A comissão da ” verdade” chega ao fim com relatório venal, caminhou desordenadamente em busca de provar a "sua verdade" que por sinal nada se parece com a verdadeira.
Seu
dirigente BEM PODERIA SER CHAMADO DE O NOVO GEPPETTO, PERSONAGEM” CARA DE PAU QUE FOI TRAZIDO A VIDA PELA FADA VERMELHA . QUE DIZ AO BONECO QUE PÓDERÁ SE TORNAR REAL SE PROVAR QUE TERRORISTAS , LADRÕES, ASSASSINOS E TRAIDORES DA PÁTRIA A SERVIÇO DA SINTERNACIONAL COMUNISTA, SÃO EM REALIDADE INOCENTES DA LUTA ARMADA.
O BONECO DEVERÁ LUTAR PELOS INTERESSES PÓRRIOS DA FADA VERMELHA DILMA ROBOCOFRE , ALIAS REELEITA NUMA ELEIÇÃO REALIZADA RECENTE MENTE, NO HORÁRIO ENTRE 18.00 E 20.00 HORAS FEITA A FÓRCEPS.
AS 18 PERDIA AS 20.00 SEM APURAÇÕES INTERMEDIARIA, FOI DADA COMO VENCEDORA. EM REALIDADE ELA VENCEU A DEMOCRACIA.
ESPERAMOS QUE EM BREVE SOFRA A EXPULSÃO QUE MERECE.
REZEMOS AO SENHOR
E ELA QUE SE VIRE COM O CAPETA , DIGO GEPPETTO
Leia a
Baixo os que realmente deveriam constar do Relatório da Começão da Verdade
Quantas vezes tetarem contra a Democracia, tantas vezes serão derrotados.
ANTES DA HORA, NÃO É HORA, DEPOIS DA HORA TAMBÉM
HÁ, DESCULPEM ESQUECI DE ASSINAR
José Conegundes Nascimento (CID)
A lista
abaixo reúne os integrantes conhecidos da Guerrilha
do Araguaia. Nos
parênteses os codinomes pelo quais eram conhecidos,
batizados pela guerrilha ou dados pelos moradores da região.
- João
Amazonas (Velho
Cid) - integrante do PCB desde a década
de 1930 e
um dos fundadores e secretário-geral do PCdoB, era o teólogo da guerrilha, e responsável
pela ligação entre os guerrilheiros na selva e a direção em São
Paulo.
Entrou e saiu diversas vezes na área do Araguaia durante o período,
transportando militantes, dinheiro e orientações políticas,
indo para o exílio na Albânia após o aumento da repressão
militar na área, que impediu sua movimentação. Voltou ao Brasil após a Anistia e morreu aos
90 anos, em 2002.
- Elza
Monnerat (Dona
Maria) - integrante da direção do PCB, fazia com Amazonas a ligação
entre o Araguaia e o sul do país. Responsável pelo transporte de diversos
militantes até o local da guerrilha e uma das
primeiras a se instalar no Araguaia, durante os preparativos para a
criação do núcleo guerrilheiro, voltou à clandestinidade urbana após o
aumento da repressão militar na área, que a impediu de retornar à região
do conflito, como Amazonas. Presa em fins de 1976 e libertada com a
Anistia, morreu em 2004.
- Maurício Grabois (Mário) - Membro da
cúpula do PCdoB, integrante da Comissão Militar do Partido e
comandante-em-chefe dos guerrilheiros do Araguaia. Foi morto numa
emboscada na selva em dezembro de 1973. Seu corpo nunca foi encontrado e
sua morte jamais admitida pelo Exército. É dado como desaparecido.
- Ângelo
Arroyo (Joaquim)
- membro da cúpula do PCdoB e militante comunista desde 1945, foi um dos
líderes da guerrilha, integrante da Comissão Militar. Foi um dos dois
únicos guerrilheiros que escaparam vivos do Araguaia, depois da última
campanha militar que exterminou a guerrilha, fugindo a pé para o Piauí atravessando a selva e dali
para São Paulo. Foi fuzilado em dezembro de 1976 por agentes do Doi-Codi numa casa no bairro da
Lapa, em São Paulo, onde se realizava uma reunião do Comitê Central do
PCdoB, no episódio conhecido como Chacina
da Lapa.
