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segunda-feira, 22 de setembro de 2014

"FORO DE SÃO PAULO CENTRO DE CONVERGENCIA DO CRIME ORGANIZADO " JCN

Conheça o Foro de São Paulo, o maior inimigo do Brasil

Lula_e_FidelO maior inimigo do Brasil e do continente nas últimas décadas precisa ser identificado pelos homens de bem deste país, de modo que reúno abaixo o mínimo que você precisa saber a respeito para se informar e educar os amigos, compartilhando este link nas redes sociais.
Fundado em 1990 por Lula e Fidel Castro — por ideia de Lula, segundo ele mesmo declarou (o que nunca é de todo confiável) em maio de 2011 [ver Vídeo 5] —, o “Foro de São Paulo é a mais vasta organização política que já existiu na América Latina e, sem dúvida, uma das maiores do mundo. Dele participam todos os governantes esquerdistas do continente. Mas não é uma organização de esquerda como outra qualquer. Ele reúne mais de uma centena de partidos legais e várias organizações criminosas ligadas ao narcotráfico e à indústria dos sequestros, como as Farc e o MIR chileno, todas empenhadas numa articulação estratégica comum e na busca de vantagens mútuas. Nunca se viu, no mundo, em escala tão gigantesca, uma convivência tão íntima, tão persistente, tão organizada e tão duradoura entre a política e o crime”, como escreveu em 2007 o filósofo Olavo de Carvalho, autor do best seller idealizado e organizado por mim, O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota.
Por quase duas décadas, os jornais e supostos oposicionistas brasileiros esconderam do grande público a existência do Foro de São Paulo, descoberto pelo advogado paulista José Carlos Graça Wagner, que o denunciou publicamente em 1º de setembro de 1997, e não faltou quem rotulasse seus denunciadores como “teóricos da conspiração”. De uns anos para cá, quando o Foro já tinha feito e desfeito governos em toda a América Latina, elegendo presidentes dos países do continente cerca de 15 membros da organização, seu nome começou a aparecer aqui e ali em reportagens, como se o Foro fosse apenas uma entidade como outra qualquer.
Vamos ver se é mesmo? Vem comigo.
I.
VÍDEO 1 – 2012 – MENSAGEM DE LULA EM APOIO A HUGO CHÁVEZ
“Em 1990, quando criamos o Foro de São Paulo, nenhum de nós imaginava que em apenas duas décadas chegaríamos onde chegamos. Naquela época, a esquerda só estava no poder em Cuba. Hoje, governamos um grande número de países e, mesmo onde ainda somos oposição, os partidos do Foro têm uma influência crescente na vida política e social. Os governos progressistas estão mudando a face da América Latina. (…) Em tudo que fizemos até agora, que foi muito, o Foro e os partidos do Foro tiveram um grande papel que poderá ser ainda mais importante se soubermos manter a nossa principal característica: a unidade na diversidade. (…) Sob a liderança de Chávez, o povo venezuelano teve conquistas extraordinárias, as classes populares nunca foram tratadas com tanto respeito, carinho e dignidade. (…) Tua vitória será a nossa vitória.”
II.
VÍDEO 2 – 2008 – HUGO CHÁVEZ CONFESSA: LULA E FARC JUNTOS NO FORO DE 1995
Hugo Chávez confessa ter conhecido o presidente Lula e um dos então comandantes das Farc Raúl Reyes — cuja eliminação pelo Exército colombiano no nordeste do Equador ele lamenta e furiosamente critica — na reunião do Foro de São Paulo de 1995, em San Salvador, capital de El Salvador, na América Central:
Recebi o convite para assistir, em 1995, ao Foro de São Paulo, que se instalou naquele ano em San Salvador. (…) Naquela ocasião conheci Lula, entre outros. E chegou alguém ao meu posto na reunião, a uma mesa de trabalho onde estávamos em grupo conversando, e lembro que colocou sua mão aqui [no ombro esquerdo] e disse: ‘Cara, quero conversar com você.’ E eu lhe disse: ‘Quem é você?’ ‘Raúl Reyes, um dos comandantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.’ Nós nos reunimos nesta noite, em algum bairro humilde lá de El Salvador. (…) E então se abriu um canal de comunicação e ele veio aqui (…) e conversamos horas e horas. Depois, em uma terceira e última ocasião, passou por aqui também.
III.
A PARCERIA ENTRE FARC E PT, SEGUNDO O COMANDANTE RAÚL REYES
Em entrevista à Folha de S. Paulo de 27 de agosto de 2003, Raúl Reyes dera, entre outras, as seguintes declarações:
Folha — O sr. conheceu Lula?
Reyes — Sim, não me recordo exatamente em que ano, foi em San Salvador, em um dos Foros de São Paulo.
Folha — Houve uma conversa?
Reyes — Sim, ficamos encarregados de presidir o encontro. Desde então, nos encontramos em locais diferentes e mantivemos contato até recentemente. Quando ele se tornou presidente, não pudemos mais falar com ele.
