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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

¡Cubanos, go home

¡Cubanos, go home

Assustador – e premonitório para um país que, como o Brasil, começa a importar mão e obra cubana e a assinar acordos secretos com a ditadura dos Castro – este editorial de hoje de El Universal, jornal de maior circulação na Venezuela.
Transcrevo-o na íntegra, apontando em itálico meus esclarecimentos.
Um jornalista que trabalha para uma rede de televisão estrangeira assegurou, domingo, em um de seus despachos sobre a Venezuela que havia partido de Havana um contingente de “fuzileiros” treinados para enfrentar motins e reprimir manifestações, especialidade na qual têm dado mostras de grandes eficácia e crueldade.
Não se pôde confirmar, apesar de numerosas tentativas, a veracidade da informação, mas nada haveria de estranho que a ditadura dos irmãos Castro trabalhasse com a hipótese de intervir diretamente neste país para salvaguardar seus interesses que, está claro, são muitos e muito importantes, pois deles depende, na prática, a sobrevivência do repressivo regime caribenho.
Absolutamente ninguém, exceto os que subscreveram o segredo, conhece os termos do convênio de cooperação cubano-venezuelano. No entanto, quem investigou seus alcances opina que o acordo prevê o pagamento de 90 mil dólares por ano a cada um dos mais de 50 mil invasores chegados, até 2012, da economicamente extenuada e militarmente bem equipada ilha antilhana.
Os números correspondem ao ano de 2012, mas extraoficialmente se aceita que a presença cubana hoje pode ser contabilizada em 100 mil almas.
Por outro lado, investigações sérias e bem documentadas expuseram as condições vergonhosas do tratado que, em virtude de um conceito irresponsável de solidariedade concebido por Hugo Chávez, converteu Cuba em país exportador de petróleo sem que produza uma gota do precioso hidrocarboneto. Também estimam em mais de 5 bilhões de dólares a dívida petrolífera do regime insular com nosso país.
Na Venezuela há cubanos até na sopa. Sua intromissão foi detectada, denunciada e repudiada naForça Armada Nacional Bolivariana. Em mãos cubanas, mais precisamente nas do G2 (serviço secreto), está a educação dos venezuelanos, assim como a emissão de passaportes, a gestão dos registros e os cartórios, o que permite a Havana intrometer-se em assuntos que deveriam ser de absoluta responsabilidade da República.
Da mesma forma, controlam os portos e aeroportos, que por razões estratégicas e de segurança nacional corresponde a nosso país administrá-los, mas que foram graciosamente concedidos a empresas cubanas que controlam o fluxo de nossas importações e exportações.
Não escapam a esta situação os ministérios de Alimentação, de Ciências, o de Comunidades, o de Saúde, o de Esportes, o Ministério da Defesa e o Gabinete da Presidência, a corporação Casa (equivalente à Conab brasileira) e o Inces (Instituto Nacional de Capacitação e Educação Socialista). Meio país e algo mais entregues a pernas abertas pelo PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela, do governo) a estrangeiros que, no fundo, não são mais que funcionários a serviço de outro governo.
Assim, o que começou com uma grande missão de saúde terminou em uma invasão que, com a anuência do comandante eterno, foi meticulosamente planejada pelo governo castrocomunista para usufruir, não de uma praia de desembarque para suas tropas, mas de um protetorado ao estilo colonial, a cujo governo domesticado pudesse ordenar procedimentos em função de suas necessidades internas, sem se importar com o que dirão dos venezuelanos.
O descaramento chegou ao cúmulo quando nos foi enviado o comandante cubano Ramiro Valdez (apelidado de “poncheira de sangue”) para ajudar a resolver a crise energética. Agora, quando se começou a investir cruelmente contra manifestantes pacíficos, fica claro que aquela visita foi para determinar novas estratégias de repressão.
E como Maduro perde credibilidade, teme-se que seja verdadeira a presença desses fuzileiros invisíveis enviados por Cuba e que logo descarregarão suas munições sobre críticos indefesos do regime. É o momento de gritar: cubanos, go home!
Conferir em
http://www.el-nacional.com/opinion/editorial/Cubanos-go-home_19_357754222.html