- Osvaldo Orlando da Costa (Osvaldão) - o mais carismático e temido
guerrilheiro do Araguaia, negro, forte, 1,98 m e ex-campeão carioca de boxe, considerado mítico pelos moradores do
Araguaia, foi morto num encontro com uma patrulha militar em
janeiro de 1974. Seu corpo foi
pendurado num helicóptero e mostrado em sobrevoo pelos povoados da região.
Decapitado, foi enterrado em lugar desconhecido. É considerado
desaparecido político.
- Líbero Castiglia (Joca) - Italiano, foi o único estrangeiro
que participou da guerrilha. Com treinamento militar na China, era ligado ao Destacamento
A e fazia a segurança da comissão militar da guerrilha. Foi um dos
primeiros militantes a chegar à região do Araguaia. É dado como
desaparecido desde o ataque do exército ao comando guerilheiro, no Natal de 1973.
- André
Grabois (Zé
Carlos) - Filho de Maurício
Grabois e
vivendo na clandestinidade desde os 17 anos por causa da perseguição ao
pai, foi comandante do destacamento A da guerrilha. Morreu em combate
junto a outros três guerrilheiros, durante
tiroteio com patrulha do exército em outubro de 1973, após caçarem porcos-do-mato. Seu corpo nunca foi
encontrado, é dado como desaparecido.
- Bergson Gurjão Farias (Jorge) - Ex-estudante
de Química da Universidade Federal do Ceará, e sub-comandante do
Destacamento C da guerrilha, sob o codinome de 'Jorge', foi o primeiro
guerrilheiro a ser morto em combate no Araguaia. Ferido a tiros de metralhadora numa emboscada, foi morto a
golpes de baioneta dias depois numa instalação militar de Marabá em maio de 1972. Dado como
desaparecido político por trinta anos, seus ossos foram identificados por
exames de DNA em 2009, após exumação do
cemitério de Xambioá.
- João Carlos Haas Sobrinho (Dr. Juca) - médico
formado pela Universidade Federal do Rio
Grande do Sul,
chegou ao Araguaia vindo do Maranhão onde morou com alguns dos
principais líderes da guerrilha e atendia a população. Respeitado pelos
caboclos locais pelo auxílio que prestava na área da saúde de Marabá e Xambioá, o comandante
médico-militar foi morto em combate em 30
de setembro de 1972. Seu corpo nunca foi
encontrado e é dado como desaparecido político.
- Dinalva Oliveira Teixeira (Dina) - Geóloga formada pela Universidade Federal da
Bahia,
popular no Araguaia como parteira e temida pelos militares
pela coragem física e por ser exímia atiradora, foi a mais famosa das
guerrilheiras, lendária entre os moradores da região. Única mulher a ser
sub-comandante de destacamento de combate, foi presa já no fim da
guerrilha, em julho de 1974, e assassinada a tiros por agentes militares
do CIEx. Seu corpo nunca foi
encontrado e é dada como desaparecida.
- Helenira Resende (Fátima) -
ex-estudante de Filosofia da USP e vice-presidente da UNE,
no Araguaia conquistou o respeito dos demais pela coragem física e
determinação. Morreu em combate em setembro de 1972, metralhada nas pernas
em troca de tiros com soldados do exército e morta à baioneta depois. O respeito que
gozava no meio dos companheiros fez com que a partir de sua morte um dos
destacamentos da guerrilha passasse a ter o seu nome.
- Micheas Gomes de Almeida (Zezinho) - Filho de
camponeses, ex-operário e veterano comunista, é o único guerrilheiro
sobrevivente do Araguaia a nunca ter sido preso. Melhor guia e conhecedor da selva entre
todos os guerrilheiros, fugiu da região guiando Ângelo Arroyo até o Maranhão, durante os últimos dias de
aniquilamento da guerrilha. Vivendo com identidade trocada e anônimo em
São Paulo por mais de 20 anos, dado como desaparecido, reapareceu nos anos
90.
Mora em Goiás.
- Maria Lúcia Petit (Maria) -
ex-professora primária, participou da guerrilha com os irmãos mais velhos.