Folha — Qual foi a última vez que o sr. falou com ele?
Reyes — Não me lembro exatamente. Faz uns três anos.
Folha — Fora do governo, quais são os contatos das Farc no Brasil?
Reyes — As Farc têm contatos não apenas no Brasil com distintas forças políticas e governos, partidos e movimentos sociais…
Folha — O senhor pode nomear as mais importantes?
Reyes — Bem, o PT, e, claro, dentro do PT há uma quantidade de forças; os sem-terra, os sem-teto, os estudantes, sindicalistas, intelectuais, sacerdotes, historiadores, jornalistas…
Folha — Quais intelectuais?
Reyes — [O sociólogo] Emir Sader, frei Betto [assessor especial de Lula] e muitos outros.
IV.
A MENTIRA DE VALTER POMAR SOBRE FARC E FORO
Em 18 de agosto de 2010, saiu no Estadão Online:
O secretário executivo do Foro de São Paulo, Valter Pomar, do Partido dos Trabalhadores (PT), negou hoje (18) qualquer vínculo desse grupo de partidos da esquerda e da centro-esquerda latino-americanas, criado em 1990, com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).‘As Farc não participam e nunca participaram do Foro de São Paulo’, disse Pomar, em entrevista a correspondentes brasileiros em Buenos Aires, onde se realiza o 16.º encontro da organização.
A Agência Estado insistiu na indagação sobre se nem em 1990, ano da criação do grupo pelo PT, na capital paulista, houve a participação no Foro de algum partido político ligado às Farc. ‘Eu estava lá. Não participou nem como um setor de partido’, afirmou. Segundo ele, todos os representantes da Colômbia que participam das reuniões do Foro pertencem a organizações e partidos legais. O secretário executivo do Foro disse que esse assunto voltou à tona por causa da declaração do candidato a vice-presidente na chapa do tucano José Serra, Indio da Costa (DEM), sobre a ligação entre PT e Farc.
Olavo de Carvalho escreveu na ocasião:
Quer dizer então, ó figura, que o Raúl Reyes mentiu ao dizer que presidira a uma assembleia do Foro ao lado de Lula? Quer dizer que o Hugo Chávez estava delirando ao dizer que conhecera Raúl Reyes e Lula numa reunião do Foro? Quer dizer que o expediente da revista América Libre é todo falsificado? Quer dizer que as atas do Foro foram inventadas por mim, que ainda tive o requinte de escrevê-las em espanhol? Ora, vá lamber sabão.
V.
DISCURSO DE LULA DE 2 DE JULHO DE 2005 – 15 ANOS DE FORO
Pronunciado na celebração dos 15 anos de existência do Foro de São Paulo e reproduzido no site oficial do governo, este discurso é, segundo Olavo de Carvalho, “a confissão explícita de uma conspiração contra a soberania nacional, crime infinitamente mais grave do que todos os delitos de corrupção praticados e acobertados pelo atual governo; crime que, por si, justificaria não só o impeachment como também a prisão do seu autor”:
Em função da existência do Foro de São Paulo, o companheiro Marco Aurélio [Garcia] tem exercido uma função extraordinária nesse trabalho de consolidação daquilo que começamos em 1990… Foi assim que nós, em janeiro de 2003, propusemos ao nosso companheiro, presidente Chávez, a criação do Grupo de Amigos para encontrar uma solução tranquila que, graças a Deus, aconteceu na Venezuela. E só foi possível graças a uma ação política de companheiros. Não era uma ação política de um estado com outro estado, ou de um presidente com outro presidente. Quem está lembrado, o Chávez participou de um dos foros que fizemos em Havana. E graças a essa relação foi possível construirmos, com muitas divergências políticas, a consolidação do que aconteceu na Venezuela, com o referendo que consagrou o Chávez como presidente da Venezuela.
Foi assim que nós pudemos atuar junto a outros países com os nossos companheiros do movimento social, dos partidos daqueles países, do movimento sindical, sempre utilizando a relação construída no Foro de São Paulo para que pudéssemos conversar sem que parecesse e sem que as pessoas entendessem qualquer interferência política.
Olavo de Carvalho escreveu na ocasião:
(…) O sr. presidente confessa, em suma, que submeteu o país a decisões tomadas por estrangeiros, reunidos em assembleias de uma entidade cujas ações o povo brasileiro não devia conhecer nem muito menos entender.
Não poderia ser mais patente a humilhação ativa da soberania nacional, principalmente quando se sabe que entre as entidades participantes dessas reuniões decisórias constam organizações como o MIR chileno, sequestrador de brasileiros, e as Farc, narcoguerrilha colombiana, responsável, segundo seu parceiro Fernandinho Beira-Mar, pela injeção de duzentas toneladas anuais de cocaína no mercado nacional. (…)
VI.
VÍDEO 3 – LULA MENTE PARA BORIS CASOY DURANTE CAMPANHA DE 2002
Em entrevista ao Jornal da Record, durante a campanha eleitoral de 2002, Lula mente descaradamente ao negar a existência de uma aliança entre ele, Hugo Chávez e Fidel Castro.
