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domingo, 29 de abril de 2007

ESTIGMA DO RESSENTIMENTO MACULA, DE SAÍDA, O PLANO EDUCACIONAL

26.04, 13h23
por Aluízio Amorim.

O Plano de Desenvolvimento da Educação alardeado pelo governo já começou mal na solenidade de seu lançamento. Desta vez o discurso não foi improvisado por Lula. A frase original e lapidar foi urdida por um ghost writer, alguém da estatura intelectual de uma ameba. “Este é o século da elite do saber, e não apenas da elite do berço e sobrenome”, avisou Lula empostando a voz.
Num dia Lula fala em “distensão política”, no outro cai de pau, como não poderia deixar de ser, nas “elites deste país”, prega a luta de classes, estimula o racismo e destila um avassalador ressentimento. Entretanto, é preciso entender o que são “elites” para Lula e seus sequazes. Banqueiros e tubarões da indústria não se incluem neste conceito. Lula, como ventríloquo dos marxistas de orelha do PT, faz ressoar o ódio à classe média que, no final das contas, é quem arca com o custo da empreitada petista. No próximo dia 30 terá que correr aos bancos para pagar a primeira “prestação” do imposto de renda que lhe é tungado pelo governo.Lula e o PT cospem na classe média, mas dela tiram o sustento para esse plano da educação, para a bolsa família, para os agradáveis passeios a bordo do aerolula e para a manutenção de não sei quantos ministérios e secretarias para acolher o que chamam de “base aliada”.Ora, não será nunca com ressentimento, ódio, violência, luta de classes e racismo que se resolverá o problema da educação no Brasil. Não será também - repito – com o aniquilamento da classe média. Nenhum país desenvolvido no mundo cometeu este desatino de esfacelar a classe média. Pelo contrário. O desenvolvimento de uma Nação se mede pelo tamanho de sua classe média e não pelo de uma legião de botocudos que preferem permanecer desempregados para perceber uma esmola do Estado.Isto que alinhei indica que o Plano de Desenvolvimento da Educação não logrará qualquer resultado. Ademais, há um inequívoco componente de ordem cultural e genética na formação do povo brasileiro que o impele à indolência e a uma inclinação irresistível de receber algum tipo de benesse governamental. A ética da malandragem se sobrepõe à ética do trabalho. São estes os valores que balizam a ação e a relação social da sociedade brasileira.Além disso, um verdadeiro plano educacional não pode descurar de outros aspectos que se vinculam, por exemplo, à ordem, à moralidade, a persecução da boa ética e o respeito à lei. Estes são valores imprescindíveis para a criação de um ambiente adequado ao desenvolvimento que, obrigatoriamente, se refletem no âmbito da educação. Ou seria por acaso válida interpretação politicamente correta das causas da violência e da evasão escolar, do vandalismo contra as escolas, uma decorrência da exclusão social?De nada adiantará um conjunto de boas intenções e nem mesmo a alocação dos recursos necessários para um plano desta natureza enquanto o Brasil tiver no governo um presidente e um partido que orientam as suas ações a partir de uma máfia sindical de um lado e, de outro, por um punhado de “intelectuais” mentalmente voltados para os albores do século passado.Enquanto o Brasil for governado por um presidente e um partido de ressentidos, amargurados e rancorosos, que elegem a vindita como plataforma de governo, que desprezam as instituições democráticas, que mentem e enganam, não haverá nenhum plano que faça o País crescer e, muito menos, produzir uma elite de saber.


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