Morta em junho de 1972 numa emboscada, seus restos mortais foram
identificados em 1996. Junto com Bergson Gurjão, são os dois únicos
guerrilheiros mortos e identificados posteriormente. Foi enterrada em Bauru, São
Paulo.
- Dinaelza Santana Coqueiro (Mariadina) -
ex-estudante de Geografia da PUC de Salvador, chegou o Araguaia em 1971
com o marido, Vandick Coqueiro e Luzia
Reis.
Integrante do destacamento C, foi executada por agentes do CIEx em abril
de 1974, após ser vista presa na base de Xambioá. É dada como
desaparecida.
- José
Genoino (Geraldo)
- Membro do PCdoB desde 1966, com 20 anos, ex- presidente do Diretório
Central dos Estudantes da Universidade Federal do
Ceará,
chegou ao Araguaia em 1970. Foi um dos primeiros presos pela ofensiva
militar na área, um 1972. Foi torturado e cumpriu pena até 1977. Tornou-se
o nome mais conhecido da guerrilha nos anos seguintes, elegendo-se deputado
federal
diversas vezes pelo Partido dos Trabalhadores. Casou-se com a
guerrilheira Rioko Kayano, a quem conhecia desde 1969 mas começou a namorar
na prisão. Atualmente, é réu condenado à prisão em regime semi-aberto
pelos crimes de formação de quadrilha e corrupção ativa, no episódio
conhecido como escândalo do mensalão.
- Luzia
Reis (Baianinha)
- ex- militante do movimento estudantil de Salvador, chegou ao Araguaia em
janeiro de 1972 e fez parte do
destacamento C. Primeira guerrilheira a ser presa, após uma emboscada, foi
torturada na base de Xambioá e transferida para Brasília, onde cumpriu dez
meses de prisão. Solta, abandonou a militância e o Partido. Vive em Salvador, aposentada do serviço público.
- Glênio
Sá (Glênio)
- Ex-aluno de Física da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte,
chegou à guerrilha em 1970 e foi preso em 1972, traído por um camponês, depois de dois meses
perdido na mata, após um tiroteio. Morreu
em 26
de julho de 1990 num acidente de automóvel,
quando fazia campanha para o senado no Rio Grande do Norte.
- Suely
Kanayama (Chica)
- Ex-estudante da Letras na USP, baixinha e magrinha,
chegou ao Araguaia em fins de 1971 e passou a integrar o Destacamento B.
Apesar da frágil compleição física, foi das que mais se adaptou à vida na selva e uma das últimas
guerrilheiras a morrer. Audaciosa e com treinamento de tiro e sobrevivência na selva,
cercada por uma patrulha do exército no início de 1974 recusou rendição,
atirou ferindo um policial e morreu metralhada por mais de 100 tiros, fato
que chocou até integrantes do Exército. Consta como desaparecida política.
- Lúcia Maria de Souza (Sônia) -
ex-estudante da Escola de Medicina e
Cirurgia do Rio de Janeiro, deixou o curso no 4º ano devido às
atividades políticas e entrou na clandestinidade. Participante do
destacamento A, o episódio de sua morte é o mais célebre da história da
guerrilha, onde feriu dois oficiais do exército antes de morrer, um deles
o notório Major Curió. É oficialmente desaparecida política.
- Adriano Fonseca Filho (Chico) -
ex-estudante de Filosofia da UFRJ, chegou ao Araguaia em
abril de 1972. Integrante do Destacamento B, foi morto a tiros por
mateiros de patrulhas do exército em 3 de
dezembro de 1973, na última fase das
operaçãos militares, quando caçava jabutis na mata para alimentação.
Foi decapitado e enterrado em local desconhecido. Permanece como
desparecido político.
- Luiza
Garlippe (Tuca)
- ex-enfermeira do Hospital das Clínicas, chegou no Araguaia com o
companheiro Pedro Alexandrino (Peri). Integrou-se ao Destacamento B, na
área da Gameleira e substituiu João Carlos Haas Sobrinho depois da morte deste, como
comandante-médica. Presa em julho de 1974 junto com 'Dina',
foi executada a tiros pelo CIEx.
- Crimeia Schmidt de Almeida (Alice) -
ex-estudante de enfermagem da UFRJ, foi para o Araguaia em
1969 onde tornou-se companheira de André Grabois, comandante do
Destacamento A. Engravidou em 1972 e com problemas na gestação foi levada para São Paulo.
