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quarta-feira, 24 de setembro de 2014

"A VERDADE É CRISTALINA, MAS NÃO INTERESSA AOS INTERERSSADOS" JCN

Há uma máxima em informática que diz que quando um sistema depende exclusivamente da palavra de quem o controla, ele é intrinsecamente inseguro.

 Só o TSE garante que as urnas brasileiras são 100% seguras, mais ninguém. 

Para os críticos do voto eletrônico, o TSE escancarou as portas para novas e sofisticadas fraudes que põem em risco a própria democracia - já que elas são muito mais graves do que as tradicionais. Os controles que a sociedade dispunha no sistema anterior, que envolviam milhares de pessoas, foram todos desativados. 

Em palestra no Instituto Tecnológico da Aeronáutica (CTA), Amílcar Brunazo Filho advertiu "Alguns entendem que o voto eletrônico brasileiro seja sinal de pujança e desenvolvimento da tecnologia da informática, mas a prudência e o bom senso recomendam que este tema seja pensado com maior cuidado e profundidade".

 Trocou-se a segurança do processo eleitoral anterior pela velocidade e a rapidez da proclamação dos resultados. Sem dúvida alguma um retrocesso levando-se em conta que uma das bandeiras da Revolução de 30 foi exatamente a moralização dos costumes políticos brasileiros e o fim das fraudes eleitorais tão comuns na República Velha. Para Brunazo os procedimentos de segurança são essenciais "Chegou a hora de o Brasil discutir a segurança do voto eletrônico, sob pena de deixarmos para nossos filhos um arremedo de democracia onde o eleitor jamais saberá em quem votou e a oposição jamais terá condições de conferir votos".

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Adendo:  reservativa.blogspot.com

Osvaldo Maneschy

JornalistaRio de Janeiro, 8 de junho de 2001
Este é o artigo citado pelo Ex-presidente e Senador José Sarney
em seu discurso no Senado em 20/03/2002
quando denunciou a interferência da ABIN no processo eleitoral e
sugeriu a fiscalização das eleições por observadores internacionais

http://www.brunazo.eng.br/voto-e/textos/maneschy2.htm