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sábado, 7 de julho de 2007

FAB TRANSFERE CONTROLADORES DE TRÁFEGO AÉREO DE MANAUS

Comentando a notícia: 7 /7/2007
Por Caboré
A assessoria de comunicações da Aeronáutica, tenta justificar (o que não é comum nos casos de transferência de militares ) a transferência de seis controladores do Cindacta-4 para Rondônia e Roraima, dizendo coisa nenhuma, já que todas as transferências ou atendem a solicitação dos interessados, ou por necessidades de serviço, e são impreterivelmente publicadas em Boletim da Organização. Entretanto assim se manifesta a assessoria de comunicação da Aeronáutica, “As transferências foram feitas atendendo a interesses da administração e à legislação.” O órgão não revelou o nome dos controladores transferidos e o destino das transferências. É evidente que as transferências “anônimas” , são atos de revanchismos, dificilmente ( até então) visto nas FFAA, e pior deixa transparecer uma falta de firmeza de propósitos ou de possível covardia da autoridade.
Nenhum militar, concordará ou apoiará a quebra da hierarquia, mesmo porque trata-se de crime militar, que põe em risco toda a estrutura disciplinar, pilares de sustentação das Forças armadas, que em tempo de guerra pode ser punida com a pena de morte. Indubitavelmente, essa quebra foi cometida por alguns militares da aeronáutica, não importando o mérito ou as causas pelas quais foram cometidas, visto que não existe justificativa para o ato.
Que as praças vão ser punidas, não temos duvida, e devem receber a punição, pagar seu preço e continuar ou não na vida militar, já que não existe nas FFAA o estado de escravidão.
Seria de se esperar, num regime democrático (mesmo) que a Lei fosse cumprida com todo seu rigor, ou seja, no dizer do apedeuta “doela a quem doela”, no entanto sabemos que por covardia o “triunvirato” irá se calar, junto com eles o STM, muito menos o Supremo Tribunal Federal, guardião eterno de engavetados processos de autoridades, exímio em conceder Habeas corpus, como de praxe vem fazendo desde sua inexplicável existência. Composto de homens escolhidos na “fina flor “ do alto saber jurídico, julgam com base no alto saber político e até de confessa ideologia marxista. Com essa plêiade de autoridades, dificilmente se fará justiça, e pior não será redimida a quebra da hierarquia o que equivale a dizer que uma sombra de injustiça, será o obstáculo para que a “paz” volte aos quartéis, servindo de mau exemplo para que outros repitam tão desastrado erro, já que se evidenciam as impunidade de todos que cometeram o mesmo erro dos controladores, e que estão até o momento, sendo esquecidos por aqueles a quem cabe zelar pelo cumprimento da Lei e do Código Militar.
Para que se faça justiça verdadeira e completa, de forma a não deixar qualquer dúvida, temos de fazer uma retrospectiva e verificar os verdadeiros culpados, cujos atos impensados, por ignorância e/ou prepotência praticaram o mesmo crime que os PRAÇAS.
Após alguns atos de indisciplina nas salas de controle, os Oficiais que chefiam as operações, (Ten. e Cap.) se afastaram do comando do controle e se recusaram a permanecer na sala por pura covardia e falta de confiança na própria autoridade, QUEBRANDO a hierarquia. Não se cogita sindicância, investigação e menos ainda punição, o “silêncio” repercute como um grito, aos ouvidos dos que pelo mesmo atos, estão sendo punidos.
O indesejável “ministro” da Defesa, de passado nada abonador para o cargo, põe em prática diante da situação embaraçadora para sua autoridade, as funções próprias do pelego, que amortece os choques entre o homem e o cavalo, e se reveste de uma autoridade que não tem e desconhece, e numa réplica de seu antigo chefe Jango, se dirige diretamente as praças, ultrapassando, o então seu amigo pessoal, o Bueno ex-comandante da aeronáutica, QUEBRANDO a hierarquia militar, como agravante leva dois ministros civis para “negociar “ com os controladores. Para uma autoridade militar pior só “xingar a mãe”.
Ato contínuo o Comandante da Aeronáutica, não se demiti, como deveria fazer um militar ultrajado em sua honra, e ao demonstrar subserviência e calar-se, diante do que a Lei Militar prescreve com crime, associa-se a ele por prevaricação, QUEBRANDO a hierarquia militar.
Substituído o Comandante da Aeronáutica, um movimento no sentido de recuperar a autoridade até então perdida, é desenvolvida pelo novo Comandante, visando restabelecer a ordem e punir os “culpados”, ao que é impedido, diretamente pelo Presidente da República, repetindo o mesmo feito que levou a deposição de João Goulart da presidência da república, QUEBRANDO a hierarquia.
Somos a favor da apuração dos fatos que culminaram, de forma reprovável com a quebra da hierarquia, mesmo porque as instituições militares, não sobrevivem sem ela. O que veio acontecer dentro da Aeronáutica é de se lamentar, mas não turva as glorias de seu passado, nem de seus feitos seja nos céus da Itália ou nos rincões da Amazônia, seja na guerra ou nas ações cívico sociais as quais seriam impossíveis sem a sua presença. Pelo seu passado, não merecia a Aeronáutica o infortúnio, por se tratar de péssimo exemplo para as FFAA.
Há de se repensar as punições e os revanchismos, e em se utilizando o método de “rebentar a corda no lugar mais fraco”, ou a do “boi de piranha”, será correr um risco , cujas conseqüências são inimagináveis, se considerando, que se passa num circulo de homens armados, cansados de “engolir sapos” que lhes são repetitivamente e acintosamente “servidos” por uma Comissão, que sem autoridade para tal, que promove e indeniza a seu bel prazer, principalmente os maiores inimigos da Democracia, preferencialmente terrorista e assassinos, sem que se manifestem as autoridades competentes, ou seria incompetentes, com um agravante de postergar propositalmente e desafiadoramente, a reposição dos salários dos militares, e que num ato inédito, separa os vencimentos dos comandantes, do resto da tropa, julgando talvez pelo seu caráter embrionário, que comprando os Comandantes compra toda tropa. Verá tardiamente que não.
O Senado Federal esboça desejos de ouvir o clamor do povo (não subsidiado) de Ordem e Progresso, de punição dos corruptos, cortando na própria carne inicialmente, deixando transparecer que muitos foram “tentados” mas nem todos foram comprados.
Temos um futuro pela frente. A esperança se dá, porque pior é impossível.