Governo é comparado ao da Venezuela
A exemplo de outros governos da América Latina, o do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não pode ser chamado de democrático. A avaliação é do presidente Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), Alejandro Aguirre. Em reunião do comitê executivo da entidade, realizada nos Estados Unidos, Aguirre incluiu Lula no grupo dos presidentes “falsos democratas”, como os de Venezuela, Hugo Chávez; Bolívia, Evo Morales; e Argentina, Cristina Kirchner. Todos, segundo ele, são eleitos democraticamente, mas usam o governo para reduzir a liberdade de imprensa.
O presidente da SIP disse que o uso oficial da publicidade, a tentativa de aprovar leis no Congresso Nacional que limitam a liberdade de imprensa e o apoio moral à ditadura em Cuba são exemplos de como atuam os “falsos democratas” da região. — Temos governos que se beneficiaram das instituições democráticas, de eleições livres, e estão se beneficiando da fé e do poder que o povo neles depositou para destruir as instituições democráticas. Esses governos não podem continuar a se chamar de democráticos. Não podem seguir falando em nome de líderes democráticos do mundo porque não atuam dessa forma — afirmou Aguirre, acrescentando que Lula faz parte desse grupo de governantes. Para Aguirre, o caráter de “falso democrata” de Lula está relacionado também a outros casos, como o fato de não ter se pronunciado sobre a censura do Tribunal de Justiça do Distrito Federal ao jornal “O Estado de S.Paulo”. O veículo está proibido pela Justiça de publicar notícias sobre a Operação Boi Barrica, da Polícia Federal, que envolve Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney. De acordo com Aguirre, a Venezuela é o país onde é mais clara a tentativa de interferência na liberdade de imprensa. |