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sábado, 29 de outubro de 2011

Reprise da perigosa chanchada do governo petista-aliados
Sônia van Dijck
Nesse 26 de outubro de 2011, caiu o quinto ministro do governo petista-aliados de Dilma Rousseff. Revoltante reprise de outros episódios dos governos petista-aliados.
Tudo começou com o mensalão. Não. Tudo começou com a tal reforma da Previdência, em 2003, quando Lula loteou o estado brasileiro para poder alcançar seu projeto de arrecadar mais muitos milhões para os cofres dos porões do exército encarregado de ocupar o poder. Não. Tudo começou quando Lula fingiu ser decente e civilizado para, por um lado, se aliar ao capital e conseguir apoio, e, por outro lado, travestido de eterno proletário, enganar as massas. Sei lá quando tudo começou a virar esse Brasil em um país sem ética e sem princípios. Pode ser que tenha começado em 1980, quando o PT apareceu como movimento ético, por um Brasil melhor, e vendeu essa imagem para as instituições fundamentais da sociedade brasileira, entre elas o voto do eleitor.
Porém, só em 2005, a sociedade brasileira ficou sabendo do mensalão e de outros escândalos mais. Todos os escândalos são resultantes de roubo dos impostos pagos pelos contribuintes. Desde então, a corrupção tornou-se instituição do estado brasileiro. No processo, aprimorando-se os métodos, todos os ministérios, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica, os Correios, todas as instituições federais e até aquele posto do INSS esquecido naquela cidadezinha poeirenta perdida no mapa desses 513 mil e mais qualquer coisa quilômetros quadrados, adotaram a corrupção como forma de atuação política.
Nos últimos 9 anos, a corrupção criou milionários, engordou o cofre dos partidos aliados ao PT, trouxe alegria a empresários safados, inventou obras superfaturadas e outras tantas que não passaram do dia do comício de inauguração com Lula ao lado de Dilma Rousseff, a “mãe do PAC”.
Em 2011, 9 anos depois de inventada a nova metodologia de governabilidade, a corrupção transformou-se em comportamento habitual até do vereador e do prefeito daquele município daquela cidadezinha poeirenta, cujo posto do INSS está entregue a algum analfabeto petista ou militante de partido aliado.
Ficou no passado a malandragem da contravenção do jogo do bicho e aquela do “conto do vigário”.
Chegamos a magistrados, delegados, políticos, ministros, empresários, churrasqueiros, marqueteiros, advogados, compadres, policiais, crime organizado, traficantes, estupradores, sequestradores, arrombadores de caixas eletrônicos, pedófilos, impunes agressores de mulheres, em um sistema em que as celebridades dos noticiários estão fora da Lei. Esse sistema tem irmão “lambari” que virou ricaço, e primeiro filho que virou milionário.
E, nesse 26 de outubro do ano graça 2011, vimos o quinto ministro do governo petista-aliados cair por acusações de corrupção.
E o que aconteceu com os quatro defenestrados anteriores? – o mesmo que vai acontecer com esse quinto? E por onde andam os quatro derrubados anteriores? – por onde começa a andar esse quinto? Ou seja: a classe política vai ao paraíso da boa vida com a fortuna amealhada sem suar a camisa.
Por falar em suar a camisa, a coisa que socialista e comunista mais odeia é trabalho; basta verificar entre os socialistas do governo petista (todos politicamente corretos) quantos ficaram milionários com a colaboração dos impostos dos cidadãos, sem ter trabalhado para isso; enriqueceram apenas sentados nos gabinetes de figurões do governo, assinado papeis e ou tendo encontros na garagem... – começar por Palocci é uma boa ideia (sem esquecer Delúbio Soares, hoje milionário latifundiário graças ao salário de professor no ensino médio).
Orlando Silva seguiu o roteiro já tão exaustivamente experimentado: tudo é mentira; sou inocente. Como seus companheiros de performance calhorda, desfilou como fantasma, assombrando a moralidade, e esteve em depoimento no Congresso Nacional, entrando e saindo do Planalto, sendo secundado pela declaração de confiança da governanta.
Espetáculo midiático de péssimo gosto: o calhorda prepotente que acredita na impunidade.
Pouco adianta exigir a saída de mais um corrupto denunciado pela imprensa livre. A imoralidade não é pontual, desse ou daquele ministro, desse ou daquele prefeito ou vereador ou deputado ou senador. A imoralidade está no sistema.
Desde que Lula instaurou o estado brasileiro em capitanias doadas aos partidos políticos, abriu-se a porta para o crime de alto escalão, dentro do princípio socialista de que o fim justifica os meios. A nova governanta Dilma Rousseff, nesse episódio do Orlandinho, ilustra sobejamente o esquemão montado e em pleno funcionamento: a capitania do esporte pertence ao descarado PCdoB, e não importa o que seus militantes sejam capazes de fazer pelo desporto no Brasil ou o quanto sejam capazes de roubar – o melhor é poder roubar o quanto der (a Copa está na hora da vez).
Dilma Rousseff não tem autonomia para escolher novo ministro. Dilma Rousseff, no momento, refém do PCdoB, nomeará ministro o escolhido pelo partido. Pode ser uma deputada que nada entende nem de pular corda; mas pode ser Aldo Rebelo, o xerife do intercâmbio linguístico: aí ele vai mudar futebol para ludopédio (resta saber se a FIFA vai aceitar tal paixão etimológica militante de coisa nenhuma).
Na verdade, o que se vai acompanhar é a troca de seis por meia dúzia, tal como se tem visto nos últimos anos e como tem feito Dilma Rousseff nos quatro defenestrados anteriores.
Dilma Rousseff não tem perfil de inovadora, e nem tem liderança, a ponto de evitar a reprise dentro de alguns meses. De qualquer forma, o roteiro de seu governo já está bastante conhecido: sou inocente – são calúnias – vou entrar com processo por difamação – vou exigir investigação da Polícia Federal - abro meu sigilo bancário (como se grana ilícita fosse depositada no Banco do Brasil) –“ vou defender minha honra” (aqui é citação de Orlando Silva, que não tem nada para defender).
Os bons tempos do cinema brasileiro tiveram chanchadas bem melhores e mais criativas.
Agora, é só esperar a imprensa livre abrir novas portas de acesso aos porões do governo Dilma Rousseff – vai sair lama por todas as janelas do próximo ministério.
No Brasil do governo petista-aliados corruptos, a imprensa governa melhor do que Dilma Rousseff, refém dos safados partidos aliados e militantes do PT– quem criou esse sistema do “toma lá, dá cá” foi seu guru, para quem ela deverá ceder o lugar em 2014: LULA.
Desde que os corruptos partam rumo ao paraíso da boa vida de milionários, precisamos exigir apuração rigorosa (difícil vai ser encontrar magistrados isentos...) e punição na forma da Lei (é aí que fica mais difícil de encontrar magistrados isentos – basta lembrar que o processo do mensalão dorme em berço esplêndido até que todos os crimes prescrevam). É aí que a coisa fica difícil. Como diria minha avó: é aí que a porca torce o rabo...
Apesar de serem marajás, os magistrados são a última esperança do contribuinte, para ver a apuração dos crimes e a punição dos arrombadores dos cofres públicos, na forma da Lei. Esperança vã, talvez... A corrupção foi imposta como instituição nacional: do magistrado ao síndico de condomínio residencial.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Jornais: interino do Esporte firmou convênios com ONGs suspeitas