VII.
PT/FARC/FORO – SEQUÊNCIA DE FATOS
Em 24 de setembro de 2007, Olavo de Carvalho publicou o artigo “O perigo sou eu”, no qual pede mais uma vez ao leitor — já o tinha feito em “Relendo notícias”, de 2003 — a gentileza de examinar brevemente esta sequência de fatos:
· Abril de 2001: O traficante Fernandinho-Beira Mar confessa que compra e injeta no mercado brasileiro, anualmente, duzentas toneladas de cocaína das Farc em troca de armas contrabandeadas do Líbano.
· 7 de dezembro de 2001: O Foro de São Paulo, coordenação do movimento comunista latino-americano, sob a presidência do sr. Luís Inácio Lula da Silva, lança um manifesto de apoio incondicional às Farc, no qual classifica como ‘terrorismo de Estado’ as ações militares do governo colombiano contra essa organização.
· 17 de outubro de 2002: O PT, através do assessor para assuntos internacionais da campanha eleitoral de Lula, Giancarlo Summa, afirma em nota oficial que o partido nada tem a ver com as Farc e que o Foro de São Paulo é apenas ‘um foro de debates, e não uma estrutura de coordenação política internacional’.
· 1º de março de 2003: O governo petista estende oficialmente seu manto de proteção sobre as Farc, recusando-se a classificá-las como organização terrorista conforme solicitava o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe.
· 24 de agosto de 2003: O comandante das Farc, Raul Reyes, informa que o principal contato da narcoguerrilha no Brasil é o PT e, dentro dele, Lula, Frei Betto e Emir Sader.
· 15 de março de 2005: Estoura o escândalo dos cinco milhões de dólares das Farc que um agente dessa organização, o falso padre Olivério Medina, afirma ter trazido para a campanha eleitoral do sr. Luís Inácio Lula da Silva. O assunto é investigado superficialmente e logo desaparece do noticiário.
· 2 de julho de 2005: Discursando no 15º. Aniversário do Foro de São Paulo, o sr. Luís Inácio Lula da Silva entra em contradição com a nota de 17 de outubro de 2002, confessando que o Foro é uma entidade secreta, ‘construída para que pudéssemos conversar sem que parecesse e sem que as pessoas entendessem qualquer interferência política’, que essa entidade interferiu ativamente no plebiscito venezuelano e que ali, em segredo, ele próprio tomou decisões de governo junto com Chávez, Fidel Castro e outros líderes esquerdistas, sem dar ciência disto ao Parlamento ou à opinião pública.
· 9 de abril de 2006: O chefe da Delegacia de Entorpecentes da PF do Rio, Vítor Santos, informa ao jornal O Dia que “dezoito traficantes da facção criminosa Comando Vermelho — entre eles pelo menos um da Favela do Jacarezinho e outro do Morro da Mangueira — vão periodicamente à fronteira do Brasil com a Colômbia para comprar cocaína diretamente com guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Os bandidos são alvo de investigação da Polícia Federal. Eles ocuparam o espaço que já foi exclusivo de Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar”.


· 12 de maio de 2006: O PCC em São Paulo lança ataques que espalham o terror entre a população. Em 27 de dezembro é a vez do Comando Vermelho fazer o mesmo no Rio de Janeiro.
· 18 de julho de 2006: O Supremo Tribunal Federal, sob a pressão de um vasto movimento político orquestrado pelo PT, concede asilo político ao falso padre Olivério Medina, agente das Farc.
· 16 de maio de 2007: O juiz Odilon de Oliveira, de Ponta-Porã, divulga provas de que as Farc atuam no território nacional treinando bandidos do PCC e do Comando Vermelho em técnicas de guerrilha urbana.
· 12 de fevereiro de 2007: As Farc fazem os maiores elogios ao PT por ter salvo da extinção o movimento comunista latino-americano por meio da fundação do Foro de São Paulo.
· Agosto de 2007: Nos vídeos preparatórios ao seu 3º. Congresso, o PT admite que seu objetivo é eliminar o capitalismo e implantar no Brasil um regime socialista; e fornece ainda um segundo desmentido à nota de Giancarlo Summa, ao confessar que o Foro de São Paulo é ‘um espaço de articulação estratégica’ (sic).
· 19 de setembro de 2007: Lula oferece o território brasileiro como sede para um encontro entre Hugo Chávez e os comandantes das Farc.
Entre esses fatos ocorreram outros inumeráveis cuja data não recordo precisamente no momento, entre os quais o fornecimento maciço de armas às Farc pelo governo Hugo Chávez, uma campanha nacional de mídia para desmoralizar o analista estratégico americano Constantine Menges que divulgava a existência de um eixo Lula-Castro-Chávez-Farc, os tiroteios entre guerrilheiros das Farc e soldados do Exército brasileiro na Amazônia, as denúncias de que as Farc davam treinamento em guerrilha urbana aos militantes do MST e, é claro, várias assembléias gerais e reuniões de grupos de trabalho do Foro de São Paulo.