Presa na cidade em dezembro, foi torturada e teve o filho no Hospital do
Exército, em Brasília. Hoje participa da Comissão de Familiares de
Mortos e Desaparecidos Políticos.
- Jana Moroni Barroso (Cristina) -
cearense, ex-estudante de biologia na Universidade Federal do Rio
de Janeiro,
chegou ao Araguaia em abril de 1971, com apenas 21
anos. Trabalhou como professora primária e agricultora.
Casou-se na guerrilha com Nelson Piauhy (Nelito), dava aulas de tiro e fez parte do Destacamento
A. Oficialmente desaparecida em 2 de
janeiro de 1974 junto com mais dois
guerrilheiros, foi vista presa e ferida na base militar em Bacaba.
- Jaime Petit - engenheiro e irmão mais velho da
família Petit, foi morto em combate em dezembro de 1973. Decapitado, seu
corpo nunca foi encontrado. É dado como desaparecido político.
- Lúcio Petit (Beto) - engenheiro
e irmão do meio da família guerrilheira Petit, foi preso durante a
aniquilação final da guerrilha no começo de 1974. Visto pela última vez
amarrado a bordo de um helicóptero do exército, é dado como
desaparecido político.
- Antônio Carlos Monteiro
Teixeira (Antônio
da Dina) - Geólogo baiano e militante do PCdoB, marido de 'Dina'
- de quem se separou durante a guerrilha - chegou ao Araguaia em 1970 e
integrou-se ao destacamento C. Conhecedor da mata, era o instrutor de
orientação na selva dos militantes recém chegados à região. Morto em
combate em 21 de setembro de 1972, na primeira fase das
operações antiguerrilha.
- Áurea Valadão (Elisa) -
Ex-estudante de Física da UFRJ, foi para a guerrilha com o marido
Arildo Valadão em 1970, integrando o destacamento C. Aprisionada por
mateiros a serviço dos militares no começo de 1974, doente, faminta e em
farrapos, sua morte consta em relatório da Marinha como 13
de junho de 1974. É dada como desaparecida
política.
- Arildo Valadão (Ari) - Ex-estudante
de Física da UFRJ, onde conheceu a mulher, Áurea, chegou ao Araguaia em
1970 com a mulher, integrando o destacamento C. Foi assassinado e
decapitado por um mateiro amigos dos guerrilheiros que se passou para o
lado dos militares, em 23
de outubro de 1973. Seu corpo nunca foi
encontrado.
- Carlos Danielli (Antonio) -
Integrante do quadro dirigente do PCdoB, fazia a ligação entre a área
rural e urbana do partido. Morreu sob torturas ao ser preso na OBAN em São Paulo, em 31
de dezembro de 1972.
- Paulo Mendes Rodrigues (Paulo) - Economista e comandante do
destacamento C, morreu em combate no dia de Natal de 1973 junto com o
comandante geral da guerrilha, Maurício Grabois. Seu corpo nunca foi
encontrado.
- José Humberto Bronca (Zeca Fogoió) - Ex-mecânico de aviões da VARIG no Rio
Grande do Sul,
foi um dos militantes do PCdoB enviado para treinamento de
guerrilha na Academia Militar de Pequim. Chegou ao Araguaia em
1969, onde foi o vice-comandante do destacamento B e depois integrante da
Comissão Militar da guerrilha. Último integrante da CM a ser preso,
delatado por um camponês a quem pediu ajuda, subnutrido e cheio de
ulcerações provocadas por picadas de mosquitos, foi executado e dado como
desaparecido em março de 1974.
- Kleber Lemos da Silva (Carlito) - economista carioca, integrou o
destacamento B. Emboscado com primeiro grupo a ser desbaratado pelas
tropas do exército, pediu aos companheiros que o deixassem durante a fuga,
impedido de caminhar por uma fístula de Leishmaniose na perna. Delatado por um
camponês, foi preso pelos fuzileiros navais 26
de junho de 1972 e executado três dias
depois. Seu cadáver foi fotografado e a foto divulgada anos
depois. Seu corpo nunca foi encontrado e é dado como desaparecido.