Filiado ao PCdoB do Rio de Janeiro, o secretário executivo do ministério, Waldemar Souza, foi quem firmou o contrato de R$ 6,2 milhões com um sindicato de cartolas do futebol para um projeto da Copa do Mundo de 2014
O ESTADO DE S. PAULO
Interino do Esporte firmou convênios com ONGs suspeitas
Apontado como ministro interino do Esporte após a demissão de Orlando Silva, o secretário executivo da pasta, Waldemar Souza, assinou convênios com organizações não governamentais suspeitas de irregularidades. Filiado ao PC do B do Rio de Janeiro, Souza foi quem firmou o contrato de R$ 6,2 milhões com um sindicato de cartolas do futebol para um projeto da Copa do Mundo de 2014, conforme revelou reportagem do Estado publicada em agosto.

Waldemar Souza faz parte da tropa do PC do B dentro do ministério. É homem de confiança do ministro Orlando Silva. Passa pelo crivo dele os principais contratos do Ministério do Esporte. Em suas entrevistas, o delator do esquema que derrubou Orlando, João Dias Ferreira, também inclui o nome de Waldemar.
O nome do secretário executivo aparece, por exemplo, na prorrogação de um convênio do Programa Segundo Tempo no valor de R$ 911 mil com o Instituto de Desenvolvimento da Criança e do Adolescente (Idec), da cidade de Novo Gama (GO). A renovação foi publicada no dia 25 de agosto deste ano no Diário Oficial da União. A entidade é de fachada e, apesar de ter assinado o contrato em 2009, jamais executou o projeto. Após o Estado revelar o caso, o ministério anunciou que decidira cancelar o contrato.
No dia 25 de janeiro de 2011, Waldemar Souza assinou ainda um convênio de R$ 1,2 milhão com o Instituto Pró-Ação, outra entidade sob suspeita. Conforme a reportagem mostrou na segunda-feira passada, a ONG repassou pelo menos R$ 1,3 milhão em cheques para empresas fantasmas em Valparaíso (GO). A entidade é apontada como “modelo de gestão” pelo Ministério do Esporte.
Secretário executivo assume Esporte interinamente
A assessoria do Palácio do Planalto informou que o secretário executivo do Ministério do Esporte, Waldemar Manoel Silva de Souza, assume interinamente a Pasta. O anúncio foi dado logo após a confirmação do próprio ministro Orlando Silva de que estava deixando o cargo. Durante uma rápida entrevista após a reunião com a presidente Dilma Rousseff, o ministro Orlando Silva se defendeu das acusações de envolvimento em desvio de recursos públicos e revelou que já impetrou ação penal contra os que fizeram as denúncias envolvendo seu nome.

“Foram dois criminosos que fugiram hoje de ir ao Congresso”, disse Silva numa referência ao policial militar João Dias Ferreira e ao motorista Célio Soares Pereira, que não compareceram nesta quarta-feira, 26, à audiência pública da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara para falar sobre as denúncias de fraude no Programa Segundo Tempo do Ministério do Esporte. Ele se mostrou bastante revoltado com o “linchamento” que está sofrendo e com a crise que foi criada. “Não houve, não há e não haverá nenhuma prova contra mim”, disse.
“Não é possível jogar cinco anos de trabalho na lata do lixo. Fora do governo, posso defender mais o governo e o meu partido. Por isso tomei essa decisão, espero que todas as medidas que tomei, insisto, eu propus as apurações, porque me interessa que tudo fique claro”, disse Orlando Silva, acrescentando que a verdade estará com ele.
‘Minha honra foi ferida’, diz ministro Orlando Silva
O ministro do Esporte, Orlando Silva, confirmou que decidiu se afastar do governo. Segundo ele, depois de uma reunião com a presidente Dilma Rousseff e dirigentes do seu partido, o PCdoB, chegou-se à conclusão que a melhor solução seria o seu afastamento. “Essa foi a decisão que tomei”, disse em entrevista no Palácio do Planalto, justificando que o PCdoB não pode ser instrumento de ataque ao governo, pois o partido participa da base aliada.  “Eu decidi sair do governo para que possa defender minha honra e meu partido”, completou o ministro. “Minha honra foi ferida”. Segundo Orlando, foram 12 dias de “ataque baixo e agressão vil” e nenhuma prova contra ele surgiu ou surgirá.

