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terça-feira, 15 de novembro de 2011

O Editor
Não poderia publicar esse artigo da Revista Veja, que me foi enviado por Sônia van Dijck, sem o seu genial, e lúcido comentário, pois o artigo não teria o mesmo impacto.
JN

"LUPI, PEDE PRA SAIR!
A piada é que Dilma Rousseff ainda espera explicações convincentes de Lupi.
Ou Dilma Rousseff nasceu ingênua por defeito de fabricação, ou está sendo ingênua ao pensar que os contribuintes vão cair no “conto de Lupi”. Só mesmo Dilma Rousseff pode fazer de conta que acredita na falação de Lupi – nem o PDT quer embarcar na atual canoa furada do Trabalho. Os contribuintes lesados por Lupi não acreditam nem em sua declaração de amor a Dilma – quem tem um amoroso como Lupi não precisa de inimigo pelos próximos 100 anos.
Aqui entre nós: na verdade, Dilma Rousseff sabe ser cruel. Já podia ter dado um ponto final na agonia de Lupi e ter mandado o espertalhão para o paraíso da impunidade. Só de pura crueldade, diz que espera explicações do morto-vivo. Quem tem uma amada como Dilma não precisa de carrasco; mergulha de cabeça no mais atroz inferno astral pelos próximos 100 aniversários.
Pode ser que Dilma Rousseff esteja sendo esperta na jogada de esperar explicações do fritado em fogo lento, para ganhar tempo para as negociatas – ela deve estar escolhendo a meia dúzia que vai substituir o 6. Ou será que Dilma tem birra com o PDT (seu partido, antes de virar petista convicta)? – ou será que ela tem birra com Lupi e quer torturar o cara aos pouquinhos com essa exibição midiática?
Dilma e o PDT chegarão a bom porto de negociatas. Lupi é que irá para o paraíso da impunidade. E nós, os contribuintes, continuaremos com a conta da corrupção a ser paga.
E por onde anda Orlandinho? Onde está o ex-ministro Nascimento? E Pedro Novais? E Rossi está plantando batatas? O que Palocci impune anda aprontando? E Agnelo vai continuar rindo dos contribuintes roubados? E os mensaleiros que andam fazendo com a dinheirama doada no governo Lula? E os churrasqueiros, os compadres, os marqueteiros, os afilhados das raparigas do delegado, que boa vida estão levando com a grana que levaram/levam todos os dias dos contribuintes? – Perguntar não ofende.
Sônia van Dijck

Agora, a presidente Dilma quer explicações convincentes do ministro para não tirá-lo da pasta imediatamente
Postado em 14/11/2011 às 08:15
O grajauense, Ezequiel Nascimento (PDT) candidato a deputado distrital nas eleições do ano passado e ex-secretário de Políticas Públicas de Emprego do Ministério do Trabalho, pode deixar a situação do ministro Carlos Lupi numa saia ainda mais justa.
Desde a semana passada Lupi se encontra em maus lençóis por conta da existência de um esquema de arrecadação de propina operado por integrantes do PDT, seu partido, lotados na pasta do Ministério do Trabalho.
De acordo com a reportagem de VEJA desta semana, o grupo agia em duas frentes: “Numa delas, extorquia ONGs às voltas com irregularidades na execução dos contratos e que, por isso mesmo, ficavam sem receber dinheiro da União”. Na outra, por sua vez, “fazia vista grossa a malfeitorias cometidas por ONGs amigas”.
Com o título “O voo cego do ministro do Trabalho”, a reportagem de VEJA desta semana destaca uma viagem do Ministro Lupi feita no dia 13 de dezembro de 2009, ao Maranhão, num pequeno avião alugado por um dos principais acusados de desviar dinheiro de convênios com o ministério. E o acusado estava entre os passageiros.
Segundo afirmações do grajauense Ezequiel Nascimento, o avião King Air branco com detalhes em azul, de prefixo PT-ONJ, de propriedade do dono da ONG Pró-Cerrado, Adair Meira, ficou à disposição do ministro e dos pedetistas do Maranhão em uma viagem cujo objetivo era lançar um programa de qualificação profissional em sete municípios do Maranhão. VEJA indagou Ezequiel sobre quem disponibilizou a aeronave e ele respondeu: “O Adair”.
Estavam na aeronave, além do ministro, os pedetistas, deputado federal Weverton Rocha, Ezequiel Nascimento, o ex-governador maranhense Jackson Lago (falecido) e Adair Meira, dono do avião.
Questionado sobre sua relação com Meira, o ministro do Trabalho disse nem conhecê-lo. “Eu não tenho relação nenhuma, absolutamente nenhuma, com o – como é o nome? – seu Adair”, afirmou à Revista.
VEJA denunciou que no fim de 2010, um ano após a viagem, a Fundação Pró-Cerrado  e a Rede Nacional de Aprendizagem, Promoção Social e Intregração (Renapsi), duas ONGs de Adair, receberam do Ministério do Trabalho, numa solenidade em Brasília, o Selo Parceiros da Aprendizagem, concedido  a entidades consideradas de excelência na formação profissional. Ainda em 2010 a Renapsi, segundo VEJA, foi escolhida pelo ministério como parceira num projeto para qualificar trabalhadores no Maranhão – "isso apesar de ter credenciais nem de longe abonadoras", afirmou outro trecho da reportagem.
Agora, a presidente Dilma quer explicações convincentes e consistentes sobre a viagem do ministro ao Maranhão, para não tirá-lo da pasta imediatamente. No jogo de tramóias, o ministro Lupi se esqueceu de combinar com seu ex-assessor, o grajauense Ezequiel Nascimento de ficar de bico calado quando a bomba estourasse. Agora é tarde mais.