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domingo, 3 de fevereiro de 2008

Governo na base do "se colar, colou..." para implantar a corrupção como sistema

Sônia van Dijck

Vésperas de carnaval. Ficamos sabendo que um ministro pagou uma tapioca com o cartão de crédito corporativo - ou seja: nós pagamos a tapioca do ministro. Como o tapioqueiro é um sujeito honesto e trabalhador, não superfaturou a tapioca e o ministro devolveu aos cofres públicos a quantia equivalente, porque o órgão fiscalizador e a imprensa deram em cima. Tivemos devolvido o dinheiro da tapioca. Não colou.
A coisa vai assim no governo Lula-PT: se colar, colou. Agora foi o caso da tapioca... Não colou. Essa tapioca não colou. Outras tapiocas colaram...
De tapioca em tapioca, já tivemos o mensalão, o enriquecimento de Lulinha, o sucesso das negociatas do primeiro-irmão "lambari", as contas não declaradas no estrangeiro, a dinheirama do caso do dossiê fajuto apreendida no hotel em Sampa, a violação da conta bancária do caseiro Francenildo, a mansão da república de Ribeirão Preto, todos os amigos do Presidente Lula acusados ou suspeitos de corrupção ou de roubo explícito, compadrio presidencial com gente da roda do crime. Tivemos tapiocas como Duda Mendonça, Marcos Valério e até a tapioca do aval do empréstimo bancário assinado por Genoíno - e isso foi com a tapioca do banco envolvido no mensalão. A tapioca da ministra Matilde Ribeiro é uma tapioca sofisticada e mais chique de novo-rico - tapioca de free shop, de restaurante grãfino e de hotel 5 estrelas - coisa de tapioca de encher as burras, de gozar do bem bom, de viajar pra caramba e mandar a negrada e a mulatada (da qual faço parte e a mãe dela também) deste pais de racismo clandestino para o inferno da falta de políticas públicas pela integração racial, contra o preconceito (de qualquer motivação) - a moça ministra só queria aproveitar o clima do lulismo-petismo, se embranquecer um pouquinho com o dinheiro público, dando uma de branquinha burguesa e ricaça nova-rica de Terceiro Mundo e gozar da liberação geral do cartão de crédito corporativo pago com o suor da negrada e da mulatada, que é composta de cidadãos trabalhadores e contribuintes (inclusive eu e a mãe dela).
Vai ver que Matilde Ribeiro até acreditou que estava livrando os negros e mulatos brasileiros da discriminação e da exclusão social ao fazer sua farrinha com o dinheiro público - a moça deve ter se sentido bem chique com o dinheiro do cidadão pagando sua chiqueza de nova-rica no socialismo petista... e mandou à merda os negros e os mulatos excluídos da sociedade, que pagaram sua estupidez ideológica - ela não conquistou o direito de pagar suas contas, mas debitou suas contas para serem pagas pelo contribuinte (inclusive eu e sua mãe).
Como sabe que já não cola dizer que não sabe de nada e assegurar a inocência de seus suspeitíssimos colaboradores, companheiros, compadres, amigos e ministros e na falta de uma nova encenação de entrevista sob o ciel de Paris, Lula, nos bastidores, articula a saída da ministra que abusou de ser corrupta e tenta fazer tudo cair no esquecimento - e o governo anuncia medidas paliativas na mudança de regras dos tais cartões de crédito da corte de corruptos que mamam na vaca do dinheiro público. Afinal, nunca antes, na história deste país, houve tantos corruptos no poder... e Lula precisa se posicionar para inocentar sua gangue a cada escândalo - afinal, chefe é chefe e, nunca antes na história deste país, houve um chefe tão chefe (... de gangue.).
Pra começo de conversa, Lula nem quer que essa coisa dos tais cartões vá adiante - se a verificação avançar alguns metros na esteira de lama do governo, vamos descobrir quais as despesas pessoais da primeira-dama que não são pagas pelo marido e sim pelo povo brasileiro - Lula é marido de uma esposa que não tem profissão e nem emprego e quem paga suas despesas pessoais não é ele - o marido - como manda a Constituição: somos nós que sustentamos as comprinhas e o salão de beleza da primeira-dama. Lula é o tipo de marido que aceita, numa boa, que estranhos paguem as continhas de sua mulher...