A existência de uma ligação profunda, constante e solidária entre o PT e as Farc é um fato tão bem comprovado, que quem quer que insista em negá-la só pode ser parte interessada na manutenção do segredo ou então um mentecapto incurável. (…)
VIII.
ANTÔNIO ABUJAMRA: Anos atrás, você podia prever uma América Latina assim: Fidel, Chávez, Morales, Bachelet, Correa… Quem mais? TODOS de esquerda na América do Sul! Você podia prever que isso ia acontecer?
JOSÉ DIRCEU: Prever, não. Mas nós já lutávamos por isso e já trabalhávamos por isso. Inclusive porque nós criamos o Foro de São Paulo, que lutava pra isso; depois criamos ainda o Grupo de Marbella, porque é o nome da cidade do hotel onde nós ficamos no Chile, que se reuniu, TODOS foram presi… Todos depois foram eleitos presidentes da República. Todos foram. TODOS. O Ciro Gomes, que participava, e o [mexicano] Cuauhtémoc Cárdenas ainda não foram. Mas o [Vicente] Fox foi [no México]. O [Ricardo] Lagos foi [no Chile]. Tabaré Vazquez foi [no Uruguai]. [Cita outro, inaudível.] O Lula foi. Então você vê que não é o Chávez, o Evo Morales…
ANTÔNIO ABUJAMRA [interrompendo]: Tabaré, Kirchner… Se essa turma se unir, o que é meio difícil, o que é que acontece com a América Latina?
JOSÉ DIRCEU: Não, a condição para a América Latina avançar é a união desses presidentes desses países. Por isso que a informação de que o Banco do Sul está avançando… e a consolidação do Mercosul, e a integração energética, o gasoduto, e mesmo a zona de livre-comércio entre os nossos países… Não há nada mais importante pra nós que a integração da América Latina. Hoje, o NAFTA, a União Europeia e o Pacto Asiático: 70% do comércio é intrabloco. Só 30[%] é exportado para fora do bloco. Aqui na América Latina ou do Sul, ainda é 20 ou 25%. Então nós temos muito para integrar. 
XI.
VÍDEO 7 – DISCURSOS DE LULA E DILMA SOBRE FORO E REVOLUÇÃO
LULA: “O que Cuba tem mais do que nós? O povo cubano tem mais dignidade que a maioria dos povos da América Latina. (…) E foi assim que nós conseguimos construir o Foro de São Paulo e pela primeira vez a gente conseguiu juntar todos os partidos de esquerda da América Latina. Não pensem que é fácil! Tem aqui companheiros que partcipam…
DILMA: “Eu me sinto muito feliz de estar na tenda da revolução cubana, dos 50 anos da revolução cubana, que foi um acontecimento histórico na América Latina e teve uma influência profunda na minha geração. Então eu considero este momento especial.
XII.
VÍDEO 8 – DISCURSO DE LULA DE 2013 – LULA EXPLICA A ESTRATÉGIA DO FORO DE SÃO PAULO PARA CHEGAR AO PODER
ANTÔNIO ABUJAMRA: Anos atrás, você podia prever uma América Latina assim: Fidel, Chávez, Morales, Bachelet, Correa… Quem mais? TODOS de esquerda na América do Sul! Você podia prever que isso ia acontecer?
JOSÉ DIRCEU: Prever, não. Mas nós já lutávamos por isso e já trabalhávamos por isso. Inclusive porque nós criamos o Foro de São Paulo, que lutava pra isso; depois criamos ainda o Grupo de Marbella, porque é o nome da cidade do hotel onde nós ficamos no Chile, que se reuniu, TODOS foram presi… Todos depois foram eleitos presidentes da República. Todos foram. TODOS. O Ciro Gomes, que participava, e o [mexicano] Cuauhtémoc Cárdenas ainda não foram. Mas o [Vicente] Fox foi [no México]. O [Ricardo] Lagos foi [no Chile]. Tabaré Vazquez foi [no Uruguai]. [Cita outro, inaudível.] O Lula foi. Então você vê que não é o Chávez, o Evo Morales…
ANTÔNIO ABUJAMRA [interrompendo]: Tabaré, Kirchner… Se essa turma se unir, o que é meio difícil, o que é que acontece com a América Latina?
JOSÉ DIRCEU: Não, a condição para a América Latina avançar é a união desses presidentes desses países. Por isso que a informação de que o Banco do Sul está avançando… e a consolidação do Mercosul, e a integração energética, o gasoduto, e mesmo a zona de livre-comércio entre os nossos países… Não há nada mais importante pra nós que a integração da América Latina. Hoje, o NAFTA, a União Europeia e o Pacto Asiático: 70% do comércio é intrabloco. Só 30[%] é exportado para fora do bloco. Aqui na América Latina ou do Sul, ainda é 20 ou 25%. Então nós temos muito para integrar. 
XI.
