Dia do Soldado
Coronel Paulo Paiva contesta teor da mensagem da
Ordem do Dia "25 de Agosto", distribuída pelo comandante do Exército, General
Enzo Peri.
05/09/2013 foto:
General-de-Exército Enzo Martins Peri
«A Instituição será maculada, violentada e
conspurcada diante da leniência de todos aqueles que não pensam, não questionam,
não se importam, não se manifestam»
General de Brigada Reformado Marco
Antonio Felício da Silva
EMP: Soldados do Exército Brasileiro!
Hoje, 25 de agosto, o Exército Brasileiro celebra o Dia do Soldado e
homenageia seu Patrono, LUÍS ALVES DE LIMA E SILVA, o Duque de Caxias. CAXIAS é
uma referência permanente de legalidade, perseverança, generosidade, amor à
Pátria, solidariedade e disciplina; uma imagem de intransigência com o erro; uma
síntese de virtudes e valores que dão alma e fortaleza ao Exército.
PRRP: Tudo que se proclame de bom, referente ao duque, não é demais pelo
que o maior herói do País fez pela nacionalidade. Caxias, por certo, deve ter
ficado grato por este reconhecimento pelo Exército que ele, muito mais que
comandou, liderou nas questões internas e externas que pontilharam durante o
tempo de glória vivido pelo Brasil à época do II Império. Que se diga, sua
imagem de referência de legalidade, disciplina e de intransigência com o erro
sempre foi ancorada na franqueza e na coragem moral, reconhecendo a
responsabilidade que, como comandante do Exército Imperial, deveria ter na
formação do processo político.
EMP: CAXIAS, o Pacificador, legou-nos o
jeito conciliador nas negociações, o convencimento para desarmar espíritos
conturbados, a capacidade de conviver com diferenças, a perseverança perante as
dificuldades, o espírito de cumprimento de missão e uma fé inabalável na
vitória.
PRRP: Estas habilidades/qualidades são tão ou mais apreciáveis,
posto que, em sua justa medida, no duque, jamais preponderariam em questões que
envolvessem profundos princípios como -dever, honra e pátria-, impeditivos da
subserviência a outros compromissos. O General George C. Marshall, que sabia da
dificuldade em se obter profissionais deste padrão, capazes de expor a carreira
e talvez uma comissão completamente, desde que em prol destes dogmas basilares,
chegava a dizer que «qualquer oficial verdadeiramente capaz de dar sua vida por
seu país necessita também estar pronto a renunciar a sua carreira».
EMP:
De CAXIAS herdamos, também, o exemplo de dedicação integral ao serviço da Pátria
e de defesa de sua unidade e integridade territorial. Legou-nos, ainda, a
coragem de manter esse compromisso até mesmo com o sacrifício supremo da vida,
tendo a Bandeira do Brasil como mortalha e a honra como chama inapagável a
crepitar sobre nosso túmulo.
PRRP: Ninguém duvida da indignação do duque
frente ao descaso com que a governança e a politicalha estão encarando seu
legado de manutenção das nossas unidade e integridade territoriais, agora
tiranicamente ameaçadas pelo separatismo indígena, viabilizado pelo ministro das
relações exteriores da «era Lula». Porém, autoconfiante, o ínclito condestável,
embora tenha nos deixado a coragem, seu legado não a dramatiza com supremo
sacrifício de vidas, com a bandeira como mortalha e com honras fúnebres, mas,
sim com a chama da vitória a iluminar as condecorações em nossos filhos e netos
fardados. Apostaria mesmo em nosso Patrono dizendo: - «Não vislumbro o heroísmo
sem volta para nossos soldados. Quero muito mais do que isto, que sejam temidos,
respeitados pelo inimigo e, se necessário, vencedores, restando muito mais vivos
do que mortos.» Perigo! 1935! Nossa Força está alojando cubanos!
EMP:
Por tudo isso, a sociedade confia no seu Exército, pelos seus valores éticos e
morais, pela prontidão dos seus integrantes, mais do que pela sua capacidade
dissuasória como força armada. O BRASIL, que cresce a olhos vistos, impõe que
essa confiança seja ainda mais balanceada.
PRRP: Teria real valia tão
somente a confiança da sociedade, pelos valores étnicos e morais e pela
prontidão de seus guerreiros, tudo isto sem capacidade dissuasória? A missão
constitucional principal da Força Terrestre é zelar pela defesa da Pátria. Só
depois se considera a garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa
destes, da lei e da ordem. Alerta! Hoje, o EB não está em condições de cumprir a
sua missão mais importante frente aos grandes predadores militares, que não
estão nem aí para a confiança da nossa sociedade nos valores étnicos e morais
dos militares, quiçá para a nossa prontidão do nada em cima do coisa nenhuma.
