença esta no bigode, o outro tinha um “bigodinho ridículo” o atual tem um bigodão , não menos “ridiculos”
Um cabra que escreveu o “marimbondo de fogo” inspirado talvez em alguma ferroada nas partes carnudas e arredondadas acima da coxa, ( hoje muito defendidas pelos recém saídos do armário),  quando menino buliçoso, conseguiu o êxito de nenhum leitor ter chegado até a última pagina, com exceção do Editor que o fez pelos óbvios motivos.
Tudo isso para dizer que Sarney não teve uma educação básica de história, e olha que em seu tempo os estudos nem eram direcionados pelo PT. Nada sabe e nunca soube da História do Brasil,  pelo mesmo fato de que as autoridades atuais também o fazem, - Ignorar os heróis brasileiros, pela simples analogia com  o militarismo. Para Sarney e seus similares anarcossindicalistas,   - aqueles que sob a influência do anarquismo, aspira ao fim do Estado e vê  nos sindicatos o principal instrumento de luta pelas reivindicações sociais e econômicas,  agora entranhadas, enraizadas, na perspectiva de  transgredir  os fundamentos da história,  desprezam vergonhosamente seus Heróis,  verdadeiros construtores desse imenso continente Brasil. Nessa lide de inversão da verdade, ignoram o sangue, o suor e as lagrimas, de seus contemporâneos, esses sim  HEROIS DE NOSSAS FRONTEIRA. Se tivéssemos que contar com nossa diplomacia, o Acre,  - presente de acreanos e nordestinos ao Brasil,  ainda seria Boliviano  e produtor de coca.
Do histórico dessa última batalha, que se deu com o Terceiro (e último) Exército Boliviano, comandado pelo seu próprio Presidente, nos deixou para a história o registro da fibra de nossos heróis:  Batendo em, retirada, em retorno para seu País, o que restava do Terceiro Exército Boliviano, com o mínimo de munição, sem viveres e adoentados, ao passarem por uma choupana, um Acreano os observava pacificamente, ciente do termino da guerra, tendo na mão uma espingarda.  Um soldado do derrotado Exército, movido por sentimento que só ele poderia descrever, faz pontaria e atira, nosso herói cai sem vida, - sua mulher que olhava da janela da choupana, corre desesperada para seu marido, pega sua arma e atira em direção ao inimigo, ferindo no ombro o Presidente da Republica, seus soldados correm em direção a mulher, a pegam pelos cabelos longos, e à arrastam até os pés do Comandante “lo que hacemos con élla, señor?   “puesta em libertad , si tuviéramos hombres como ella en nuestro ejército, que no han perdido esta guerra”,  - foi sua sentença. Esse foi o maior reconhecimento do heroísmo do povo Acreano e foi dado pelo inimigo.   O que se seguiu após o fim da guerra, foi vergonhoso ´por parte do governo brasileiro, que chegou a tratar nossos heróis como bandido. Mas isso é outra história.
Como se vê, nossos governantes são repetitivos.


Com satisfação postamos a seguir, da fonte www.verdadesufocada.com  em 18/06 o artigo
“ É fácil falar quando sangue é dos outros”.  De Jorge Alberto Forrer Garcia, figura marcante no Exército, hoje Coronel Reformado do EB, artigo que eu chamaria de uma aula de civismo para o imprudente ex-presidente da ARENA.
JNascimento


Curitiba/PR 16 de junho de 2011
“ ...Acho que os nossos antepassados nos deixaram um país com fronteiras tranquilas, sem nenhum atrito com países que tenham fronteira com o Brasil. A nossa história foi construída não com batalhas, foi construída com a capacidade de os nossos antepassados de negociarem a formação do país, de maneira que tenho muita preocupação de que hoje tenhamos oportunidade de abrir questões históricas, que devem ser encerradas para frente em um interesse nacional.” (Portal G1 – 13 Jun) – declarações do Senador José Sarney.
 “...(Sarney) reclamou que foi mal interpretado nas declarações que deu na última segunda-feira (13) sobre o assunto. Sarney ressaltou que quando usou o termo “abertura de feridas” referiu-se à possibilidade de que, a partir da divulgação de documentos históricos da delimitação das fronteiras, fossem criados problemas já superados com países como a Bolívia e o Peru, por exemplo. (Portal R7 – 14 Jun) – sobre declarações do Senador José Sarney.
