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segunda-feira, 27 de janeiro de 2014


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segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Como explicar?

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Paulo Roberto Gotaç

A Presidente Dilma, ao discursar em Davos, num estilo bem diferente daquele, arrogante, que, até recentemente, caracterizou a interação do país com os agentes econômicos internacionais, tentou vender, em foro mundial, com pouco sucesso, a imagem de um porto seguro para os investimentos que busca atrair para uma economia em declínio, com índices medíocres de crescimento. 

Fruto de uma política externa equivocada, com viés ideológico ultrapassado, que vem sendo praticada pelo governo petista, o Brasil se inclinou, ao longo da última década, na direção de parceiros e alianças, como o decadente Mercosul, que pouco têm a oferecer no sentido de consolidar uma posição confiável no cenário global. 

Constatado o erro, a Presidente, como que implora, na Suíça, até de maneira constrangedora, a volta dos investidores, afim de concretizar projetos relacionados, entre outros setores, com a  infraestrutura e a produtividade, que o país necessita desesperadamente para destravar o desenvolvimento. 

Aliado a esse cenário, pairam preocupações ligadas à precariedade dos serviços de saúde pública que vêm penalizando de maneira cruel a população, à segurança que não está sendo garantida ao cidadão de maneira satisfatória pelo estado, ao transporte público de qualidade vergonhosa e à ineficiente gestão da educação, só algumas das mazelas, tudo desaguando em manifestações populares, nem sempre pacíficas, e que colocam os cardeais da FIFA e os políticos encarregados de organizar o megaevento esportivo, em estado de atenção, no que diz respeito à sua realização, um dos produtos vendidos por Dilma em Davos. 

Antes que esse vulcão entre em erupção, é de todo aconselhável tentar explicar à sociedade brasileira, e ela merece uma satisfação convincente, o fato de que a nossa presidente se dirigirá, após o encontro na Europa, a Cuba, para lá inaugurar um porto, revitalizado graças a investimentos, 71% dos quais bancados pelo nosso BNDES, com a promessa de futuras inversões naquele "paraíso" dos direitos humanos, com dinheiro do povo  daqui. 


Paulo Roberto Gotaç é Capitão de Mar e Guerra, reformado.