14/03/14 – Administrador do Cemitério explica, com detalhes, na CNV a Vala de Perus |
Carlos Alberto Brilhante Ustra - Cel Ref Quando escrevi esta matéria, publicada no site www.averdadesufocada.com, em 12/03/2014, infelizmente, cometi um engano em relação ao então prefeito de São Paulo, Senhor Mário Covas e que agora retifico: O Cemitério de Perus foi criado, no final do governo do prefeito Paulo Maluf, em 1971, para lá enterrar os corpos dos indigentes falecidos na cidade de São Paulo. O Serviço de Sepultamento da Prefeitura de São Paulo, também sepultava, em caixões de madeira, em covas rasas e isoladas, todas devidamente identificadas , os corpos de terroristas mortos em enfrentamento com os órgãos de segurança. Em 1975, talvez por estar o cemitério lotado, o Serviço de Sepultamento da Prefeitura, resolveu exumar os corpos dos indigentes. Isto acontece em todos os cemitérios. Normalmente, as pessoas são sepultadas em túmulos dos seus familiares. Quando isso não ocorre, após um determinado período, as ossadas são exumadas pela família e colocadas num jazigo perpetuo por ela adquirido. Quando esta providência não é tomada, caso dos indigentes ou de alguns terroristas que não foram procurados pela família, o normal é sepultarem as ossadas exumadas numa vala comum. Em 1975 o prefeito de São Paulo era Miguel Colasuonno (28/08 1973 – 16/08/1975) e, depois dele, Olavo Egídio Setúbal (17/08/1975 – 11/07/1979). Segundo o Google, a Vala de Perus foi aberta em 1976, e as ossadas de 1049 indigentes foram lá despejadas, inclusive as de 6 a 8 terroristas. Durante o gestão do prefeito Mário Covas - maio de 1983 até 1º de janeiro de 1986 – com a decretação da anistia, o Serviço de Sepultamento da Prefeitura temendo que o problema da Vala de Perus fosse explorado, determinou que o caso não fosse comentado. Ora, Mário Covas foi membro do antigo MDB, depois PMDB, fora nomeado pelo governador Franco Montoro, portanto de oposição aos governos militares. Era um homem justo e correto, e se não denunciou irregularidades na abertura desta vala é porque elas não existiram. Pelo contrário, com a sua recomendação preservou o Serviço de Sepultamento da Prefeitura. É impossível que Luiza Erundina, em 1990, quando fez o estardalhaço sobre a Vala do Cemitério de Perus, não soubesse que as 1049 ossadas colocadas naquela Vala, foram lá despejadas por ordem da prefeitura. Também, é impossível acreditar que e os inquéritos abertos por Erundina não chegassem à esta mesma conclusão. Seria conveniente, em nome da verdade e da justiça, que os responsáveis pelo Memorial apagassem os dizeres que lá estão caluniando os militares e colocassem o nome da Prefeitura de São Paulo, como o responsável pela abertura da Vala de Perus e por ter nela despejado as 1049 ossadas e entre elas as de seis a oito terroristas. E agora, a Comissão Nacional da Verdade vai ficar com qual versão? A de Erundina ou a do administrador de Cemitério de Perus? |