Mais cedo, o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, havia confirmado que Orlando deixaria o governo. Ele disse que a forma como se dará a saída de Orlando será definida na reunião a ser realizada no início da noite desta quarta-feira, 26, com a presidente Dilma Rousseff. “A abertura de inquérito pelo Supremo (Supremo Tribunal Federal) foi fator determinante para a mudança da situação”, disse Carvalho.
Segundo Carvalho, o mais provável é que haja uma interinidade na Pasta. “É o mais provável”. Ele disse ainda que a tendência é de que o cargo continue nas mãos do PCdoB. Carvalho não quis falar em nomes e elogiou o ministro Orlando Silva. “Orlando teve uma atitude madura. Eu respeito e louvo a atitude do PCdoB”, disse o ministro relatando a conversa que teve na manhã de desta quarta com Orlando Silva e com o presidente do PCdoB, Renato Rabelo.
Visado, PC do B desiste de bancar ex-ministro
O PC do B desistiu de insistir na permanência de Orlando Silva à frente do Ministério do Esporte quando percebeu que estava se tornando alvo das denúncias de irregularidades, praticadas principalmente por ONGs ligadas à legenda. Tanto é que o partido se viu obrigado a usar o tempo de sua propaganda na TV, nos últimos dias, para se defender e dizer que não compactua com a corrupção. Diante da mudança no alvo das denúncias, o PC do B percebeu que insistir em manter Orlando no ministério seria levar a sujeira cada vez mais para dentro do partido.

Mesmo assim, a direção da legenda resolveu tentar um constrangimento à presidente Dilma Rousseff durante a reunião em selaria o destino de Orlando. Em vez de oferecer a demissão, como é corriqueiro nessas horas, o partido comunicaria que a presidente estava livre para escolher o substituto. Isso foi decidido num encontro realizado no gabinete da liderança do PC do B na Câmara, durante parte da manhã e da tarde de quarta-feira, 26, sob o comando do presidente do partido, Renato Rabelo.
Na mesma reunião, Rabelo comunicou aos integrantes do PC do B que estivera com o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral) um pouco antes e a conversa tinha sido dura. O governo considerava que o desgaste com a permanência de Orlando já passara de todos os limites.
Governo estuda suspender convênios com ONGs
O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disse que o governo está estudando a possibilidade de assinar um decreto para suspender, por 30 dias, o repasse de recursos mediante convênio com Organizações Não Governamentais (ONGs). A crise no Ministério do Esporte expôs a existência de irregularidades em convênios com ONGs.

No mês passado, a presidente Dilma Rousseff, por causa das denúncias de desvio de verbas no Ministério do Turismo, também com convênios com ONGs, decidiu que esse tipo de contrato teria de ser assinado sempre, diretamente, pelos ministros em suas respectivas pastas, e não mais por secretários-executivos. Desta forma, os ministros ficariam responsáveis por qualquer tipo de irregularidade ou desvio em convênios.
“O governo não quer romper com ONGs. Ao contrário, achamos que elas têm um trabalho importante”, declarou Gilberto. “Mas, se não houver um trabalho efetivo de fiscalização, fica sujeito a problemas”, disse o ministro, acentuando que é preciso “refinar” o processo de controle do repasse de verbas dos convênios. Gilberto Carvalho fez questão de informar que o tema ainda está em debate e que não há decisão sobre quando a medida será adotada.
O repórter William Waack, da Rede Globo de Televisão, foi apontado como informante do governo norte-americano, segundo post do blog Brasil que Vai – que citou documentos sigilosos trazidos a público pelo site WikiLeaks há pouco menos de dois meses. De acordo com o texto, Waack foi indicado por membros do governo dos EUA para “sustentar posições na mídia brasileira afinadas com as grandes linhas da política externa americana”.
William Waak, segundo documentos vazados no WikiLeaks, recebe dinheiro da CIA para alinhar o noticiário aos interesses norte-americanos no Brasil

Por essa razão, ainda segundo o texto, é que se sentiu à vontade para protagonizar insólitos episódios na programação que conduz, nos quais não faltaram sequer palavrões dirigidos a autoridades do governo brasileiro.
O post informa ainda que a política externa brasileira tem “novas orientações” que “não mais se coadunam nem com os interesses norte-americanos, que se preocupam com o cosmopolitismo nacional, nem com os do Estado de Israel, influente no ‘stablishment’ norte- americano”. Por isso, o Departamento de Estado dos EUA “buscou fincar estacas nos meios de comunicação especializados em política internacional do Brasil” – no que seria um caso de “infiltração da CIA (a agência norte-americana de inteligência) nas instituições do país”.
O post do blog afirma ainda que os documentos divulgados pelo Wikileaks de encontros regulares de Waack com o embaixador do EUA no Brasil e com autoridades do Departamento de Estado e da Embaixada de Israel “mostram que sua atuação atende a outro comando que não aquele instalado no Jardim Botânico do Rio de Janeiro”.



quarta-feira, 26 de outubro de 2011

25/10/2011 - 15h42 / Atualizada 25/10/2011 - 17h14

Oposição chama de afronta visita de Orlando Silva à Câmara

Maurício Savarese
Do UOL Notícias
Em Brasília

Os líderes do DEM e do PSDB criticaram nesta terça-feira (25) a ida do ministro do Esporte, Orlando Silva, à Câmara dos Deputados para falar sobre a Lei Geral da Copa. Acusado de envolvimento em um esquema de desvio de verbas na pasta, esta é a segunda vez que o ministro vai à Casa –ele também esteve no Senado na semana passada.
“A sua visita é uma afronta, o senhor não deveria estar sentado na cadeira de ministro”, disse o deputado ACM Neto (DEM-BA). “Sua vinda aqui na semana passada foi uma afronta ao Congresso. Nesta semana é uma afronta ao Brasil. O povo brasileiro quer o senhor longe das discussões sobre Copa do Mundo.”
O líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), também chamou a presença de afronta e disse que o governo quer dar uma “impressão de normalidade que não existe”.
O líder do PT na Casa, Paulo Teixeira (SP), afirmou que as críticas da oposição têm "motivação eleitoreira" e que as acusações "são uma inversão de papéis porque quem está atacando são aqueles que devem satisfações pelo que fizeram com o dinheiro público”. O petista disse ainda que o assunto da audiência de hoje será a Copa do Mundo, e não uma  “plataforma de ataque para a oposição”.

