Rotina esquerdista: As guerras norte-americanas são moralmente iguais aos genocídios da Rússia e da China
Em um debate onde apontamos os genocídios praticados pelos regimes marxistas, esquerdistas automaticamente saem com essa: “Mas as mortes do imperialismo norte-americano também são volumosas, como as mortes de índios, ou de iraquianos”.
Caso você não perceba o truque, a platéia poderá ser afetada pelo logro oriundo do outro lado, que é apenas um exemplo de absoluta falta de senso de proporções, tanto quanto uma baita falácia “red herring”, pois nem de longe as guerras contra outros povos são o assunto em discussão, mas sim o genocídio praticado por um governo contra seu próprio povo.
Vejamos a diferença: as guerras são uma constante da espécie humana, e não são exclusividade dos Estados Unidos. Assim como os Estados Unidos guerrearam com o Iraque, a Rússia guerreou contra o Afeganistão, e a Coréia do Norte guerreou contra a Coréia do Sul. Claro que estas guerras não são desejáveis, e é normal nos horrorizarmos com os crimes de guerra. Entretanto, uma das funções do estado é nos proteger de outras nações, inclusive em tempos de guerra. Quando nosso país ataca um outro, pode muito bem estar exercendo sua função, que é a de nos proteger. (Se cada guerra é moralmente justificável, isso é outra história, mas fica difícil para o esquerdista dizer que as guerras iniciadas pelos Estados Unidos são injustificadas, enquanto que as iniciadas pela Rússia, China e Coréia do Norte não são)
Uma outra coisa completamente diferente é o estado, que tem a função de proteger seus cidadãos (que pagam impostos, os quais sustentam o estado), praticar um genocídio contra estes mesmos cidadãos.
Vamos a um exemplo. Suponha que um advogado, pago por você, consiga ganhar uma causa a seu favor. Obviamente, o outro lado que perdeu a ação pode não gostar, mas isso é outra discussão, a respeito do mérito da ação. Agora imagine o mesmo advogado, pago por você, ajudando o outro lado a ganhar a ação de você. Nota-se que temos atos moralmente muito diferentes.
Enfim, no caso dos genocídios marxistas e esquerdistas, temos ações praticadas por um governo contra seus próprios cidadãos. Pessoas que pouco antes pagavam impostos para sustentar esses estados. Não tivemos nada disso no caso da guerra dos Estados Unidos com o Iraque. (E também isso não se aplica aos conflitos de brancos e índios nos primórdios dos Estados Unidos, pois nem havia ali um estado estabelecido para regular a sociedade)
A dica é tratar o assunto como um método, e questionar o esquerdista da seguinte forma: “Você quer dizer que o ato de um estado matar seu próprio cidadão por questões políticas se enquadra no mesmo patamar de moralidade do que o ato deste estado matar soldados adversários em período de guerra?”
Se o esquerdista se empolgar e dizer “sim”, você pode dizer: “Então você é uma aberração ética e moral, e fazemos bem ao ficar longe de você”.
E a partir daí, basta explicar para a platéia, e não mais para ele, as diferenças entre o crime praticado pelo estado contra seu cidadão, e as ações de guerra contra outros estados. Até por que estamos, neste caso, tratando do risco do estado usar seu poder contra nós, o que é uma ameaça inerente a todo estado esquerdista que obteve sucesso na conquista do totalitarismo.