Que a coisa é feia no governo Lula-PT ninguém pode negar - a camabada da corte de Lula vive enchendo a barriga com comprinhas faturadas nos cartões de crédito que são debitadas na conta do contribuinte. Isso para não falar nas contas bancárias no estrangeiro para pagar aos servidores da corte petista como Duda Mendonça ou não mencionar as fazendas do professor de matemática Delúbio Soares-latifundiário, não lembrar que Lulinha é milionário por milagre e que Vavá-lambari se deu bem até demais, e sem questionar por que a primeira-filhota mui amada tem uma frota de carros a seu serviço pagos com dinheiro público. E essas são apenas algumas das tapiocas do governo Lula-PT, no qual Silvinho Pereira-Land-Rover se deu bem com prestação de serviços comunitários; Zé Dirceu, que mandou e desmandou na tapioca, vive lépido e fagueiro. E o próprio Lula, de tapioca em tapioca, conseguiu ser a terceira maior fortuna individual no Brasil do Bolsa Família, amealhando, no porquinho, um bilhão de dólares, conforme a Forbes.
Felizmente, o tapioqueiro do ministro é um brasileiro como nós outros e não entra na lista dos mamantes do dinheiro público. O tapioqueiro do ministro vem pagando as tapiocas do governo Lula-PT e seus aliados de pança e burras cheias - creio que ele - tapioqueiro - nem se deu conta disso: ele também paga tudo aquilo que os corruptos roubam: inclusive a tapioca que vende aos figurões do governo.
Lula tem agora, somando tudo o que se sabe sobre seus amigos, companheiros, colaboradores, aliados, familiares e compadres, um ministro recém nomeado sob suspeita de irregularidades e pai de um suplente de senador acusado de corrupção.
Tem gente que gosta de viver perigosamente: Lula é um bom exemplo de quem gosta de viver entre a representação de decência e a explícita falta de ética. Por isso, só se acompanha com a fina flor dos que têm problemas legais, morais e éticos - sua mais nova musa é MATILDE RIBEIRO.
E lá vai o projeto corrupto do governo, safando-se diante das denúncias: façamos algumas medidas cosméticas: se colar, colou, e o caso dos cartões de crédito será esquecido e vamos roubar bem mais.
Afinal, o contribuinte vai pagar a conta - pra isso nos vingamos com o aumento do IOF e com a ampliação do Bolsa Família para os eleitores de 17 anos - o contribuinte paga a conta.
No mais, continuaremos fazendo negócios desastrosos com a Bolívia, dando dinheiro a Cuba e a algumas ditaduras notórias, e deixemos que a dengue, a febre amarela e outras doenças e nosso imoral sistema de saúde pública se encarreguem de diminuir a população brasileira, com a ajuda da violência urbana. Quando a situação parecer sem controle, Chávez será anunciado como revolucionário bolivariano e Lula será seu preposto (peão) para o Brasil.
Pois é. De tapioca em tapioca, ainda chegaremos ao socialismo do sangramento do contribuinte para pagar a farra oficial da nomenklatura da América Latina.
Duda Mendonça, Silvinho, Zé Dirceu, Palocci, Matilde Ribeiro, Renan, a família Lobão, a família Sarney, Genoíno, Suplicy, Berzoini, Tarso Genro, dona Marisa Lula da Silva, Mercadante, Lulinha, churrasqueiros, compadres, putas oficiais, peemedebistas, pedestistas, petistas peões do serviço sujo, comunistas do PC do B, CUT, MST, lambaris da família e adotivos, jornalistas cooptados, intelectuais desonestos na argumentação, PSTU e P-SOL covarde, sindicalistas, oportunistas do PSDB, Cristovam Buarque, Pedro Simon e Aécio Neves e mais um contingente de oportunistas e corruptos - todos estarão na foto histórica do socialismo do século XXI, bem ricos, bem protegidos e fazendo compras em Miami.
Hoje, todos são honestos: se colar, colou... - até Zé Dirceu e Matilde Ribeiro, para não falar da petista Benedita da Silva, que, infelizmente, o PT colocou no ostracismo, pois decidiu investir em corruptos mais competentes.
Os cartões de crédito corporativo são usados honestamente: acredite quem quiser. Se colar, colou - e marido vai continuar sustentando a mulher com o dinheiro alheio - afinal, tem marido que aceita qualquer negócio, para ficar no bem bom das quatro paredes... - melhor é se as despesas da mulher, que não tem profissão e nem emprego, não são pagas com dinheiro de seu bolso de marido... Enquanto isso, Matilde Ribeiro precisa encontrar o caminho do esgoto pelo qual seus companheiros costumam escapar - a ministra precisa pegar o ritmo...