Por Paulo Roberto Gotaç
Na sua edição de fevereiro de 2013, a revista britânica The Economist assinalou que os políticos brasileiros bem poderiam ser considerados zumbis, designação atribuída a criaturas mortas, e que, reanimadas, vivem a perambular, agindo de forma estranha e instintiva, apavorando e iludindo os seres normais.
O exemplo então citado pelo periódico inglês para justificar o rótulo, foi o presidente do Senado, Renan Calheiros, símbolo emblemático de homem público que, engalfinhado com casos de corrupção, detém e exerce enorme parcela de poder. Ou seja; uma criatura que, durante algum tempo, espertamente embalsamada para se livrar da maldição temporária dos vivos, ressuscitou e reapareceu, ágil e atento, perturbando uma sociedade impotente para mudar o panorama vigente, por possuir como única arma um viciado sistema eleitoral, arquitetado por notáveis zumbis, ao longo de décadas de atuação.
Apesar de didaticamente exemplar a atuação do nosso Senador para configurar a existência entre nós dessas apavorantes criaturas, é sabido que a nossa classe política está cheia deles, prontos, por exemplo, a requisitar e utilizar jatinhos oficiais de forma irregular e, após flagrados, virem a público, com expressão angelical (os zumbis se transfiguram!), declarando-se dispostos a consultar a FAB para saber se erraram, prontificando-se a ressarci-la, como se fosse companhia aérea. E se não fossem flagrados?
Creditos
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net