“Medo do Mundial no Brasil”, escreve em sua manchete a revista. A cinco meses do pontapé inicial da Copa, o Brasil está longe de ser o lugar ideal imaginado pela Fifa para organizar a maior festa do futebol que, segundo a France Football, “se tornou uma fonte de angústia”.
Ilustrada com uma foto do acidente com a cobertura do Itaquerão em São Paulo no mês de novembro, a revista diz, em seis páginas, que os atrasos na entrega dos estádios, a alta vertiginosa dos preços, o risco de manifestações gigantescas e até as diferenças de clima entre as regiões fazem do Mundial uma preocupação para a Fifa a 140 dias da abertura da Copa.
A revista pondera o entusiasmo com a possibilidade de o Brasil conquistar em casa um inédito 6° título de campeão mundial. “A realidade já revelou o lado obscuro e menos glamuroso deste desafio”, escreve a France Football.
A revista revela que a organização do evento expõe duas faces diferentes: por uma lado, as exigências da Fifa, “às vezes desmedidas, normalmente inadequadas”, e, por outro, um país de crescimento econômico fraco, com problemas políticos, corrupção e uma alta de preços considera insuportável.
Como comparação, a publicação lembra que o Brasil investiu para construir ou renovar 12 estádios e com outras obras da Copa mais de 11 bilhões de euros, enquanto o orçamento do governo para a educação no país em 2013 foi de 12,8 bilhões.
Até o super-heroi Batman, personagem presente em diversos protestos e que se tornou símbolo da contestação social, parece ser impotente diante de tantos problemas, ironiza a France Football. Entre os desafios estão a aceleração para entrega dos estádios que faltam, limitar a ira dos brasileiros e até contornar as dificuldades que surgirão com as temperaturas diversas entre as regiões durante o Mundial.
A revista lembra as recentes declarações do presidente da Fifa, Joseph Blatter, de que nunca um país esteve tão atrasado na preparação de uma Copa do Mundo, e do secretário-geral, Jérôme Valcke, admitindo que a competição vai ser realizada sem infraestruturas totalmente instaladas e testadas.
Segundo a revista, o ritmo imposto na corrida contra o tempo para as obras já deixaram 4 vítimas fatais, em referência aos acidentes com as Arenas de Brasília, Manaus e São Paulo. Em sua reportagem, France Football estima que os compromissos entre governos locais e empreiteiras que se beneficiaram dos atrasos para cobrar preços exorbitantes foi extremamente prejudicial para o contribuinte brasileiro. “Os doze estádios foram financiados pelo Estado embora o compromisso tenha sido com fundos privados”, escreve a France Football.
“Latas de tinta”
Em relação a obras de infraestrutura, a revista afirma que os 600 mil turistas esperados no Brasil durante a Copa deverão transitar por aeroportos com “latas de tinta e andaimes pelos corredores” nos terminais, em referência aos atrasos nas principais portas de entrada para as cidades escolhidas como sedes da competição. Em Curitiba, cita a reportagem, o canteiro de obras não avançou 20% do que estava previsto.
Para a revista, não apenas os brasileiros que protestam nas ruas têm motivos para reclamar. Até os próximos jogadores que criaram o movimento "Bom Senso Futebol Clube" também saíram a campo para defender seus interesses, como um calendário de jogos menos carregado.
Sobre as diferenças de clima durante a Copa, France Football explica a seus leitores que mesmo sendo disputado no período de inverno, algumas cidades como Manaus e Recife preocupam pelo calor excessivo. Segundo a revista, as condições climáticas podem afetar a saúde dos jogadores e atrapalhar sua recuperação entre os jogos.
Confiança demais
Em entrevista concedida à revista, o presidente da Fifa confessa que a entidade possa ter tido uma confiança excessiva no Brasil para organizar o maior evento do futebol mundial. Blatter voltou a reafirmar que nunca um país teve tanto tempo, 7 anos, para realizar uma Copa e garantiu que a presidente Dilma Roussef prometeu a ele provar que “o país estará pronto”.