- Daniel Callado (Doca) - operário fluminense formado pelo SENAI, chegou ao Araguaia depois
de morar em Rondonópolis, no Mato
Grosso,
onde era lanterneiro e craque do time de futebol da cidade. Fez parte do Destacamento
C da guerrilha, que foi disperso pelos ataques militares em dezembro de
1973. Visto por moradores da região no começo de 1974, preso na base
militar de Xambioá, onde era torturado a socos e pontapés por soldados comandados pelo Major
Curió,
desapareceu e seu corpo nunca foi encontrado. O relatório da Marinha
registra sua morte como em 28
de junho de 1974.
- Guilherme Lund (Luis) - carioca, formado pelo Colégio
Militar e
ex-estudante de arquitetura da UFRJ, no Araguaia integrou a
segurança da Comissão Militar da guerrilha. Foi morto em combate contra
tropas do exército com mais quatro guerrilheiros, incluindo o comandante
geral Mauricio Grabois, no dia de Natal de 1973.
- Maria Célia Correa (Rosa) - carioca, bancária e ex-estudante de Filosofia da UFRJ, chegou ao Araguaia
em 1971 para se encontrar com o noivo, 'Paulo Paquetá' (que desertou
sozinho da guerrilha em 73). Integrante do Destacamento A, perdeu-se da
organização da guerrilha após combate em 2 de
janeiro de 1974. Presa por um camponês quando procurava ajuda, foi
entregue aos militares da base de Bacaba. Transportada de helicóptero para a mata depois de
presa, foi metralhada com mais dois guerrilheiros. É dada como
desaparecida.
- Regilena da Silva Carvalho (Lena) - mulher de
Lúcio Petit, o mais velho da trinca de irmãos guerrilheiros, abandonou a
guerrilha em 1972. Ferida, com os pés infeccionados e de muletas entregou-se aos pára-quedistas. Presa em Xambioá e
transportada para Brasília, foi solta em dezembro de 1972, após mandar
mensagem ao companheiros pedindo que se rendessem.
- Lúcia Regina Martins (Regina) - ex-estudante
de obstetrícia da USP, chegou ao Araguaia acompanhando o
marido Lúcio Petit. Desiludida com a guerrilha e o casamento, deixou a região grávida,
em lombo de burro, para tratar de uma
curetagem mal feita num hospital de Anápolis. Fugiu do hospital em dezembro de 1971, ainda antes da primeira
ofensiva militar, voltando a São Paulo para viver com a família e
recusando-se a voltar ao Araguaia. Só foi presa em 1974, quando a
guerrilha já estava aniquilada. Foi acusada por Elza
Monnerat de
ter contado aos militares sobre a guerrilha, permitindo que ela fosse
descoberta. Vive em Taubaté, SP.
- Antônio de Pádua Costa (Piauí) -
ex-estudante de astronomia na UFRJ, entrou na clandestinidade após ser
preso no XXX Congresso da UNE, em Ibiúna, 1968. Na guerrilha, atuou
como sub-comandante do destacamento A e comandante depois da morte de André
Grabois.
Após o confronto armado entre guerrilheiros e militares de 14
de janeiro de 1974, ele desapareceu junto com
mais dois guerrilheiros. Mais tarde, foi preso na casa de um camponês que
o traiu e obrigado a passar semanas guiando batedores do exército nas matas, até
possíveis esconderijos de armas e mantimentos dos guerrilheiros. Executado
após perder a utilidade, seu corpo nunca foi encontrado.
- Divino Ferreira de Sousa (Nunes) -
guerrilheiro com treinamento militar na China, foi um dos primeiros no
Araguaia e integrou o Destacamento A. Ferido no tiroteio que matou outros
três guerrilheiros em 14
de outubro de 1973, foi levado à Casa Azul,
base militar dirigida pelo Major
Curió no
Araguaia, e executado.
- Elmo Correa (Lourival) -
ex-estudante da Escola de Medicina e
Cirurgia do Rio de Janeiro, cursou até o 3ª ano e participava do
movimento estudantil. Chegou ao Araguaia com a mulher Telma Regina Correia
(Lia) em 1971, e mais tarde a irmã, Maria Célia Correa, (Rosa)
juntou-se a eles. Desaparecido da guerrilha após o ataque de Natal de
1973, foi morto na localidade de Carrapicho, segundo testemunhos de
locais, no dia 14 de maio de 1974, segundo relatório da
Marinha.