Ao tomar a palavra, Orlando Silva não respondeu às criticas da oposição e começou a falar sobre a Copa do Mundo. O ministro participa de uma audiência da comissão especial que analisará o projeto de Lei Geral da Copa –um dos principais pontos de confronto entre o governo brasileiro e dirigentes da Fifa e da CBF.
Mais cedo, Silva foi ao microblog Twitter para indicar a estratégia que usará ao falar na Câmara: focar na Copa do Mundo para desviar das denúncias de desvio de verbas públicas para abastecer um suposto caixa dois eleitoral do seu partido, o PCdoB.
“Assinei agora acordo de cooperação entre Ministérios do Esporte, Meio Ambiente e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente- Pnuma”, escreveu.  “O acordo servirá para apoiar a implantação de um programa de sustentabilidade ambiental para a Copa do Mundo. Será a mais verde das Copas.”
Aliados do ministro dizem que o depoimento servirá para acelerar uma agenda positiva após as denúncias do policial militar João Dias contra sua gestão. Dias também falará a uma comissão da Câmara.
Nesta terça-feira, reportagem do jornal “Folha de S.Paulo” informou que o ministro ajudou uma ONG do denunciante apesar de terem sido detectadas irregularidades no convênio com o governo.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

CORRUPÇÃO - 22/10/2011 00h04
TAMANHO DO TEXTO

Comunismo de resultados (trecho)

Como o ex-nanico PCdoB instalou-se no centro do poder e tornou-se um foco de escândalos no governo Dilma

MARIANA SANCHES E RICARDO MENDONÇA

Confira a seguir um trecho dessa reportagem que pode ser lida na íntegra na edição da revista Época de 24/outubro/2011  

COMUNISTAS LÁ O ministro Orlando Silva na cerimônia de posse da presidente Dilma Rousseff, em janeiro. O PCdoB também controla a ANP e a Embratur (Foto: Roberto Stuckert/PR)

O Brasil sempre foi o país do futebol. Na última década, tornou-se também o país do petróleo e das Olimpíadas. Nas três categorias, reina um partido que saiu da clandestinidade nos anos 1980 para se acomodar no centro do projeto petista de poder. Após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições presidenciais de 2002, o PCdoB foi recompensado por ter sido a única legenda, além do PT, a apoiá-lo em todas as suas tentativas de chegar ao Palácio do Planalto. Desde 2003, lideranças comunistas comandam o Ministério do Esporte e a Agência Nacional do Petróleo (ANP), instâncias fortalecidas após a escolha do Brasil para sediar a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos e com a descoberta dos campos da camada pré-sal. Com o poder, veio a responsabilidade, seguida de denúncias de cobrança de propinas e desvio de recursos. Diante das mais graves suspeitas de corrupção de sua história, o PCdoB se defende em bloco e tenta não ser reduzido a um pastiche dos ideais da esquerda que sempre disse defender.
No Partido Comunista do Brasil, a regra é um por todos e todos por um. “O princípio básico da organização do PCdoB é o centralismo democrático (...) para a construção das orientações partidárias sob um único centro dirigente e no qual as decisões tomadas são válidas para todos”, diz a legenda nos documentos em que se define. Na crise que levou Orlando Silva às manchetes dos jornais devido a denúncias de desvio de dinheiro no Ministério do Esporte, seus quadros demonstram seguir à risca essa orientação. Numa mostra notável de disciplina e fidelidade, muitos foram à mídia e aos palanques para fazer a defesa enfática do ministro.
“Acompanho sua trajetória desde os 16 anos de idade, desde quando liderava a nossa juventude. O senhor já abriu seus sigilos, fiscal e telefônico. Não tem mais que falar. Se o réu tem o que dizer, vá à PF, mostre as provas”, disse a deputada Manuela D’Ávila, pré-candidata à prefeitura de Porto Alegre. “O PCdoB está consciente de que é alvo de uma farsa de forças reacionárias e anticomunistas”, afirmou Nádea Campeão, presidente do diretório paulista. “O povo conhece o trabalho do ministro Orlando Silva e respeita as vitórias que ele vem ajudando o Brasil a alcançar”, disse o deputado federal Chico Lopes (CE).
A necessidade de defender um de seus principais quadros é uma realidade nova para um partido que esteve à margem do poder ao longo da maior parte de sua história. Criada em 1962 depois de um racha no antigo Partido Comunista Brasileiro, de 1922, a legenda passou décadas na clandestinidade. Nos anos 1970, patrocinou a Guerrilha do Araguaia, no sul do Pará, onde perdeu 60 militantes. Engrossou a campanha pelas eleições diretas para a Presidência, nos anos 1980, e até hoje ostenta a foice e o martelo. Ao mesmo tempo que faz alianças com ruralistas, kassabistas e sarneyzistas, continua reverenciando Marx e Lênin. Vive, segundo a descrição encontrada em seu site, “uma das fases mais ricas” de sua história.

sábado, 22 de outubro de 2011

PC do B A IDEOLOGIA DO ROUBO FACIL


Esporte deu R$ 9,4 mi a ONG ligada a assessor de ministro

Entidade pertence a ex-cabos eleitorais de integrante da cúpula do ministério

Empresa do atual chefe de gabinete de Wadson Ribeiro também recebeu verba; ministério nega ter favorecido partido


Alexandre Dornelas-24.jun.10/Divulgação
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/images/n2110201101.jpg
O secretário Wadson Ribeiro (à esq.) e o ministro do Esporte durante evento em Minas Gerais