VÍDEO 7 – DISCURSOS DE LULA E DILMA SOBRE FORO E REVOLUÇÃO
LULA: “O que Cuba tem mais do que nós? O povo cubano tem mais dignidade que a maioria dos povos da América Latina. (…) E foi assim que nós conseguimos construir o Foro de São Paulo e pela primeira vez a gente conseguiu juntar todos os partidos de esquerda da América Latina. Não pensem que é fácil! Tem aqui companheiros que partcipam…
DILMA: “Eu me sinto muito feliz de estar na tenda da revolução cubana, dos 50 anos da revolução cubana, que foi um acontecimento histórico na América Latina e teve uma influência profunda na minha geração. Então eu considero este momento especial.
XII.
VÍDEO 8 – DISCURSO DE LULA DE 2013 – LULA EXPLICA A ESTRATÉGIA DO FORO DE SÃO PAULO PARA CHEGAR AO PODER
Em 1990, ou melhor, em 1980, a esquerda latino-americana não acreditava que fosse possível chegar ao poder pela via da disputa democrática e sobretudo pela via eleitoral. (…) E a história se encarregou de provar que a democracia exercida a partir da participação de massas pode ser a melhor fonte para que a esquerda chegue ao poder em qualquer país do mundo. Vamos ver a experiência do companheiro Chávez (…). É importante lembrar que uma grande parte da elite da Venezuela não admite a chegada de Chávez ao poder (…), como não aceitam o Lula no Brasil e a Dilma no Brasil… E nós chegamos e eu quero, companheiro da direção do Foro de São Paulo, debitar parte da chegada da esquerda ao poder da América Latina pela existência dessacosita chamada Foro de São Paulo. Foi aqui e devemos muito aos companheiros cubanos, devemos muito aos companheiros cubanos, porque, ao contrário do que muita gente conservadora pensa, os companheiros cubanos sempre, sempre nos ensinaram que o exercício da tolerância entre nós, a convivência pacífica na adversidade entre nós, a convivência entre os vários setores de esquerda era a única possibilidade que permitia que nós tivéssemos avanço aqui nesse continente. E isso aconteceu e pode acontecer muito mais, porque agora nós temos a obrigação de não permitir que haja nenhum retrocesso nas conquistas que nós obtivemos até agora. Nenhum retrocesso!
A propósito: os “companheiros cubanos”, segundo Lula, sempre ensinaram o “exercício da tolerância” e da “convivência pacífica” entre os vários setores DA ESQUERDA, é claro. Porque, na Cuba de Fidel e Raúl Castro, a “tolerância” e o “pacifismo” com os opositores políticos sempre foram exercidos com prisões e fuzilamentos mesmo.
XIII.
CINCO CRIMES DO FORO DE SÃO PAULO
8 de agosto de 2013 às 10:16
Por Olavo de Carvalho
1) Deu abrigo e proteção política a organizações terroristas e a quadrilhas de narcotraficantes e seqüestradores que nesse ínterim espalharam o vício, o sofrimento e a morte por todo o continente, fazendo mesmo do Brasil o país onde mais cresce o consumo de drogas na América Latina.
2) Ao associar entidades criminosas a partidos legais na busca de vantagens comuns, transformou estes últimos em parceiros do crime, institucionalizando a ilegalidade como rotina normal da vida política em dezenas de nações.
3) Burlou todas as constituições dos seus países-membros, convidando cada um de seus governantes a interferir despudoradamente na política interna das nações vizinhas, e provendo os meios para que o fizessem “sem que ninguém o percebesse”, como confessou o sr. Lula, e sem jamais ter de prestar satisfações por isso aos seus respectivos eleitorados.
4) Ocultou sua existência e a natureza das suas atividades durante dezesseis anos, enquanto fazia e desfazia governos e determinava desde cima o destino de nações e povos inteiros sem lhes dar a mínima satisfação ou explicação, rebaixando assim toda a política continental à condição de uma negociação secreta entre grupos interessados e transformando a democracia numa fachada enganosa.
5) Gastou dinheiro a rodo em viagens e hospedagens para muitos milhares de pessoas, durante vinte e três anos, sem jamais informar, seja ao povo brasileiro, seja aos povos das nações vizinhas, nem a fonte do financiamento nem os critérios da sua aplicação. Até hoje não se sabe quanto das despesas foi pago por organizações criminosas, quanto foi desviado dos vários governos, quanto veio de fortunas internacionais ou de outras fontes. Nunca se viu uma nota fiscal, uma ordem de serviço, uma prestação de contas, um simulacro sequer de contabilidade. A coisa tem a transparência de um muro de chumbo.
XIV.
EX-EMBAIXADOR AMERICANO SOBRE A NECESSIDADE DE ESPIONAR O BRASIL: “BASTA LER AS ATAS DO FORO”
Segue abaixo o texto que traduzi na ocasião. A respeito dele, Olavo de Carvalho comentou: “Como é que uma entidade que nem mesmo existe, ou que é apenas um inocente clube de debates, pode criar uma crise diplomática de dimensões mastodônticas? TODOS os que ocultaram ou disfarçaram durante quase duas décadas a existência do Foro de São Paulo são culpados de que ISTO esteja acontecendo agora.”