Se proposital ou não, o Senador José Sarney, ao justificar nos últimos dias por que alguns assuntos de governo devem ficar submetidos a sigilo eterno, foi soltando, de forma clara, pistas de que fazia referência a problemas relacionados com a formação das fronteiras do Brasil. Chamou-me a atenção o fato de o acompanhar nesse ponto de vista o Senador Fernando Collor (também ex-presidente), mas não o faz o também Senador e ex-Presidente Itamar Franco.
O Senador Sarney, em seus comentários sobre o assunto, declarou que “A nossa história foi construída não com batalhas...” e que a formação das fronteiras do Brasil se deu uma forma tranquila e negociada não cabendo reabrir feridas com nossos vizinhos.
Senador Sarney! Com as devidas vênias, Vossa Excelência tem a obrigação de não ser descuidado em suas declarações, simplificando dessa forma a História do Brasil. Fronteiras negociadas? Sim. Mas tranquilas? Não. Que o digam os gaúchos, os mato-grossenses, os nordestinos, amazonenses e acreanos de cada época.
A definição da fronteira ao Sul foi marcada por guerras e guerrilhas entre luso-brasileiros e os povos de origem espanhola. Chegou a ser denominada de “fronteira do vai e vem” devido a ora estar demarcada por uma linha mais ao Sul e, logo depois, por conta de uma guerra ou de um tratado não bem aceito regionalmente, ser transportada mais para o Norte. E nesse “vai e vem” da fronteira, que chegou a ser demarcada pelo Rio da Prata, muito sangue de brasileiros correu, em repetidas refregas com os “orientales” e “correntinos” e, até mesmo, com povos indígenas de ascendência guarani, gênese da tradição missioneira gaúcha.
Vossa Excelência tem por obrigação saber que, dentre outros, um dos motivos para a criação do Uruguai como país foi dar um fim a essas refregas, comportando-se a nova nação como um “estado tampão” entre o Império Brasileiro e a Argentina, ou como “um algodão entre cristais”, no dizer de outros.
Deve-se lembrar também que, no primeiro ano da Guerra da Tríplice Aliança, o Paraguai invadiu o Brasil por duas frentes, por Forte Coimbra e Dourados, no Mato Grosso, e por São Borja, no Rio Grande do Sul e, do mesmo modo que no Sul, também a Oeste muito sangue foi derramado, com incontáveis atos de heroísmo protagonizados por civis e militares brasileiros.
Depois, já na República, nordestinos, principalmente cearenses, e amazonenses, ao comando de Plácido de Castro, bateram-se em guerra contra o exército da Bolívia, na região em que hoje fica o nosso Estado do Acre, onde mais sangue foi derramado, o inimigo, derrotado e o Brasil, com luta, ali firmou pé.
Dito isto, desculpe-me por relembrar, Senador, que muito se lutou pelas fronteiras que hoje temos e, se negociações foram importantes, também o foi o espírito de luta dos brasileiros. Fronteiras negociadas? Sim, mas, tranquilas? Nunca.
Prosseguindo em suas descuidadas declarações sobre assuntos de relevância nacional, o Senador Sarney esclareceu um pouco mais a charada, por ele mesmo lançada, dizendo, em 14 de junho, que o que se queria era evitar problemas com a Bolívia e o Peru.
Por sua condição privilegiada de acesso a documentos ultrassecretos relacionados com os dois Tratados de Petrópolis (1903 e 1908), que, respectivamente, definiram as fronteiras com a Bolívia e com o Peru, é de se supor que sucessivos ex-presidentes tenham tomado conhecimento de prováveis cláusulas confidenciais, ou mesmo detalhes das negociações, que nem imaginamos. O que se sabe é que as articulações políticas pela fronteira com a Bolívia, no atual Acre, custaram muito caro ao Brasil, financeiramente falando, em que pese as declarações do atual presidente da Bolívia, em maio de 2006, quando disse que o Acre fora trocado com o Brasil por um cavalo. E o dinheiro com que o Brasil indenizou a Bolívia? Ficou com quem?
Quando da definição da fronteira com o Peru, mais atritos fronteiriços com mortes aconteceram, embora de pequena monta, sem configurar uma guerra. Mas isso importa aos que morreram? Em função do Tratado de Petrópolis de 1908, um tanto da terra que recém tínhamos comprado da Bolívia, foi entregue aos peruanos.
Portanto, como cidadão e militar, peço a devida vênia para dizer ao Senador José Sarney que as fronteiras brasileiras, se não no seu todo, mas em significativa parte de sua extensão, podem sim ter sido negociadas, mas, antes, sem nada de tranquilo, foram conquistadas, mantidas e restauradas com o sangue de muitos brasileiros (...o que se espera não aconteça quando o Brasil – no futuro - tiver que retomar a região do Maranhão).