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Assustador – e premonitório para um país que, como o Brasil, começa a importar mão e obra cubana e a assinar acordos secretos com a ditadura dos Castro – este editorial de hoje de El Universal, jornal de maior circulação na Venezuela.
Transcrevo-o na íntegra, apontando em itálico meus esclarecimentos.
Um jornalista que trabalha para uma rede de televisão estrangeira assegurou, domingo, em um de seus despachos sobre a Venezuela que havia partido de Havana um contingente de “fuzileiros” treinados para enfrentar motins e reprimir manifestações, especialidade na qual têm dado mostras de grandes eficácia e crueldade.
Não se pôde confirmar, apesar de numerosas tentativas, a veracidade da informação, mas nada haveria de estranho que a ditadura dos irmãos Castro trabalhasse com a hipótese de intervir diretamente neste país para salvaguardar seus interesses que, está claro, são muitos e muito importantes, pois deles depende, na prática, a sobrevivência do repressivo regime caribenho.
Absolutamente ninguém, exceto os que subscreveram o segredo, conhece os termos do convênio de cooperação cubano-venezuelano. No entanto, quem investigou seus alcances opina que o acordo prevê o pagamento de 90 mil dólares por ano a cada um dos mais de 50 mil invasores chegados, até 2012, da economicamente extenuada e militarmente bem equipada ilha antilhana.
Os números correspondem ao ano de 2012, mas extraoficialmente se aceita que a presença cubana hoje pode ser contabilizada em 100 mil almas.
Por outro lado, investigações sérias e bem documentadas expuseram as condições vergonhosas do tratado que, em virtude de um conceito irresponsável de solidariedade concebido por Hugo Chávez, converteu Cuba em país exportador de petróleo sem que produza uma gota do precioso hidrocarboneto. Também estimam em mais de 5 bilhões de dólares a dívida petrolífera do regime insular com nosso país.
Na Venezuela há cubanos até na sopa. Sua intromissão foi detectada, denunciada e repudiada naForça Armada Nacional Bolivariana. Em mãos cubanas, mais precisamente nas do G2 (serviço secreto), está a educação dos venezuelanos, assim como a emissão de passaportes, a gestão dos registros e os cartórios, o que permite a Havana intrometer-se em assuntos que deveriam ser de absoluta responsabilidade da República.
Da mesma forma, controlam os portos e aeroportos, que por razões estratégicas e de segurança nacional corresponde a nosso país administrá-los, mas que foram graciosamente concedidos a empresas cubanas que controlam o fluxo de nossas importações e exportações.
Não escapam a esta situação os ministérios de Alimentação, de Ciências, o de Comunidades, o de Saúde, o de Esportes, o Ministério da Defesa e o Gabinete da Presidência, a corporação Casa (equivalente à Conab brasileira) e o Inces (Instituto Nacional de Capacitação e Educação Socialista). Meio país e algo mais entregues a pernas abertas pelo PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela, do governo) a estrangeiros que, no fundo, não são mais que funcionários a serviço de outro governo.
Assim, o que começou com uma grande missão de saúde terminou em uma invasão que, com a anuência do comandante eterno, foi meticulosamente planejada pelo governo castrocomunista para usufruir, não de uma praia de desembarque para suas tropas, mas de um protetorado ao estilo colonial, a cujo governo domesticado pudesse ordenar procedimentos em função de suas necessidades internas, sem se importar com o que dirão dos venezuelanos.
O descaramento chegou ao cúmulo quando nos foi enviado o comandante cubano Ramiro Valdez (apelidado de “poncheira de sangue”) para ajudar a resolver a crise energética. Agora, quando se começou a investir cruelmente contra manifestantes pacíficos, fica claro que aquela visita foi para determinar novas estratégias de repressão.
E como Maduro perde credibilidade, teme-se que seja verdadeira a presença desses fuzileiros invisíveis enviados por Cuba e que logo descarregarão suas munições sobre críticos indefesos do regime. É o momento de gritar: cubanos, go home!
Conferir em
http://www.el-nacional.com/opinion/editorial/Cubanos-go-home_19_357754222.html