POR QUE NÓS ESPIONAMOS O BRASIL
Tradução de Felipe Moura Brasil da coluna de Carlos Alberto Montaner, publicada no Miami Herald de 25 de setembro de 2013.
A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, cancelou sua visita ao presidente Obama. Ela se sentiu ofendida porque os Estados Unidos estavam espionando seu e-mail. Não se faz isso com um país amigo. A informação, provavelmente confiável, foi fornecida por Edward Snowden de seu refúgio em Moscou.
Intrigado, perguntei a um ex-embaixador dos EUA: “Por que eles fizeram isso?” Sua explicação foi duramente franca:
“Do ponto de vista de Washington, o governo brasileiro não é exatamente amigável. Por definição e historicamente, o Brasil é um país amigo que ficou do nosso lado durante a II Guerra Mundial e a da Coreia, mas seu governo atual não está.”
O embaixador e eu somos velhos amigos. “Posso revelar seu nome?”, perguntei. “Não”, respondeu ele. “Isso criaria um problema enorme para mim. Mas você pode transcrever nossa conversa.” É o que farei aqui.
“Tudo que você tem de fazer é ler as atas do Foro de São Paulo e observar a conduta do governo brasileiro”, disse ele. “Os amigos de Luiz Inácio Lula da Silva, de Dilma Rousseff e do Partido dos Trabalhadores são os inimigos dos Estados Unidos: a Venezuela chavista, primeiro com (Hugo) Chávez e agora com (Nicolás) Maduro; a Cuba de Raúl Castro; o Irã; a Bolívia de Evo Morales; a Líbia dos tempos de Kadafi; a Síria de Bashar Assad.
“Em quase todos os conflitos, o governo brasileiro concorda com as linhas políticas da Rússia e da China, em oposição à perspectiva do Departamento de Estado dos EUA e da Casa Branca. A família ideológica com que mais se parece é a dos BRICS, com os quais tenta conciliar sua política externa. [Os BRICS são Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.]
“A imensa nação sul-americana não tem nem manifesta a menor vontade de defender os princípios democráticos que são sistematicamente violados em Cuba. Pelo contrário, o ex-presidente Lula da Silva muitas vezes leva investidores à ilha para fortalecer a ditadura dos Castros. O dinheiro investido pelos brasileiros no desenvolvimento do superporto de Mariel, próximo a Havana, é estimado em US$ 1 bilhão.
A influência cubana no Brasil é velada, mas muito intensa. José Dirceu, ex-chefe de gabinete e ministro mais influente de Lula da Silva, havia sido um agente dos serviços de inteligência cubanos. No exílio em Cuba, ele tivera o rosto cirurgicamente alterado. Ele retornou ao Brasil com uma nova identidade (Carlos Henrique Gouveia de Mello, um comerciante judeu) e ficou nessa função até que a democracia foi restaurada. De mãos dadas com Lula, ele colocou o Brasil entre os principais colaboradores da ditadura cubana. Ele caiu em desgraça porque era corrupto, mas nunca recuou um centímetro de suas preferências ideológicas e de sua cumplicidade com Havana.
“Algo semelhante está acontecendo com o professor Marco Aurélio Garcia, atual assessor de política externa de Dilma Rousseff. Ele é um anti-ianque contumaz, pior até do que Dirceu, porque ele é mais inteligente e foi mais bem treinado. Ele fará tudo o que puder para despistar os Estados Unidos.
“Para o Itamaraty – um ministério de relações exteriores reconhecido pela qualidade dos seus diplomatas, geralmente poliglotas e bem educados –, a Carta Democrática assinada em Lima em 2001 é só um pedaço de papel sem importância alguma. O governo simplesmente ignora as fraudes eleitorais cometidas na Venezuela e na Nicarágua e é totalmente indiferente a qualquer abuso contra a liberdade de imprensa.
“Mas isso não é tudo. Há outras duas questões que fazem os Estados Unidos quererem ser informados em relação a tudo o que acontece no Brasil, pois, de uma forma ou de outra, elas afetam a segurança dos Estados Unidos: corrupção e drogas.
O Brasil é um país notoriamente corrupto e essas péssimas práticas afetam as leis dos Estados Unidos de duas maneiras: quando os brasileiros utilizam o sistema financeiro americano e quando eles competem de forma desleal com empresas dos EUA, recorrendo a subornos ou comissões ilegais.
“A questão das drogas é diferente. A produção de coca boliviana quintuplicou desde que Evo Morales se tornou presidente, e o distribuidor dessa substância é o Brasil. Quase tudo acaba na Europa, e os nossos aliados estão querendo informações. Essas informações, às vezes, estão nas mãos de políticos brasileiros.”
Minhas duas perguntas finais são inevitáveis. Washington apoiará a candidatura do Brasil a membro permanente no Conselho de Segurança da ONU?