DE BRASÍLIA

O Ministério do Esporte repassou nos últimos anos R$ 9,4 milhões a uma organização não governamental dirigida por dois ex-cabos eleitorais de um integrante da cúpula da pasta, o secretário de Esporte Educacional, Wadson Ribeiro.
Ribeiro é assessor direto do ministro Orlando Silva, que nesta semana foi acusado por um policial militar do Distrito Federal de desviar recursos do ministério para os cofres do seu partido político, o PC do B.
A entidade ligada a Ribeiro, o Instituto Cidade, recebeu o dinheiro do ministério para distribuir material esportivo a jovens carentes e executar outras atividades em Juiz de Fora (MG).
A ONG é dirigida por dois militantes do PC do B, José Augusto da Silva e Jefferson Monteiro, que trabalharam para Ribeiro na campanha eleitoral do ano passado, quando ele concorreu a uma vaga de deputado federal e não conseguiu se eleger.
Ribeiro prestigiou eventos públicos organizados pela entidade e autorizou pessoalmente os convênios firmados com ela entre 2007 e 2010, período em que ocupou o cargo de secretário-executivo do ministério. Ele planeja se lançar candidato à Prefeitura de Juiz de Fora no próximo ano.
A ONG existe desde 2003, começou a receber verbas do Ministério do Esporte em 2006 e firmou seis convênios com o governo desde então, entre eles quatro do programa Segundo Tempo, que repassa recursos públicos para desenvolver atividades esportivas em áreas carentes.
Os responsáveis pelo Instituto Cidade afirmam que todas as atividades previstas em seus convênios com o governo foram executadas. O ministério nega que o objetivo dos convênios seja favorecer militantes partidários.

GRAVAÇÕES
A crise no Ministério do Esporte teve início no fim de semana, quando a revista "Veja" publicou uma entrevista com o acusador do ministro Orlando Silva, o policial militar João Dias Ferreira.
Segundo Ferreira, durante uma reunião realizada em 2008 na sede do ministério, o secretário Wadson Ribeiro e outros assessores de Orlando tentaram impedi-lo de ir a público denunciar irregularidades no ministério.
O policial promete apresentar em breve gravações que teria feito na reunião. O ministério confirma que o encontro ocorreu, mas diz que Ribeiro não participou da conversa e nega que seu objetivo tenha sido o apontado pelo policial.
Uma empresa ligada a Ribeiro também recebeu dinheiro do Esporte recentemente, a Contra Regras, que funciona em São Paulo e foi criada pelo atual chefe de gabinete do secretário no ministério, Antônio Máximo.
A Contra Regras recebeu R$ 83 mil de outra ONG contratada pelo ministério, a Via BR, que conseguiu R$ 772 mil para organizar eventos. O fundador da Via BR é sócio de Máximo na Contra Regras.
A ONG funcionou até maio numa casa de São Paulo que também foi sede da produtora da atriz Ana Petta, mulher do ministro Orlando Silva.
Em 2009, a mesma entidade que contratou a Contra Regras foi autorizada pelo Ministério do Esporte a captar R$ 2 milhões em patrocínios de empresas privadas para um evento esportivo em Campinas, o berço político do ministro Orlando.
O evento, batizado de Virada Esportiva, foi idealizado pelo cunhado de Orlando, o secretário municipal do Esporte, Gustavo Petta. A Via BR conseguiu captar R$ 500 mil para financiar a iniciativa.
Um dos dirigentes da entidade, Adecir Fonseca, trabalha no gabinete do secretário Petta em Campinas.

(MARIA CLARA CABRAL, DIMMI AMORA, FILIPE COUTINHO, ANDREZA MATAIS E BRENO COSTA)

terça-feira, 18 de outubro de 2011

28/09 - Comissão da Verdade terá Aloysio Nunes como relator
Sen.Aloysio Nunes Ferreira
Andrea Jubé Vianna - Agência Estado - 28/09/2011
O projeto de lei que cria a Comissão da Verdade chegou hoje ao Senado e será relatado pelo senador Aloysio Nunes (SP), do PSDB. O tucano, que foi perseguido político na ditadura militar, deverá relatar a matéria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e no plenário. Embora a escolha de seu nome não tenha sido formalizada, ele tem o aval do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), do líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), e do líder do PT, Humberto Costa (PE).
O projeto que é considerado prioridade máxima pela presidente Dilma Rousseff estabelece que a comissão ficará encarregada de investigar as violações de direitos humanos ocorridas entre 1946 e 1988.
A ideia é que Aloysio Nunes não faça mudanças no texto, a fim de que a matéria siga diretamente à sanção.
Se tiver de seguir o rito ordinário de tramitação, o projeto terá de passar por três comissões: CCJ, Direitos Humanos e Relações Exteriores. No entanto, Romero Jucá vai procurar os líderes partidários na Casa para tentar aprovar o regime de urgência da matéria, a fim de que seja analisada diretamente no plenário. "Acredito que as lideranças podem pedir urgência e, desde que a nossa pauta esteja desobstruída, nós então teremos a oportunidade de examiná-lo", disse o presidente José Sarney, apoiando a urgência.

