CONTABILIDADE E AUDITORIA POLÍTICA — 29 October 2014
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Nossas eleições além de não serem auditadas, não são sequer auditáveis.
Ao contrário do que fazemos em Administração, eleições governamentais não são auditadas por Auditores Independentes.
É como se os próprios administradores de uma empresa fizessem a contabilidade dos seus resultados, e fizessem também a auditoria destes números.
A ideia de contadores e auditores independentes não existe no país dos economistas.
Nosso TCU não é eleito, e nem auditores são.
Num país “administrado” por economistas, eles mesmos contabilizam os seus resultados, como inflação, IPEA, IBGE, e não existe a figura da Auditoria Externa.
Nossos índices de inflação, crescimento, deficit e dívidas são contabilizados pelos mesmos que os administram, e nenhum número é auditado.
Nossas eleições além de não serem auditadas, não são sequer auditáveis.
Não há como a PricewaterhouseCoopers auditar digamos 2.000 eleitores, e ver se de fato seus votos foram contados, e para o candidato certo.
Nem fazer o contrário, ver se por trás de cada um dos 2.000 votos, tem de fato uma pessoa viva que votou.
“Podemos confirmar que o Sr. ou Sra. votou em x ?”
“Como? Morreu no ano passado. E vocês não deram baixa?”
“Como? Morreu no ano passado. E vocês não deram baixa?”
Um país que não valoriza os 2 milhões de administradores que tem, merece ter a filosofia governamental e os governos que acabam sendo eleitos da forma que são.
Culpar Minas, o Nordeste, o Aécio, o Bolsa Família, a Dilma ou a corrupção pelo nosso passado é um atraso intelectual monumental.
Em administração vocês todos estão na idade da pedra, e nem sabem disto.
Avisei.