“Se você perguntar para mim, não”, diz ele. “Nós já temos dois adversários permanentes: Rússia e China. Não precisamos de um terceiro.”
Para finalizar, os Estados Unidos continuarão espionando o Brasil?
“Com certeza”, ele me diz. “É nossa responsabilidade para com a sociedade americana.”
Acho que Dona Dilma deveria trocar seu e-mail com frequência.

Em 1990, ou melhor, em 1980, a esquerda latino-americana não acreditava que fosse possível chegar ao poder pela via da disputa democrática e sobretudo pela via eleitoral. (…) E a história se encarregou de provar que a democracia exercida a partir da participação de massas pode ser a melhor fonte para que a esquerda chegue ao poder em qualquer país do mundo. Vamos ver a experiência do companheiro Chávez (…). É importante lembrar que uma grande parte da elite da Venezuela não admite a chegada de Chávez ao poder (…), como não aceitam o Lula no Brasil e a Dilma no Brasil… E nós chegamos e eu quero, companheiro da direção do Foro de São Paulo, debitar parte da chegada da esquerda ao poder da América Latina pela existência dessacosita chamada Foro de São Paulo. Foi aqui e devemos muito aos companheiros cubanos, devemos muito aos companheiros cubanos, porque, ao contrário do que muita gente conservadora pensa, os companheiros cubanos sempre, sempre nos ensinaram que o exercício da tolerância entre nós, a convivência pacífica na adversidade entre nós, a convivência entre os vários setores de esquerda era a única possibilidade que permitia que nós tivéssemos avanço aqui nesse continente. E isso aconteceu e pode acontecer muito mais, porque agora nós temos a obrigação de não permitir que haja nenhum retrocesso nas conquistas que nós obtivemos até agora. Nenhum retrocesso!
A propósito: os “companheiros cubanos”, segundo Lula, sempre ensinaram o “exercício da tolerância” e da “convivência pacífica” entre os vários setores DA ESQUERDA, é claro. Porque, na Cuba de Fidel e Raúl Castro, a “tolerância” e o “pacifismo” com os opositores políticos sempre foram exercidos com prisões e fuzilamentos mesmo.
XIII.
CINCO CRIMES DO FORO DE SÃO PAULO
8 de agosto de 2013 às 10:16
Por Olavo de Carvalho
1) Deu abrigo e proteção política a organizações terroristas e a quadrilhas de narcotraficantes e seqüestradores que nesse ínterim espalharam o vício, o sofrimento e a morte por todo o continente, fazendo mesmo do Brasil o país onde mais cresce o consumo de drogas na América Latina.
2) Ao associar entidades criminosas a partidos legais na busca de vantagens comuns, transformou estes últimos em parceiros do crime, institucionalizando a ilegalidade como rotina normal da vida política em dezenas de nações.
3) Burlou todas as constituições dos seus países-membros, convidando cada um de seus governantes a interferir despudoradamente na política interna das nações vizinhas, e provendo os meios para que o fizessem “sem que ninguém o percebesse”, como confessou o sr. Lula, e sem jamais ter de prestar satisfações por isso aos seus respectivos eleitorados.
4) Ocultou sua existência e a natureza das suas atividades durante dezesseis anos, enquanto fazia e desfazia governos e determinava desde cima o destino de nações e povos inteiros sem lhes dar a mínima satisfação ou explicação, rebaixando assim toda a política continental à condição de uma negociação secreta entre grupos interessados e transformando a democracia numa fachada enganosa.
5) Gastou dinheiro a rodo em viagens e hospedagens para muitos milhares de pessoas, durante vinte e três anos, sem jamais informar, seja ao povo brasileiro, seja aos povos das nações vizinhas, nem a fonte do financiamento nem os critérios da sua aplicação. Até hoje não se sabe quanto das despesas foi pago por organizações criminosas, quanto foi desviado dos vários governos, quanto veio de fortunas internacionais ou de outras fontes. Nunca se viu uma nota fiscal, uma ordem de serviço, uma prestação de contas, um simulacro sequer de contabilidade. A coisa tem a transparência de um muro de chumbo.
XIV.
EX-EMBAIXADOR AMERICANO SOBRE A NECESSIDADE DE ESPIONAR O BRASIL: “BASTA LER AS ATAS DO FORO”
Segue abaixo o texto que traduzi na ocasião. A respeito dele, Olavo de Carvalho comentou: “Como é que uma entidade que nem mesmo existe, ou que é apenas um inocente clube de debates, pode criar uma crise diplomática de dimensões mastodônticas? TODOS os que ocultaram ou disfarçaram durante quase duas décadas a existência do Foro de São Paulo são culpados de que ISTO esteja acontecendo agora.”
POR QUE NÓS ESPIONAMOS O BRASIL
Tradução de Felipe Moura Brasil da coluna de Carlos Alberto Montaner, publicada no Miami Herald de 25 de setembro de 2013.