Observação do site : www.averdadesufocada.com
A pergunta que não quer calar: Não existe um parágrafo no projeto que cria a Comissão da Verdade que impede que alguém que tenha tido algum envolvimento com a luta armada náo poderá participár da mesma? Como é que o relator do projeto será um senador que esteve envolvido tão profundamente com os acontecimentos desse período?
Saiba quem foi o senador:
Aloysio Nunes Ferreira - "Beto" ou "Mateus"
- Como presidente do Centro Acadêmico XI de agosto, da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, São Paulo, participou da ocupação da Faculdade, ameaçando incendiá-la caso fosse invadida pela polícia. Contava para isso com mais de 100 coquetéis molotov.
- Em 1964 ingressou no Partido Comunista Brasileiro.
- Descontente com a linha pacífica do Partidão, optou pela luta armada, ingressando na Ala Marighela, mais tarde Ação Libertadora Nacional (ALN).
- Seu líder, Carlos Marighela, de quem era motorista, ficou famoso pela pregação da violência, sendo o autor do Minimanual do Guerrilheiro Urbano, livro de cabeceira das Brigadas Vermelhas, na Itália, e do grupo terrorista Baader-Meihoff, da Alemanha.
- Em 10/08/1968 participou entre outras ações da ALN do assalto ao trem pagador da Santos-Jundiaí e, em outubro desse mesmo ano, ao carro pagador da Massey-Ferguson.
- Tentou viajar para Cuba com a finalidade de fazer um treinamento militar, no que foi impedido por Carlos Marighela.
- Em novembro de 1968, com o passaporte falso, viajou para Paris onde passou a coordenar as ligações de Cuba com os comunistas brasileiros.
- Após três anos em Paris filiou-se ao Partido Comunista Francês.
- Negociou com o Presidente argelino Houri Chedid Boumedienne para que comunistas brasileiros recebessem treinamento militar na Argélia.
- Regressou ao Brasil após a Lei da Anistia, de 1979, ingressando na política.
- Desfiliou-se do PCB e filiou-se ao PMDB, tendo sido eleito por este partido deputado estadual de 1983
- Foi vice-governador de São Paulo de 1991 a 1994, eleito na chapa de Luiz Antônio Fleury Filho. Acumulou a função de vice-governador com a de secretário estadual de Negócios Metropolitanos.
- Em 1992, foi candidato derrotado à Prefeitura de São Paulo.
- Em 1994, foi eleito Deputado Federal pelo PSDB.
- Interrompeu o mandato de 1999 a 2002, quando ocupou dois ministérios no governo FHC: a secretaria-geral da Presidência e o Ministério da Justiça.
- Como Secretário Geral da Presidência da República viajou à Cuba, na semana de 08 à 13/10/2001, onde manteve conversações com seu velho e fraternal amigo Fidel Castro, o mais sangrento ditador do continente que mandou fuzilar no "paredon" 17 mil e prendeu trinta mil opositores ao Partido Comunista Cubano.
- No dia do seu retorno ao Brasil, como deferência ao seu passado revolucionário, Fidel Castro foi ao seu embarque no aeroporto e fez questão de acompanhá-lo até o avião para as despedidas.
- De 1995 a 2007, foi detentor de uma cadeira de Deputado Federal.
- Em 2005/2006, foi secretário municipal da cidade de São Paulo, durante o governo José Serra/Gilberto Kassab. Quando, em 1º de janeiro de 2007, José Serra assumiu o Governo do Estado de São Paulo, Aloysio foi o seu chefe da Casa Civil.
- No dia 3 de outubro de 2010, Aloysio Nunes foi eleito senador pelo PSDB de São Paulo.
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
"Aloysio Nunes será o relator da Comissão da Verdade no Senado
Por Vandson Lima - De São Paulo - Valor Econômico - 28/09/2011
O relator no Senado do projeto que cria a Comissão da Verdade será Aloysio Nunes (PSDB-SP). A confirmação da escolha foi feita ontem pelo líder do governo, senador Humberto Costa (PT-PE).
O nome do tucano vinha sendo avaliado para o posto havia pelo menos dois meses. No ministério da Defesa, contou com o aval do ex-ministro Nelson Jobim e seguiu sendo bem visto depois da chegada de Celso Amorim. Ao Valor, a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, já havia dito ser do desejo do governo que a relatoria no Senado ficasse com um oposicionista, dando ao projeto um caráter pluripartidário.
Nunes Ferreira é considerado um conhecedor do tema, equilibrado e de bom trânsito entre petistas. Fez parte da Aliança Libertadora Nacional (ALN), organização guerrilheira liderada por Carlos Marighella, e do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Enviado pela ALN à França por conta de um processo penal, lá aderiu ao Partido Comunista Francês. Segundo pessoas próximas ao senador, ele tem estudado o projeto com afinco, desejava a relatoria, mas tem evitado declarações a respeito na imprensa, ainda que em linhas gerais concorde com o conteúdo do texto. Sua relação com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), não é das melhores e um posicionamento de antemão favorável ao projeto pode o indispor com o DEM, partido que mais questiona o documento. (...)

materia postada no verdadesufoicada

segunda-feira, 17 de outubro de 2011


12/10/2011 - O Dia Online Escrever Comentário Enviar Notícia por e-mail Feed RSS

Palocci é investigado por lavagem de dinheiro


Ex-ministro-chefe da Casa Civil terá que se explicar sobre aluguel de apartamento que pertence a um suposto ‘laranja’ que responde a processo por fraudes e crimes tributários.
São Paulo - Quatro meses após renunciar ao cargo de ministro-chefe da Casa Civil, por suspeita de enriquecimento ilícito, Antonio Palocci tornou-se alvo de nova investigação. O Ministério Público de São Paulo confirmou ontem que abriu procedimento investigatório para apurar suspeita de envolvimento dele em esquema de lavagem de dinheiro. Um dos proprietários do apartamento que ele alugava em São Paulo é réu em processos por fraudes e crimes tributários.
O procedimento começou após análise de documentos sobre o imóvel solicitados a partir de representação do deputado estadual Pedro Tobias (PSDB-SP). A petição do tucano se baseou em reportagem da revista ‘Veja’ que apontou que os donos do apartamento, avaliado em R$ 4 milhões, teriam sido “laranjas” de operações financeiras irregulares.
A defesa do ex-ministro afirma que Palocci negociou o aluguel com imobiliárias e nunca teve contato com os proprietários do apartamento. Os advogados dizem ainda que Palocci decidiu romper o contrato e deixou o apartamento em julho, ao saber das denúncias.
A atual investigação não tem ligação com inquérito civil do Ministério Público Federal sobre suposto enriquecimento ilícito. Palocci deixou o cargo em junho, após a revelação de que o seu patrimônio aumentou em 20 vezes em quatro anos.
Há uma semana a Procuradoria da República no DF informou que, diante de novas provas, avaliava a possibilidade de reabrir o inquérito criminal arquivado em junho.
às 17:18 \ Direto ao Ponto - Augusto Nunes - Revista VEJA

