Torci muito pela separação que considero necessária, a do PT do poder do estado. Não deu.
O estado precisa assistir aos necessitados sim, mas não faz sentido bolsa família a quem pode trabalhar. Conheço empresários, donos de indústrias no nordeste, que andam encontrando dificuldades em contratar mão de obra por causa da concorrência com o bolsa família. E olhe que a demanda na produção está baixa e a concorrência com os produtos chineses anda alta. A concorrência do emprego com o bolsa família é tão grande que na estatística oficial para o cálculo do desemprego o beneficiário do bolsa família não é computado como desempregado. Se fosse teríamos o maior índice de desemprego do mundo, certamente.
A concorrência com o seguro desemprego é outra distorção que eu conheço bem e que já faz parte do dia a dia de muitas empresas: você tem vaga mas o candidato só aparece após receber a última parcela do seguro desemprego. Tem alguns candidatos bem abusados que aparecem para a vaga mas só aceitam trabalhar se a empresa contrata-los sem assinar a carteira até que a última parcela do seguro desemprego seja paga a ele.
E para aumentar o absurdo, o beneficiário do seguro desemprego, assim como o do bolsa família, não é computado como desempregado no índice oficial de desemprego caso ele não esteja procurando emprego. Neste caso são considerados desalentados. Não, não é comédia não, é sério isto. Recebem o seguro desemprego e não são considerados desempregados.
Promover o bolsa família e não o trabalho é estratégia básica do partido que carrega a palavra trabalhador no nome. É bem mais fácil assaltar o bolso de quem tem do que promover a competitividade da indústria. E esse valor moral é a pior herança que essa gente tem plantado no Brasil. É a desvalorização do trabalho, a demonização do capital, a separação de classes e o culto ao crime e a ociosidade.
A fórmula econômica adotada pelo PT está esgotada e o mercado já carimbou o PT como risco.
Amanhã as bolsas no Brasil irão cair, o dolar irá subir com força, projetos de investimentos serão revistos e transferidos para algum país com melhores perspectivas e confiabilidade de futuro. Além de muita gente que passará a planejar viver fora do Brasil, uma tendência verificada no governo Dilma. Essa tendência agora é de quem tem patrimônio, é diferente da do passado, a dos trabalhadores.
Como empresário eu nasci na crise e cresci no meio dela. Nunca trabalhei com o objetivo de ficar rico um dia, mas sempre gostei da existência da possibilidade. O que ganhei e o que perdi foram consequências da minha necessidade e do resultado do meu empenho em trabalhar.
Meu maior receio agora nem é pela gestão da economia, que já é um desastre e irá piorar mais um bocado, e sim pela gestão política. O Foro de São Paulo explica muita coisa do que já vivemos e do que nos espera.
Aqui eu não vi comemoração nas ruas não, mas em Cuba, Venezuela, Argentina, Bolívia, Irã e Coreia do Norte disseram que a comemoração viraria a noite:
A esquerda aprendeu, já faz um bom tempo, que não é mais preciso armas para se implantar uma ditadura |