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quinta-feira, 21 de setembro de 2006

LULA - OPERÁRIO PADRÃO - PARTE 3

Se hoje fosse esse o caso, o Presidente Lula teria que dar algumas complicadas explicações sobre seus filhos. A primeira delas, por exemplo, seria a incrível transformação seu filho Lulinha (Fábio Luiz Lula da Silva) em grande empresário na área de mídia. Quando Lula assumiu a presidência, seu filho mais velho, formado em Biologia, dava aulas particulares de inglês e de informática. No fim de 2003, Lulinha abriu uma agência de publicidade, a G-4, em sociedade com dois filhos do ex-sindicalista e ex-prefeito de Campinas, Jacó Bittar. Dez meses depois, a empresa fundiu-se com a Espaço Digital, criando uma holding, a BR-4. Passados dois meses, o capital do empreendimento já era de R$ 2,7 milhões. O dinheiro teria vindo da Telemar. Jacó Bittar, o pai dos dois sócios de Lulinha, é conselheiro da Petros. E a Petros é sócia da Telemar.
Logo depois, Lulinha abriu a Gamecorp. Desta vez a Telemar entrou com R$ 2,5 milhões, comprando debêntures com direito a ações futuras. Ao todo, a Telemar ajudou Lulinha com R$ 5 milhões. A Trevisan Associados intermediou os contatos com a Telemar. O sócio principal da Trevisan era Antoninho Marmo Trevisan. Ele fazia parte do Conselho de Ética da Presidência da República. Lula julgou "normal" a operação e afirmou que nunca interferiu para que seus filhos tivessem benefício em contratos com empresas públicas ou privadas. E não foi só a Telemar que resolveu apostar na genialidade de Lulinha. Outras duas gigantes fizeram o mesmo: a Gradiente, cujo presidente é Eugênio Staub, amigo pessoal de Lula, e a Sadia, cujo ex-presidente é o Ministro de Desenvolvimento de Lula, Luís Fernando Furlan. Ficou tudo por isso mesmo, até hoje.
Mas Lulinha, o mais novo jovem empresário genialmente bem sucedido do país, não pretende ficar só nesse negócio de games não. Como divulgado pelo Alerta Total, em 18 de outubro de 2005 (
http://alertatotal.blogspot.com/2005/10/oposio-questionar-jos-serra-por-uso.html ), consta que Fábio Luiz seria um dos sócios minoritários da maior empresa de segurança do Brasil, a Glock do Brasil S.A., que ainda estava sendo constituída. De acordo com a inscrição no CNPJ ( 006.275.981/0001-66), a empresa foi registrada em maio de 2005. O Cadastro público do Estado de São Paulo (SINTEGRA-SP) registra que a empresa esta habilitada desde março de 2005, embora sua criação tenha sido em 23 de outubro de 2004. Quem diria, Lulinha vai compartilhar a sociedade com o vice-presidente das Organizações Globo, João Roberto Marinho, que já detém os direitos de comercialização, no Brasil, de um avançado sistema de segurança alemão. A austríaca Glock é uma das maiores fabricantes de armas do mundo. Nada como andar bem acompanhado e dispor de informações privilegiadas!
Aliás, quem se lembra do apoio irrestrito das Organizações Globo ao desarmamento da população? Pois é, mesmo que o inútil referendo sobre a proibição do comércio de armas de fogo e de munições tenha revelado que a imensa maioria dos brasileiros condena a proibição, o Estatuto do Desarmamento, que, na prática, é o puro exercício dessa mesma proibição que o povo repudiou, já havia sido aprovado. Agora, muitos dos que achavam que o pessoal da Globo era bonzinho e humano podem entender o porquê de a Rede Globo ter apoiado a proibição. Esta era (e ainda é) a estratégia: criar insegurança para vender segurança – simples assim. A Glock, uma empresa estrangeira, é a maior rival da Forjas Taurus, uma fábrica gaúcha de armas de fogo – uma empresa nacional, portanto.
Fábio Luiz é casado com Adriana. Segundo publicações feitas em páginas da Internet, pelos próprios filhos de Lula, Lulinha e Adriana têm uma cadelinha chamada Pituka que, junto com o casal, costuma (ou costumava) viajar no Boeing presidencial. Numa dessas viagens, Adriana aparece numa foto com a seguinte legenda: "Isso é que é vida". Para ela deve ser mesmo. Todas as páginas dos filhos do presidente que revelavam intimidades da família já foram tiradas de circulação e foram notícia nos maiores jornais do país.