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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

SORRATEIROS COMO SEMPRE


Confiar a fanáticos a busca da verdade é o mesmo que entregar o galinheiro aos cuidados da raposa. (Gen Santa Rosa)


Por Ernesto Caruso


            É nojento assistir, interrogativo pensar na sua concepção e constatar o pouco valor que atribuem à ética os idealizadores dos programas de debates que envolvem as questões de governo como o do recente plano de direitos humanos na terceira versão.  O programa Expressão Nacional da TV Câmara é um desses com capa de lisura e boas intenções, mas com nítido objetivo de moldar a opinião pública de acordo com o interesse do momento, no caso a criação da Comissão da Verdade, e dar a impressão de que todas as providências foram tomadas e ouvidos todos os segmentos da sociedade, fundamenta com números e palavras que são lançados no You Tube para justificar os propósitos totalitários nos padrões chavistas, mas com aprovação “democrática”.

   De início, ao desenrolar de imagens favoráveis à esquerda armada, a apresentadora relata que foram realizados 100 eventos, reunindo 14 pessoas além de 50 c0nferênciastas bacionais sobre modificações posteriores não confiáveis, devido à reação doso comandantes das Forças Singulares.  Ora reunir 14 mil pessoas do PT+.... não é nada . Deu no que deu.  Um texto que condena os mioitares, amordaça a imprensa  é favorável às invasões de propriedades e contra posturas religiosas.

 A apresentação dos debatedores já pressupõe o resultado pretendido pelos organizadores, que não escondem o que foram no passado como os deputados Pedro Wilson do PT/GO, 1º Vice Presidente da Comissão de Direitos Humanos na Câmara e João Almeida, PSDB/BA, líder do PSDB na Câmara, dando de pronto uma conotação de confronto situação x oposição. Ainda presentes a cientista política Glenda Mezarobba, autora do livro Um acerto de contas com o futuro, anistia e suas consequências e, quem me pareceu isento das paixões, o cientista político Otaciano Nogueira.
            No outro canto o Gen Rocha Paiva.

O melhor argumento de um que conteste os objetivos do plano macabro vai ser combatido por no mínimo três argumentos contrários pelas posições assumidas dos dois deputados que disseram ter enfrentado a ditadura e da autora do livro do acerto de contas. Não se aceita outra solução que não o julgamento dos agentes do estado pelo crime de tortura. Não fica nisso.
O tempo que é fundamental em qualquer debate com fins equilibrados e honestos não existiu e demonstra o viés sub-reptício de um cenário de prévia condenação dos agentes do Estado e defesa dos seqüestradores, guerrilheiros e torturadores das várias facções trotskistas, maoístas e fidelcastristas. Um grupo com a visão de que a anistia deve ser revista; o outro entende que foi feita para beneficiar os que lutaram contra a ditadura e há os P
Batem na tecla de que não é revanchismo, só querem a verdade histórica, a revelação dos documentos que julgam existirem nos arquivos militares e encontrar os corpos dos desaparecidos políticos. Ao que consta os tais arquivos estão na posse do governo.
Apesar da engrenagem arquitetada, da balança desequilibrada como a de um feirante desonesto e das arapucas, o Gen Rocha Paiva se saiu muito bem. Reagiu à altura dos contendores em número superior, com fundamentos na Constituição e qualificando coerentemente os crimes de tortura cometidos pelos seqüestradores e guerrilheiros empenhados na luta armada.
Tal jogo/engodo já foi engendrado em proporção idêntica, como se em uma partida de futebol, três/quatro jogadores da equipe A (8/7 expulsos por um juiz comprado) tivessem que disputar a peleja contra onze da equipe B.
Em “Braveza e ódio dos vencidos” de 17/08/2008, escrevemos sobre o mesmo programa Expressão Nacional: “Querem ganhar no grito diante da câmera, luz, ação. O que se viu no debate havido na TV Câmara foi uma emboscada para que os holofotes criassem um espetáculo televisivo com a “vitória” comunista no tapetão. Babam de ódio e o fel percorre as suas entranhas enquanto ditam palavras de 
  
     Deputado Pedro Wilson -PT/ Goiás
ordem contra alguém que precisa expiar os seus pecados, como representante simbólico do Movimento Democrático de 31 de Março de 1964, que atendeu ao clamor da nação brasileira, e os jornais e revistas o provam. ...... De um lado o advogado Antônio Ribas Paiva e do outro — vejam o time — deputado Ivan Valente, do PSOL, deputado Daniel Almeida, do PCdoB, Sra Elizabeth Silveira, do Grupo tortura nunca mais e o professor José Geraldo de Souza Junior, diretor da Faculdade de Direito da UNB.” Tema: anistia
Ora, é importante uma resposta por gente da área civil que pensa diferente e possa equilibrar o debate, contestando o que foi divulgado. Convidar, por exemplo, o jurista Yves Gandra Martins, o médico Heitor de Paula e o ex-ministro do STJ Waldemar Zveiter, além de militares que atuaram, como o Cel Ustra, Cel Lício e outros. Filmar o debate e colocá-lo no You Tube e em outros portais.
Querer uma comissão da verdade, ainda que passe pelo Congresso, é um retrocesso e mais, não confiável, pois os propósitos são claros, condenar os agentes do Estado, que os combateram e sobreviveram. Os mortos, metralhados, explodidos, alvos de carros bomba do terrorismo insano, estão como escalpos nas salas de troféus dos organismos-vermelho-russo, coroas de louros dilacerados, como os corpos das suas vítimas, que estão vivos nas suas consciências e não os deixam dormir em paz.
Os bárbaros que arrastam esses fantasmas deveriam pedir perdão ao Brasil, aos brasileiros.
No passado, imploraram o perdão, a anistia, que não tem o valor da absolvição como gostariam que fosse. Agora, querem apagar a culpa presente na alma, pretendendo que os militares reconheçam o erro e peçam desculpas à Nação, ou seja, a eles próprios, criminosos que sem dó nem piedade explodiram o soldado Mario Kozel Filho, a cumprir o seu dever de sentinela da Pátria, no porta do QG do II Ex (CMSE) ou massacraram a coronhadas o crânio do Ten PM Alberto Mendes, já preso pelos guerrilheiros de Lamarca, e tantos outros crimes.
As Forças Armadas que nos livraram do inferno e fuzilamento indiscriminado de uma Cuba de Fidel Castro, sem liberdade, cumpriram as suas obrigações.   
Não. Não haverá um só general que traia por trinta dinheiros o seu juramento e aqueles que foram vitoriosos nas suas missões, arriscaram as suas vidas e das suas famílias, se feriram, morreram e glorificaram o seu passado.



Credtios: www.verdadesufocada.com.br