Orlando Silva e seu bando têm de cair fora do ministério que virou covil do PCdoB

Pilhado em flagrante de novo, agora chapinhando no pântano do programa Segundo Tempo, o ministro Orlando Silva tentou trocar a pose de cartola a serviço da nação em Guadalajara pela fantasia de voluntário da pátria gravemente ofendido. “Confesso que eu estou chocado”, caprichou o canastrão vocacional ao saber das denúncias publicadas na edição de VEJA que acaba de chegar às bancas. “Estou estupefato, perplexo. Um bandido fala e eu que tenho que provar que não fiz, meu Deus?”. A fala decorada às pressas foi desmentida pela voz de quem deve, pela cara de culpa e pelas duas palavras finais: um comunista que invoca Deus quando o emprego está em perigo é tão confiável quanto um ministro que compra tapioca com cartão corporativo.
De todo modo, é compreensível que qualifique de bandido o companheiro do PCdoB que até recentemente era contemplado por verbas milionárias e audiências no Ministério do Esporte. Orlando Silva sabe que, no momento, cavalga o quinto andar da procissão dos condenados ao despejo. Não por vontade de Dilma Rousseff, que é só um codinome de Lula. Vai perder a boca no primeiro escalão por exigência dos milhões de brasileiros fartos de tanta ladroagem impune. Há limites para tudo.
Há limites também para a farsa encenada há quase nove anos. Um texto aqui publicado em março registrou que, no balanço dos dois mandatos que Lula registrou em cartório, a enxurrada de deslumbramentos do Segundo Tempo inunda quatro das 2.200 páginas divididas. Lançado em 24 de novembro de 2003 pelo Ministério do Esporte, bate no peito o parágrafo de abertura, o programa “visa democratizar o acesso à prática e à cultura do esporte de forma a promover o desenvolvimento integral da criança, do adolescente e do jovem, como fator de formação da cidadania e de melhoria da qualidade de vida, prioritariamente daqueles que se encontram em áreas de vulnerabilidade social”.
Entre outros embustes superlativos, o palavrório que vai da página 345 à 349 jura que “o Programa Segundo Tempo, desde a sua criação, permitiu 3.852.345 atendimentos de crianças, adolescentes e jovens”. Essas cifras de matar de inveja um dinamarquês não teriam sido alcançadas sem “a capacitação e qualificação de 9.246 profissionais entre coordenadores, professores, agentes formadores e gestores de esporte e lazer”. Magnânimo, o fundador do Brasil Maravilha divide a façanha com alguns parceiros.
“Foi por meio da celebração de convênios com governos estaduais, municipais e organizações não governamentais (ONGs), e de parcerias com outros ministérios, que se alcançaram, a partir de 2005, mais de 1 milhão de atendimentos anuais, considerando-se os convênios anuais e plurianuais. Isso foi possível em função do crescimento exponencial do orçamento do Programa Segundo Tempo, que iniciou (sic) com R$ 24 milhões em 2003 e alcançou R$ 207.887 milhões em 2010”.
Estelionato eleitoreiro é isso aí, atestam as incontáveis gatunagens da quadrilha que controla o programa nascido e criado para servir ao Partido Comunista do Brasil, premiado com o Ministério do Esporte no primeiro dia da Era Lula. Só em 2010, pelo menos R$ 69,4 milhões foram parar nos caixas de 42 ONGs e entidades de fachada controladas pelo PCdoB. O Estadão descobriu, por exemplo, que uma ONG explorada pelo partido em Santa Catarina resolveu importar merendas de Tanguá, no Rio de Janeiro. A empresa presenteada com a encomenda no valor de R$ 4,6 milhões tem um funcionário só, cujo nome o dono ignora, prospera num galpão abandonado há quatro anos e jamais produziu uma única e mísera merenda.
No Distrito Federal, 3,2 mil crianças continuam à espera dos 32 núcleos prometidos pelo convênio entre o ministério e outra ONG de estimação. Em Teresina, o que deveria ser uma quadra é um matagal onde os iludidos pelo Segundo Tempo tentam jogar futebol e vôlei improvisando traves e redes com tijolos, bambus e muita imaginação. A logomarca do programa num muro garante que aquilo é um núcleo esportivo. É só a prova de mais uma negociata que irrigou com R$ 4,2 milhões outra entidade a serviço do PCdoB.
“Vamos apurar todas as denúncias”, recita Orlando Silva depois de cada escândalo. “Vou processar o acusador”, acaba de declamar em Guadalara. Vai coisa nenhuma. Pecador não apura; é investigado. Delinquente não processa; é processado. As patifarias do Segundo tempo são apenas mais um tópico que inclui, entre outros espantos, os R$ 4 bilhões enterrados no Pan-2007 (veja o texto na seção Vale Reprise). O ministro meteu-se num beco sem saída. Se não soube de nada, é inepto. Se soube, é corrupto. Em qualquer hipótese, não pode continuar no cargo. Tem de ser imediatamente afastado das cercanias dos cofres onde correm perigo os bilhões da Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016.
Dois dias depois da descoberta de que o Ministério do Esporte anda roubando até crianças, Orlando Silva apareceu em São Paulo para discorrer sobre obras em aeroportos e estádios em construção. O craque das jogadas ilegais sonha com lances ainda mais ousados. No Brasil em adiantado estado de decomposição moral, os crimes já são anunciados com alguns anos de antecedência. Se corrupção desse cadeia, a população carcerária não caberia numa Bolívia. Mas sempre há lugar para um Orlando Silva.
No primeiro escalão é que não pode haver lugar para uma figura dessas. Lula, que o transformou em ministro em 2006, sabe muito bem com quem continua lidando. Dilma Rousseff também conhece bastante o parceiro que chama de “Orlandinho”. Diga o que disser o protetor de bandidos companheiros, queira ou não queira a coiteira dos afilhados do chefe, Orlando Silva e seu bando têm de cair fora do gabinete que virou covil do PCdoB. Já.

sábado, 15 de outubro de 2011



Mentira Premiada: Recriação da CPMF





Mentira Premiada: Recriação da CPMF from Implicante on Vimeo.



