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sábado, 2 de fevereiro de 2008

Marta Suplicyo Ministra do Turismo orgasmático,continua em extase

"...cada passo conduzia a um êxtase, e a alma se cobria de um luxo radioso de sensações." (Eça de Queirós, Primo Basílio)

O ESTADO DE SÃO PAULO

Bárbara Gancia
Mais uma vez, Marta Suplicy demonstra não ter temperamento ou tino para nos representar no exterior
FAÇO PARTE daquela parcela da população que não sente a menor saudade da Marta Suplicy prefeita de São Paulo. Sempre encarei as eleições como exercício enxadrístico, e mudo meu voto a cada nova estação eleitoral de acordo com os candidatos que se apresentam e o balanço de poder que, imagino, venha a ser o menos danoso.Fiel a essa proposição, votei em Marta nas eleições municipais de 2000 a fim de vê-la derrubar seu principal concorrente à prefeitura, o ex-prefeito Paulo Maluf.Ah, se arrependimento matasse! Note, dileto leitor, que, para mim, Maluf não poderia nunca configurar como alternativa de voto, uma vez que, ao longo dos anos, ele parece ter adquirido o tique nervoso de me processar a cada vez que ouso mencionar seu nome (já são coisa de cinco processos formais e outras tantas tentativas de instauração de litígio repudiadas pela Justiça).Mesmo assim, tenho vontade de arrancar os cabelos e as vestes quando penso que votei em Martaxa. E que passei os últimos dois anos da prefeitura dela engolindo o monóxido de carbono dos veículos desviados da av. Cidade Jardim em direção à minha rua, por conta das obras de um túnel que trouxe zero benefício ao trânsito e ao comércio da minha região.É por já ter depositado meu voto na urna em proveito de dona Marta (não confundir com o morrote carioca homônimo), que hoje me sinto à vontade para esbravejar: por qué no te callas, Martaxa?Na quarta-feira, a ministra do Turismo ofendeu a platéia da Feira Internacional de Turismo de Madri com uma reedição dos comentários que havia proferido sobre a crise aérea ("relaxa e goza").Ao ser questionada sobre a insegurança que os turistas estrangeiros enfrentam no Brasil, Marta "Comam Brioche" Suplicy, em pleno exercício de má-fé e desinformação contra-atacou dizendo que a violência no Brasil e no resto do mundo civilizado são comparáveis.Ao dizer que a nossa violência concorre com a de países europeus, mais uma vez, Marta demonstrou não ter temperamento ou tino para representar este Brasilzão de meu Deus no exterior.Alô, dona Martaxa Relaxa! Não vou nem mesmo me valer de números oficiais, porque isso seria covardia. Proponho o seguinte: a título de comparação, vá ao salão de beleza, vá passear de coletivo ou, quem sabe, vá dar uma banda em algum parque da nossa adorada São Paulo e peça às pessoas que encontrar nesses lugares que discorram sobre os assaltos e a violência generalizada que já sofreram ou que já viram algum familiar ou conhecido sofrer.Depois, sempre à título de comparação, faça a mesma coisa em Madri, Barcelona, Sevilha ou Torremolinos, na Espanha, o país que a ilustre ministra, como nossa representante oficial, insultou sem nenhum motivo aparente ou, quiçá, puramente por descontrole emocional.Ao final da experiência, compare o que brasucas e espanhóis têm a dizer e, conselho meu: ligue correndo ao rei Juan


Fonte: www.democratas.org.br