A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, cancelou sua visita ao presidente Obama. Ela se sentiu ofendida porque os Estados Unidos estavam espionando seu e-mail. Não se faz isso com um país amigo. A informação, provavelmente confiável, foi fornecida por Edward Snowden de seu refúgio em Moscou.
Intrigado, perguntei a um ex-embaixador dos EUA: “Por que eles fizeram isso?” Sua explicação foi duramente franca:
“Do ponto de vista de Washington, o governo brasileiro não é exatamente amigável. Por definição e historicamente, o Brasil é um país amigo que ficou do nosso lado durante a II Guerra Mundial e a da Coreia, mas seu governo atual não está.”
O embaixador e eu somos velhos amigos. “Posso revelar seu nome?”, perguntei. “Não”, respondeu ele. “Isso criaria um problema enorme para mim. Mas você pode transcrever nossa conversa.” É o que farei aqui.
“Tudo que você tem de fazer é ler as atas do Foro de São Paulo e observar a conduta do governo brasileiro”, disse ele. “Os amigos de Luiz Inácio Lula da Silva, de Dilma Rousseff e do Partido dos Trabalhadores são os inimigos dos Estados Unidos: a Venezuela chavista, primeiro com (Hugo) Chávez e agora com (Nicolás) Maduro; a Cuba de Raúl Castro; o Irã; a Bolívia de Evo Morales; a Líbia dos tempos de Kadafi; a Síria de Bashar Assad.
“Em quase todos os conflitos, o governo brasileiro concorda com as linhas políticas da Rússia e da China, em oposição à perspectiva do Departamento de Estado dos EUA e da Casa Branca. A família ideológica com que mais se parece é a dos BRICS, com os quais tenta conciliar sua política externa. [Os BRICS são Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.]
“A imensa nação sul-americana não tem nem manifesta a menor vontade de defender os princípios democráticos que são sistematicamente violados em Cuba. Pelo contrário, o ex-presidente Lula da Silva muitas vezes leva investidores à ilha para fortalecer a ditadura dos Castros. O dinheiro investido pelos brasileiros no desenvolvimento do superporto de Mariel, próximo a Havana, é estimado em US$ 1 bilhão.
A influência cubana no Brasil é velada, mas muito intensa. José Dirceu, ex-chefe de gabinete e ministro mais influente de Lula da Silva, havia sido um agente dos serviços de inteligência cubanos. No exílio em Cuba, ele tivera o rosto cirurgicamente alterado. Ele retornou ao Brasil com uma nova identidade (Carlos Henrique Gouveia de Mello, um comerciante judeu) e ficou nessa função até que a democracia foi restaurada. De mãos dadas com Lula, ele colocou o Brasil entre os principais colaboradores da ditadura cubana. Ele caiu em desgraça porque era corrupto, mas nunca recuou um centímetro de suas preferências ideológicas e de sua cumplicidade com Havana.
“Algo semelhante está acontecendo com o professor Marco Aurélio Garcia, atual assessor de política externa de Dilma Rousseff. Ele é um anti-ianque contumaz, pior até do que Dirceu, porque ele é mais inteligente e foi mais bem treinado. Ele fará tudo o que puder para despistar os Estados Unidos.
“Para o Itamaraty – um ministério de relações exteriores reconhecido pela qualidade dos seus diplomatas, geralmente poliglotas e bem educados –, a Carta Democrática assinada em Lima em 2001 é só um pedaço de papel sem importância alguma. O governo simplesmente ignora as fraudes eleitorais cometidas na Venezuela e na Nicarágua e é totalmente indiferente a qualquer abuso contra a liberdade de imprensa.
“Mas isso não é tudo. Há outras duas questões que fazem os Estados Unidos quererem ser informados em relação a tudo o que acontece no Brasil, pois, de uma forma ou de outra, elas afetam a segurança dos Estados Unidos: corrupção e drogas.
O Brasil é um país notoriamente corrupto e essas péssimas práticas afetam as leis dos Estados Unidos de duas maneiras: quando os brasileiros utilizam o sistema financeiro americano e quando eles competem de forma desleal com empresas dos EUA, recorrendo a subornos ou comissões ilegais.
“A questão das drogas é diferente. A produção de coca boliviana quintuplicou desde que Evo Morales se tornou presidente, e o distribuidor dessa substância é o Brasil. Quase tudo acaba na Europa, e os nossos aliados estão querendo informações. Essas informações, às vezes, estão nas mãos de políticos brasileiros.”
Minhas duas perguntas finais são inevitáveis. Washington apoiará a candidatura do Brasil a membro permanente no Conselho de Segurança da ONU?
“Se você perguntar para mim, não”, diz ele. “Nós já temos dois adversários permanentes: Rússia e China. Não precisamos de um terceiro.”
Para finalizar, os Estados Unidos continuarão espionando o Brasil?
“Com certeza”, ele me diz. “É nossa responsabilidade para com a sociedade americana.”
Acho que Dona Dilma deveria trocar seu e-mail com frequência.