Zona de Rebaixamento



Zona de Rebaixamento from Implicante on Vimeo.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

TRANSFORMAÇÃO SOCIAL E POLÍTICA -

uma Necessidade Percebida


General de Exército da Reserva, Carlos Alberto Pinto Silva,
ex-comandante de Operações Terrestres (COTer), do Comando Militar do Sul,
e do Comando Militar do Oeste, e Acadêmico Fundador da Academia Brasileira de Defesa.



Após uma etapa de crescimento, algumas sociedades humanas entram em colapso, pela perda do poder criador das minorias dirigentes que, à mingua de vitalidade, perdem a força mágica de influir sobre as massas criadoras e de atraí-las.” (Arnold Toynbee).

“Se queremos progredir, não devemos repetir a história, mas fazer uma história nova” (Gandhi).

Diante da corrupção generalizada, nas últimas duas décadas, e ante a falta de ação das autoridades constituídas, fruto da omissão, de conluios passados e da impunidade, têm prosperado no Brasil a degradação dos valores tradicionais da nossa democracia, com o desrespeito sistemático aos patrimônios público e privado, e o aumento da corrupção endêmica.

A ausência de reação da sociedade brasileira deixa a impressão de que ninguém se importa com o que vem acontecendo no país e que não existem autoridade e comprometimento dos poderes constituídos.

É importante ressaltar que o que está ao nosso redor não determina o que vemos: quem faz isso é o nosso interior, através de paradigmas, experiências, dogmas e a conjuntura que vivenciamos.

Quem você é determina o que você vê e a forma como você pensa, fala e age, e assim, também, o grupo e o ambiente em que se vive. A proximidade reforça a semelhança.

Daí dois questionamentos:

Como o seu grupo social está enxergando o Brasil hoje?

E os demais grupos da sociedade brasileira como estão enxergando o Brasil hoje?

O que não já faz parte do nosso interior ou do interior do nosso grupo não nos perturba. Quando as pessoas se sentem atingidas de alguma forma e revidam, é porque algo repercutiu em seu interior ou no interior do seu grupo. Elas sentem algo negativo dentro de si mesma o do seu grupo.

Então o que fazer para que a sociedade brasileira deixe a letargia com que se habituou a conviver com as questões nacionais e se sinta atingida pelo atual momento político e social do país?

Somente fazendo os fatos repercutirem no interior da nossa sociedade, e não fora dela, haverá uma reação.

Com o agravamento da situação política e social no Brasil torna-seindispensável à descoberta de um Ponto de Ruptura, a fim de possibilitar uma transformação que faça com que uma mudança (Social e política), radical, seja esperada, e com o passar do tempo aconteça e vire numa certeza para nossa sociedade.

Quando a sociedade esta satisfeita, raramente surge suficiente motivação para mudar. Muitas vezes não há se quer um imperativo de mudança percebido e as pessoas costumam ficar tão profundamente voltadas para suas necessidades que não se elevam acima dos seus interesses próprios, esquecendo-se das suas responsabilidades sociais e políticas.

O limite entre a resistência e a concordância com a transformação social e política pretendida pode ser mais tênue do que se parece. Para que ela realmente aconteça, entretanto, é preciso convencer um grande número de pessoas a agir em Defesa do Estado Democrático de Direito e da Sociedade.

Na era da informação simplesmente nos esquecemos de grande parte do que lemos e do que vemos, criando um problema para a retenção das ideias transmitidas, por isso, a mensagem tem que ser simples e direta, para que o público alvo se sinta confiante, e em seguida apresentada mais complexa. A técnica hostil aterrorizando o público alvo não funciona, portanto não deve ser utilizada. O sucesso esta na qualidade intrínseca das ideias que apresentamos.

O objetivo é vender uma ideia, devendo começar pelas ideias mais simples, para que o grupo social se sinta confiante. As ideias precisam ter a capacidade de se manter em nossa memória e nos fazer pensar, falar e agir.

Empatia é a habilidade de compreender o sentimento ou reação da outra pessoa ou grupo imaginando-se nas mesmas circunstâncias, se colocar no lugar do outro, enxergar com os olhos do outro, sentir o que o outro sente.

Criar empatia é imitar as emoções dos outros como um meio de expressar apoio e cuidado, e como forma de comunicação. A formação de grupos empáticos ajudaria a realizar a transformação social e política no Brasil.

As pessoas, na sociedade brasileira, estão interessadas em poucas áreas das atividades políticas e sociais, a vinculação com o todo social e político do nosso país é feito por uma minoria elitizada, quer por seu preparo intelectual, quer por sofrer uma influência ideológica. Essa elite tem o poder e a competência de desencadear uma transformação social e políticano Brasil.

A atividade política marcada pela relação sociedade, partidos políticos, executivo e legislativo da mostra de estar chegando ao fim, a lógica política vem sendo superada pela ação crítica da sociedade através das redes de informação e sociais que não respeitam limites ou hierarquias, e avançam numa velocidade que o Estado não consegue acompanhar e dar respostas apropriadas.

Entramos numa nova dialética política e social, ingressamos numa nova era. Uma era em que as redes de informação e social superarão antigos paradigmas e assim a mensagem transformadora será capaz de estimular pessoas e grupos a pensarem, a atuarem e a iniciarem mudanças sociais, ponto primeiro da necessária transformação social e política no Brasil.

Se quisermos realmente que uma Transformação (Social e política) aconteça no Brasil, precisaremos aproveitar as oportunidades, e romper com o passado, e ter mentalidade, habilidades políticas e sociais novas. Esta realização requer que, nos indivíduos e grupos sociais, exista comprometimento com a causa, motivação para o sucesso, e vontade.