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8 de abril de 2014
Fotos: Ricardo Haesbaert
As famílias do assentamento Sepé Tiarajú, em Viamão (RS), recepcionaram mais de 280 médicos cubanos do programa Mais Médicos, do governo federal, que irão trabalhar nos municípios do Rio Grande do Sul.
O ato de acolhida aconteceu no Centro de Formação Sepé Tiarajú, na última sexta-feira (4), seguido de churrasco e atividade cultural. Estiveram presentes representantes de organizações e movimentos sociais do estado.
Segundo o representante da Via Campesina e dirigente do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Romário Rossetto, a vinda dos médicos estrangeiros contribui para melhoria nas condições de vida do povo brasileiro.
“A vinda dos médicos, principalmente cubanos, é de fundamental importância não só para as periferias das grandes cidades, mas para as famílias camponesas, que vivem no interior do nosso país”, afirma Rossetto.
Os movimentos da Via Campesina Brasil apoiam a iniciativa do programa e consideram um instrumento importante para a construção de outra concepção de saúde, com enfoque na saúde preventiva e da família, em contraposição a saúde curativa e mercadológica.
Apesar dos avanços econômicos do Brasil, nos últimos anos, a grande maioria da população ainda carece de atendimento de qualidade à saúde, em especial na área da saúde preventiva. Pois, no sistema de saúde brasileiro vigora a concepção mercadológica, dominada pela indústria de remédios.
Mortalidade Infantil
Para Midiela, o idioma nunca foi uma barreira para os médicos cubanos que participam de missões internacionais. “Vamos atender toda a população, independente de idioma ou cor”, garante.
O representante da Associação Cultural José Marti do Rio Grande do Sul, Ricardo Haesbaert, também ressaltou a importância da vinda dos médicos cubanos para o Brasil e a solidariedade de Cuba com os povos do mundo.
“Conforme José Marti, ajudar não é apenas uma obrigação, mas faz parte da nossa felicidade. É o que estão fazendo, buscando garantir o acesso à saúde que deveria ser um direito universal. A população tem a possibilidade de ser protagonista junto aos profissionais de saúde”, afirma.
Programa
Para o Diretor Adjunto do Departamento de Ações e Saúde da Secretaria Estadual de Saúde do estado, Ricardo Charão, o sistema de saúde de Cuba é referência em saúde preventiva.
Segundo Charão, a vinda dos médicos estrangeiros é fundamental para a consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS).
“Não queremos apenas mais profissionais médicos, queremos outro modelo de atenção à saúde, mais atenção básica para garantir acesso universal a saúde, respeitando as diferenças”, explica Charão.
Criado em 1988, com o objetivo de garantir o direito ao atendimento público de saúde à população brasileira, o SUS enfrenta várias dificuldades, dentre elas a oposição das corporações químicas interessadas na manutenção das desigualdades sociais, comercialização de remédios e mercado da saúde.
Por Solange Engelmann
Da Página do MST
Da Página do MST
Fotos: Ricardo Haesbaert
As famílias do assentamento Sepé Tiarajú, em Viamão (RS), recepcionaram mais de 280 médicos cubanos do programa Mais Médicos, do governo federal, que irão trabalhar nos municípios do Rio Grande do Sul.
O ato de acolhida aconteceu no Centro de Formação Sepé Tiarajú, na última sexta-feira (4), seguido de churrasco e atividade cultural. Estiveram presentes representantes de organizações e movimentos sociais do estado.
Segundo o representante da Via Campesina e dirigente do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Romário Rossetto, a vinda dos médicos estrangeiros contribui para melhoria nas condições de vida do povo brasileiro.
“A vinda dos médicos, principalmente cubanos, é de fundamental importância não só para as periferias das grandes cidades, mas para as famílias camponesas, que vivem no interior do nosso país”, afirma Rossetto.
Os movimentos da Via Campesina Brasil apoiam a iniciativa do programa e consideram um instrumento importante para a construção de outra concepção de saúde, com enfoque na saúde preventiva e da família, em contraposição a saúde curativa e mercadológica.
Apesar dos avanços econômicos do Brasil, nos últimos anos, a grande maioria da população ainda carece de atendimento de qualidade à saúde, em especial na área da saúde preventiva. Pois, no sistema de saúde brasileiro vigora a concepção mercadológica, dominada pela indústria de remédios.
Mortalidade Infantil
A representante dos médicos cubanos, Midiela Veiga, agradeceu a acolhida e afirmou que o compromisso do grupo é trabalhar até 2016, transformar o programa de Mortalidade Infantil nos moldes do programa cubano.
Para Midiela, o idioma nunca foi uma barreira para os médicos cubanos que participam de missões internacionais. “Vamos atender toda a população, independente de idioma ou cor”, garante.
O representante da Associação Cultural José Marti do Rio Grande do Sul, Ricardo Haesbaert, também ressaltou a importância da vinda dos médicos cubanos para o Brasil e a solidariedade de Cuba com os povos do mundo.
“Conforme José Marti, ajudar não é apenas uma obrigação, mas faz parte da nossa felicidade. É o que estão fazendo, buscando garantir o acesso à saúde que deveria ser um direito universal. A população tem a possibilidade de ser protagonista junto aos profissionais de saúde”, afirma.
Programa
Esse grupo de médicos cubanos faz parte do quarto ciclo do Programa Mais Médicos. No Rio Grande do Sul serão atendidos vários municípios e algumas áreas rurais, inclusive alguns municípios com base organizada dos movimentos sociais da Via Campesina.
Para o Diretor Adjunto do Departamento de Ações e Saúde da Secretaria Estadual de Saúde do estado, Ricardo Charão, o sistema de saúde de Cuba é referência em saúde preventiva.
Segundo Charão, a vinda dos médicos estrangeiros é fundamental para a consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS).
“Não queremos apenas mais profissionais médicos, queremos outro modelo de atenção à saúde, mais atenção básica para garantir acesso universal a saúde, respeitando as diferenças”, explica Charão.
Criado em 1988, com o objetivo de garantir o direito ao atendimento público de saúde à população brasileira, o SUS enfrenta várias dificuldades, dentre elas a oposição das corporações químicas interessadas na manutenção das desigualdades sociais, comercialização de remédios e mercado da saúde.