Durante a entrevista o presidente da Fifa afirmou que “o orgulho não deve fazer esquecer os compromissos do governo com as obras de infraestrutura”.
Ilustrada com uma foto do acidente com a cobertura do Itaquerão em São Paulo no mês de novembro, a revista diz, em seis páginas, que os atrasos na entrega dos estádios, a alta vertiginosa dos preços, o risco de manifestações gigantescas e até as diferenças de clima entre as regiões fazem do Mundial uma preocupação para a Fifa a 140 dias da abertura da Copa.
A revista pondera o entusiasmo com a possibilidade de o Brasil conquistar em casa um inédito 6° título de campeão mundial. “A realidade já revelou o lado obscuro e menos glamuroso deste desafio”, escreve a France Football.
A revista revela que a organização do evento expõe duas faces diferentes: por uma lado, as exigências da Fifa, “às vezes desmedidas, normalmente inadequadas”, e, por outro, um país de crescimento econômico fraco, com problemas políticos, corrupção e uma alta de preços considera insuportável.
Como comparação, a publicação lembra que o Brasil investiu para construir ou renovar 12 estádios e com outras obras da Copa mais de 11 bilhões de euros, enquanto o orçamento do governo para a educação no país em 2013 foi de 12,8 bilhões.
Até o super-heroi Batman, personagem presente em diversos protestos e que se tornou símbolo da contestação social, parece ser impotente diante de tantos problemas, ironiza a France Football. Entre os desafios estão a aceleração para entrega dos estádios que faltam, limitar a ira dos brasileiros e até contornar as dificuldades que surgirão com as temperaturas diversas entre as regiões durante o Mundial.
A revista lembra as recentes declarações do presidente da Fifa, Joseph Blatter, de que nunca um país esteve tão atrasado na preparação de uma Copa do Mundo, e do secretário-geral, Jérôme Valcke, admitindo que a competição vai ser realizada sem infraestruturas totalmente instaladas e testadas.
Segundo a revista, o ritmo imposto na corrida contra o tempo para as obras já deixaram 4 vítimas fatais, em referência aos acidentes com as Arenas de Brasília, Manaus e São Paulo. Em sua reportagem, France Football estima que os compromissos entre governos locais e empreiteiras que se beneficiaram dos atrasos para cobrar preços exorbitantes foi extremamente prejudicial para o contribuinte brasileiro. “Os doze estádios foram financiados pelo Estado embora o compromisso tenha sido com fundos privados”, escreve a France Football.
“Latas de tinta”
Em relação a obras de infraestrutura, a revista afirma que os 600 mil turistas esperados no Brasil durante a Copa deverão transitar por aeroportos com “latas de tinta e andaimes pelos corredores” nos terminais, em referência aos atrasos nas principais portas de entrada para as cidades escolhidas como sedes da competição. Em Curitiba, cita a reportagem, o canteiro de obras não avançou 20% do que estava previsto.
Para a revista, não apenas os brasileiros que protestam nas ruas têm motivos para reclamar. Até os próximos jogadores que criaram o movimento "Bom Senso Futebol Clube" também saíram a campo para defender seus interesses, como um calendário de jogos menos carregado.
Sobre as diferenças de clima durante a Copa, France Football explica a seus leitores que mesmo sendo disputado no período de inverno, algumas cidades como Manaus e Recife preocupam pelo calor excessivo. Segundo a revista, as condições climáticas podem afetar a saúde dos jogadores e atrapalhar sua recuperação entre os jogos.
Confiança demais
Em entrevista concedida à revista, o presidente da Fifa confessa que a entidade possa ter tido uma confiança excessiva no Brasil para organizar o maior evento do futebol mundial. Blatter voltou a reafirmar que nunca um país teve tanto tempo, 7 anos, para realizar uma Copa e garantiu que a presidente Dilma Roussef prometeu a ele provar que “o país estará pronto”.
Durante a entrevista o presidente da Fifa afirmou que “o orgulho não deve fazer esquecer os compromissos do governo com as obras de infraestrutura”.