EMP: Acompanhamos a conjuntura. Vemos que o mundo atravessa séria crise
econômica de dimensão ainda indefinida. Isso afeta a todos. Soldado é homem da
adversidade, superamos dificuldades de toda natureza para nos manter preparados,
para cumprir as missões que nos são confiadas, que chegam a uma média diária de
mais de oitenta operações, do Haiti ao Complexo do Alemão.
PRRP: O
Pacificador do Império também endossaria o desempenho sem par do seu Exército
nestas operações de paz. Entretanto, por certo, se mostraria céptico quanto à
ínfima prioridade que se dá aos exercícios de nível brigada e divisão,
particularmente na Amazônia. Valorizar a «estratégia da resistência»! Por que
não fazê-lo de forma a justificar o sacrifício diuturno dos guerreiros de selva,
condenados a lutar não o «bom» mas, que se denuncie, o «mau combate» a que os
obrigaram os últimos presidentes e chanceleres, por força de crimes de lesa
pátria perpetrados contra a defesa nacional? Alerta! Cubanos mais Índios são
mistura incendiária!
EMP: Por tudo isso, também nesta data, rendo
homenagem a toda nossa gente verde-oliva pelo entusiasmo, pela capacidade de
superação, pela coesão e pela gestão austera. Prossigam no cumprimento da missão
– quer na solidão das fronteiras, superando o cansaço, o desconforto e as
endemias; quer nas outras centenas de guarnições articuladas por todo o
território nacional e no exterior – içando com orgulho nossa Bandeira,
adestrando-se e servindo!
PRRP: Nada mais justo e apropriado. Não é por
menos que os brasileiros reconhecem a abnegação sem fim do soldado da Pátria,
sua onipresença e prontidão inigualáveis em todos os quadrantes da terra
brasileira. Até agora o apartheid odiento das cotas ainda não os atingiu.
EMP: O nosso relacionamento profissional com os estamentos desta imensa
Nação e com os exércitos das Nações amigas tem sido franco e construtivo. Assim
seguimos avançando juntos, passo a passo. O Brasil, porém, avança ainda mais
rápido. E seu Exército precisa acompanhá-lo para proteger sua vanguarda, seus
flancos e sua retaguarda; e para servir de escudo ao seu desenvolvimento.
PRRP: Avançamos para onde? Para a revolução «gramcista»? Para um regime
«comunopetista»? Para uma diáspora territorial indigenista? Para um código de
valores imorais inspirado em Sodoma e Gomorra? As multidões estariam nas ruas
por nada? Nosso duque já teria assimilado o recado. O Exército não se omitiria
ante toda esta cizânia maligna que está a nos destruir, porém, que ninguém
duvide, o último esteio da nação está sendo ultrapassado, se já não foi!
EMP: A edição da Estratégia Nacional de Defesa colocou os assuntos de
defesa na agenda nacional e tem mostrado a clara determinação da Comandante
Suprema das Forças Armadas e do Ministério da Defesa de dotar as nossas Forças
com material situado na vanguarda tecnológica, preferencialmente produzido pela
indústria nacional. Isso permitirá ao Exército transformar-se na Força que o
País necessita, com estrutura modular baseada em capacidades, com elevada
mobilidade, flexibilidade e versatilidade; apto a deslocar-se prontamente para
atuar em diferentes cenários. Essas esperanças marcham à nossa frente.
PRRP: Determinação revanchista! O corte esse ano nos recursos para a
defesa nacional foi de R$ 4 bilhões 580 milhões no já contido orçamento do
Ministério da Defesa, deixando o Exército e as forças irmãs à míngua, repetindo
o menosprezo do governo FHC para com o soldado brasileiro. Isto sem falar no
titular da pasta que aceita o volume de recursos dedicados à Defesa, é de
pasmar, passe do ridículo 1,5% para 2% do Produto Interno Bruto (PIB), ainda num
prazo de dez anos. Que acinte! Valha-me Deus, quanto descaso senhor ministro.
EMP: Soldados brasileiros! Parabéns pelo seu trabalho constante,
silente, efetivo! Permaneçam atentos, preparados, vibrantes e coesos. A
sentinela nunca dorme; o Exército, sentinela da Pátria, muito menos.
PRRP: Sentinela desarmada! Seria o inimigo tão imbecil para atacar
somente quando os tais dez anos admitidos pelo senhor Celso Amorim tivessem
passado? Enfim, que Deus tenha piedade!
General-de-Exército ENZO
MARTINS PERI
Comandante do Exército
Enviada e comentada em 4 de
setembro de 2013 às 18:36 hs. por
Paulo Ricardo da Rocha Paiva
Coronel
de Infantaria e Estado-Maior
paulopaiva47@yahoo.com.br