- Tobias Pereira Junior (Josias) -
ex-estudante carioca da Universidade Federal
Fluminense,
integrou o destacamento C da guerrilha. Entregou-se no fim de 1973 e
passou semanas acompanhando os militares na localização de esconderijos de armas, munições e mantimentos. Desenhou mapas de localização e reconheceu
fotografias. Mesmo auxiliando os militares depois de preso e torturado,
foi assassinado em 14
de fevereiro de 1974.
- Gilberto Olímpio Maria (Pedro) - jornalista e genro de Maurício Grabois, chegou
à região no fim da década
de 60 e
morreu em combate junto com o sogro, no Natal de dezembro de
1973, durante encontro com patrulhas militares.
- Antonio Guilherme Ribas (Ferreira) -
ex-presidente da UPES (União Paulista de
Estudantes Secundaristas), foi preso no XXX Congresso da UNE, em 1968, e
cumpriu um ano e meio de prisão. Depois de solto, viveu alguns meses
clandestino na Baixada
Fluminense com
José Genoíno e dali foi para o Araguaia. Integrante do
destacamento B comandado por Osvaldão, foi morto em novembro de 1973, durante a última
campanha militar na região. Seu corpo nunca foi encontrado e é dado como
desaparecido político.
- Rodolfo Troiano (Mané) -
ex-estudante secundarista mineiro, filiado ao PCdoB, foi preso por
participar de manifestações estudantis em 1969, cumprindo pena em Juiz
de Fora.
Depois de solto, em 1971 foi para o Araguaia e integrou o destacamento A
da guerrilha. Morto em 12
de janeiro de 1974 segundo a Marinha,
executado após ser preso, seu corpo nunca foi encontrado.
- Pedro Alexandrino de
Oliveira (Peri)
- Bancário mineiro, integrante do destacamento B. Morto
com um tiro na cabeça em agosto de 1974, após ser
encontrado sozinho na selva. Seu corpo foi transportado de helicóptero
para a base de Xambioá, onde foi chutado e cuspido pelos soldados, o que
causou a intervenção de um oficial da FAB ordenando que o inimigo
fosse respeitado.
- Telma Regina Correia (Lia) - ex-estudante
de geografia da Universidade Federal
Fluminense
(UFF), de node foi expulsa em 1968 por sua atividades políticas, foi para
a região do Araguaia em 1971, juntamente com seu marido Elmo Corrêa, e
integrou o destacamento B. Foi presa e desapareceu em janeiro de 1974.
- Luis Renê Silveira (Duda) - carioca e ex-estudante de medicina, chegou ao Araguaia com
apenas 19 anos. Preso com a perna quebrada por tiro perto da
base de Bacaba, desapareceu no início de 1974.
- Walkiria Afonso da Costa (Walk) -
ex-estudante de Pedagogia na Universidade Federal de
Minas Gerais,
integrou o destacamento B e foi a última guerrilheira morta, fuzilada após
ser capturada, em outubro de 1974. Sua morte encerrou a Guerrilha do
Araguaia.
- Vandick Raidner Coqueiro (João Goiano) -
ex-estudante de economia baiano, chegou ao Araguaia com a
mulher Dinaelza Coqueiro, a guerrilheira 'Mariadina'. Integrante do
Destacamento B, foi o penúltimo guerrilheiro preso e executado pelo
exército, em setembro de 1974.
- José Piauhy Dourado (Ivo) - ex-estudante
da Escola Técnica Federal da Bahia, era fotógrafo em Salvador até entrar na
clandestinidade, junto com o irmão, Nélson. Combatente do destacamento C,
não foi mais visto pelos guerrilheiros a partir de dezembro de 1973.
Relatório sigiloso da Marinha registrou sua morte em 24
de janeiro de 1974. Seu corpo nunca foi
encontrado.
- Nelson Piauhy Dourado (Nelito) - irmão de
José Piauhy Dourado (Ivo), também desaparecido. Natural de Jacobina, era sindicalista e
petroleiro na Refinaria Landulfo Alves, em Salvador. Clandestino desde 1967,
integrou a guerrilha junto com a esposa, Jana Moroni. Foi morto em combate
em 2 de janeiro de 1974. Seu corpo nunca foi encontrado.
