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sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Uma singela referência aos "Ustra" Comentários

De: Márcio
 
 Há uns dois anos - novembro de 2006, creio - assisti a uma palestra pelo Cel Ustra aqui em S.Paulo. À época, passei a alguns amigos (interessados no parecer de um psicólogo), um sumário do tema tratado e impressões a partir das peculiaridades do discurso, do comportamento e posturas de Ustra:
 
"...gostei do coronel e se tivesse que defini-lo a partir destas impressões, diria que é um homem honrado, modesto, com sadia integridade pessoal, uma consciência limpa de culpas ou rancores, de uma tranquila coragem real que não precisa de alardes, um soldado que jamais desceria a comportamentos que pudessem manchar sua honra ou de seu amado Exército.
 
Sobre os processos com que o agridem, falou com dignidade tranquila, sem que eu pudesse notar a mais mínima nota de auto-piedade ou revolta, mas como exemplos das atuais condições do revanchismo comunista e de desrespeito às leis.
 
Alguns militares presentes que o conheceram como subordinados hieráquicos confirmaram esta impressão com espontâneas e tocantes manifestações de agradecimento, admiração, respeito e carinho.
 
Este homem é um Homem, e a esta altura me é tranquilo que as acusações que lhe fazem são calúnias oriundas da conhecida canalhice esquerdopata, visando fazer dele um precedente jurídico.
 
Não estou inteiramente certo quanto a particular e preocupante impressão: sua honestidade e bondade essenciais pareceram-me eivadas de uma ingenuidade tocante, não apenas incapaz de malícia, mas de sequer supor a malícia alheia. Se real, é fator de risco que pode torná-lo vítima fácil da insídia venenosa que irá enfrentar.
 
É um indivíduo que me honraria ter como amigo."
 
O parecer acima, avalizado posteriormente por vários amigos militares que ademais de conhecerem Ustra, serviram com ele e acompanharam sua carreira impecável, é novamente confirmado hoje pelo testemunho do Gen.Azevedo. 
 
A este Soldado, exemplar sob todos os aspectos, a "Instituição Militar virou as costas".
 
Não foi apenas abandonado - só, idoso e sem recursos - à sanha da atual canalha comunista; bem antes, logo depois da neutralização do terrorismo, já fora também cuidadosamente "esquecido" na linha de promoções.
 
Como ele, todos os oficiais - não mais que 0,5% do efetivo à época, selecionados pela dedicação, competência e liderança - que deram combate aos comuno-terroristas, tiveram suas carreiras truncadas.  Apenas um ascendeu além da patente de coronel.
 
Como a vc, também me parece estranho este critério que 'premia' o sacrifício e  dedicação destes bravos que arriscaram a vida pelo Dever - e vários a perderam - com a repulsa, o afastamento para o 'quartinho de despejos', como a portadores de peste e focos de vergonha infecciosa.
 
A pergunta inevitável: um tal comportamento pelos superiores hierárquicos implica em que classe de caráter?
 
As ilações são automáticas.
 
E deprimentes.
 
Entre outras, para nós, a imposição de enterrar definitivamente qualquer esperança de que a "Instituição" venha a cumprir seu dever constitucional intervindo para sustar o 'golpe branco' em andamento.
 
E a necessidade de considerar - com particular cuidado - a previsão de Olavo de Carvalho:
"O Comando Maior das Forças Armadas apenas aguarda um pretexto que se aparente patriótico para aderir de corpo e alma aos comunistas no Poder."
 
Aos Soldados que em décadas passadas se empenharam em nos livrar da imundície comunista, meu preito de gratidão.
 
Não apenas pelo imenso trabalho que realizaram em favor de todo um povo, também pelos exemplos de excelência em caráter.
 
A mesquinhez de medíocres, as calúnias e perseguições pela canalha hegemônica, não pode apagar-lhes o fato de que foram e são uma elite ética, exemplos modelares da única autêntica aristocracia - esta que se constrói com os melhores valores humanos.
 
Muito acima desta nossa desmemoriada gente brasileira, manipulada até a condição de rebanho, hão de brilhar suas vidas, pautadas por Honra, Dever e Sacrifício.
 
E, amigos, o Criador jamais esquece...
M.

 
Re: Uma Singela referência aos "Ustra"

Leio atento as palavras do General.
 
Provocam-me uma profunda reflexão cujos sinais parecem ainda não tocaram os nossos companheiros da ativa, em particular aqueles que tinham e os que ainda têm responsabilidade de chefia e da condução das coisas da Instituição.
 
É exatamente pelas razões que expõe o General que a Instituição foi, é, e será a grande vítima de si mesma. É ela que vai pagar um preço histórico sem precedentes pelo que passou e ainda passa o Coronel Ustra. Ela é o alvo através do qual se vitimou um de seus soldados. Só não se dá conta disso quem traiu a sí próprio e será o responsável pelo desastre que sobre ela se abaterá, mais cedo ou mais tarde. Por mais que se admita que a Instituição seja respeitada pelo povo e seja um exemplar guardião dos valores da Pátria.
Barreiros