- Cilon Brum (Simão) - Também
conhecido como 'Comprido', era um ex-estudante de Economia da PUC-SP. Presidente do DCE da universidade, chegou ao
Araguaia fugindo da repressão política. Não foi mais visto pelos companheiros
depois de dezembro de 1973 e foi visto preso por mais de dois meses numa
base militar na região de Brejo Grande. Dado oficialmente como
desparecido, anos depois, foram descobertas e publicadas fotografias que
mostravam 'Simão' preso, escoltado por militares, em algum lugar da mata
do Araguaia, comprovando que morreu sob custódia de tropas federais. Seu
corpo nunca foi encontrado.
- Rioko Kayano - militante do PCdoB,
levada ao Pará por Elza
Monnerat,
não chegou a se juntar à guerrilha, sendo presa na pensão de Marabá onde aguardava transporte
para a zona de conflito, em 15
de abril de 1972. Na prisão, começou a
namorar José Genoino com quem é casada e tem três filhos.
- Pedro Albuquerque Neto - ex-militante do movimento
estudantil cearense preso no Congresso da UNE em Ibiúna em 1968, chegou no Araguaia
com a mulher em fevereiro de 1971. Fugiu da guerrilha em
junho do mesmo ano, acompanhando a mulher que não aguentava mais as condições
de vida da selva. Foi sua prisão em Fortaleza e posterior tortura, que se imagina deu aos militares
o primeiro conhecimento da existência da Guerrilha do Araguaia.
- João Carlos Wisnesky (Paulo Paquetá) -
ex-estudante de medicina da UFRJ, desertou da guerrilha em 1973, deixando a
companheira 'Rosa'. Descoberto muitos anos depois trabalhando como médico em Niterói, não fala da guerrilha.
- Danilo Carneiro (Nilo) - Primeiro
guerrilheiro preso, em abril de 1972, nas proximidades
da Transamazônica quando cumpria missão de mensageiro da Comissão Militar, foi
preso e torturado com golpes de fuzil, estocadas de baioneta e, arrastado por um jipe,
ficou com metade do corpo em carne viva. Solto após um ano e meio de
prisão, passou por 30 cirurgias para recuperar os danos da
tortura. Vive em Florianópolis.
- Manuel José Nurchis (Gil) - ex-operário paulista, integrou o Destacamento B
de Osvaldão e foi morto em combate em 30
de setembro de 1972, junto com João Carlos Haas Sobrinho e Ciro Flávio Salazar. Seu
corpo nunca foi encontrado.
- Dower Cavalcanti (Domingos) -
aprisionado ferido após a emboscada que matou Bergson
Gurjão em
junho de 1972, foi torturado com choques, pau-de-arara e simulação de afogamento depois de levado para
Brasília. Ficou preso até 1977. Após reconquistar a liberdade, formou-se
em medicina em Fortaleza e trabalhou no Ministério da Saúde. Morreu ao 41 anos, em
1992, de ataque cardíaco.
- Dagoberto Alves da Costa (Miguel) - Integrante
do Destacamento C, foi preso apenas 52 dias depois de chegar o Araguaia e
passou um ano e meio na cadeia. Hoje é psicólogo e vive em Recife.
- Uirassu de Assis Batista (Valdir) - estudante
baiano, integrante do movimento secundarista e perseguido por sua atuação
política, foi para o Araguaia e integrou-se ao Destacamento A. Preso com
mais dois guerrilheiros no início de 1974, foi visto na base de Xambioá, algemado e mancando com a perna
coberta por uma leishmaniose, sendo levado em direção a um helicóptero do
exército. Desapareceu e seu corpo nunca foi encontrado.
- Pedro Matias de Oliveira (Pedro Carretel) -
posseiro do Araguaia que se juntou aos guerrilheiros, teve o último
contato em 2 de janeiro de 1974. Foi visto amarrado numa
base militar sendo levado para a mata. É dado como desaparecido político.
- Rosalindo de Sousa (Mundico) - advogado baiano, chegou ao Araguaia
em 1971 e era famoso na região pelos cordéis que fazia. Foi fuzilado pelos guerrilheiros após um
julgamento por um 'tribunal
revolucionário' dentro da mata, que o condenou por 'traição ideológica' e adultério.
- João Qualatroni (Zebão) -
ex-militante do movimento estudantil secundarista do Espírito Santo, integrou-se ao
Destacamento A da guerrilha. Morreu em combate em 13
de outubro de 1973, aos 23 anos, vítima de uma
emboscada junto com André
Grabois e
mais dois guerrilheiros.
- Batista - caboclo morador do Araguaia que se
juntou aos guerrilheiros durante os combates, nunca se soube muito sobre
ele. Desapareceu no início de 1974, após ser preso junto com a
ex-professora e guerrilheira Áurea Valadão.
- Lourival Paulino – barqueiro da região ligado aos
guerrilheiros, acusado pelos militares de informante e de dar apoio
logístico à guerrilha, foi preso e torturado pelo exército em 1972. Três
dias depois de entrar arrastado na delegacia de Xambioá, sua morte foi
anunciada como suicídio. Seu corpo nunca foi encontrado.
- Antonio Alfredo de Lima (Alfredo) - Paraense
morador do Araguaia, entrou para a guerrilha após ser ameaçado por grileiro da região. Aprendeu a ler e
escrever com os companheiros e ensinou-lhes táticas de orientação e
sobrevivência na selva. Morreu em combate com mais
três guerrilheiros em 14
de outubro de 1973. Dado como desaparecido.
- Antonio Ferreira Pinto (Antonio Alfaiate) -
Nascido em Lagoa dos Gatos, no agreste de Pernambuco, começou na
militância política no do Sindicato dos Alfaiates do estado da Guanabara.
Filiado ao PC do B, em 1970 chegou ao Pará, estabelecendo-se na localidade
de Metade. Integrante do destacamento A da guerrilha, desapareceu em 21 de
abril de 1974, segundo relatório do exército.
- Miguel Pereira dos Santos (Cazuza) -
Pernambucano morador em São Paulo desde a juventude, era bancário do Banco Intercontinental
do Brasil e militante político. Filiado ao PC do B, foi treinado em
guerrilha na China em 1966. Dado como
desparecido durante a Operação Papagaio, morreu em confronto direto
com o exército em 1972, segundo Regilena Carvalho, testemunha sobrevivente
da própria guerrilha. Depois de morto, teve sua mão decepada para
dificultar a investigação.
- Antônio de Pádua Costa (Piauí)´-
ex-estudante de astronomia na Departamento de Física da Universidade Federal do Rio
de Janeiro,
foi comandante do Destacamento A após a morte de André Grabois.
Desaparecido depois de enfrentamento com as Forças Armadas em 24 de
janeiro de 1974, quando foi preso após luta corporal com um sargento e entregue ao CIEx. Uma foto sua, vivo, com os
militares que o capturaram, foi encontrada anos depois.
- José Toledo de Oliveira (Vitor) -
- Idalísio Soares (Aparício) -
- Helio Luiz Navarro (Edinho) -
- Custódio Saraiva Neto (Lauro) -
- Antonio Teodoro (Raul) -
- Ciro Flávio Salazar (Flávio) -
- José Maurílio Patricio (Manuel do B) -
- Paulo Roberto Marques (Amauri) -
Referências
Bibliográficas
- MORAIS, Tais de. SILVA,
Eumano. Operação Araguaia: os
arquivos secretos da guerrilha. ISBN
8575091190.
- MIRANDA, Nilmário e
TIBÚRCIO, Carlos - Dos filhos deste solo - Fundação Perseu Abramo,
1999 - ISBN
978-85-7643-066-7
- MAKLOUF, Luiz - Mulheres
que foram à luta armada, Editora Globo, 1998 - ISBN
8525021334
- GASPARI, Elio - A Ditadura Escancarada (as Ilusões Armadas), Companhia das Letras, 2002 ISBN
8535902996
- CABRAL, Pedro Corrêa - Xambioá:
guerrilha no Araguaia, Editora Record, 1993 ISBN
8501041165
- STUDART, Hugo - A Lei da
Selva — Estratégias, Imaginário e Discurso dos Militares Sobre a Guerrilha
do Araguaia, Geração Editorial, ISBN
8575091395
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