RELATO DE UM COMBATENTE
“Nenhuma caçada se compara à
caça ao homem armado na selva."
Hemingway
Autor: Coronel Lício Maciel
O João Pedro, ou Jota Peter, como o chamávamos, já falecido, foi incorporado à minha equipe nos primeiros treinamentos, em 1968, em
O João Pedro, ou Jota Peter, como o chamávamos, já falecido, foi incorporado à minha equipe nos primeiros treinamentos, em 1968, em
Pagina — 147 – — Licio Maciel –
Brasília, e operou comigo desde a primeira missão. Ele era um
militar que amava a selva, as caçadas, a atuação isolada de pequenos grupos de
combate, não se intimidando com os pontos mais polêmicos. Conversava bem com o
matuto, servindo muitas vezes de verdadeiro intérprete. Era inteiramente afeito
à selva, combatente nato, atirador e caçador excepcional. De uma de suas
narrações, surgiu o apelido de Javali Solitário, que pegou prontamente. O João
Pedro tinha a impetuosidade de um javali e não era de muita conversa, como um
verdadeiro solitário.
E juntei o João Pedro a um outro grande e valoroso combatente
nato, o Cid, também desde a primeira missão. Um pelo outro, eu ficaria na
dúvida qual o melhor; na realidade, eles se completavam.
João Pedro,o “Javali Solitário”ou “Jota Peter”,e o Cid tomaram
parte em quase todas as missões que comandei, de dezembro de 1968 a outubro de
1973, com a última missão, de paz, em 1974, para “resgatar” a musa dos
pioneiros da “zona” de Araguaína.
Eles continuaram atuando na luta depois que fui momentaneamente
derrubado. Hoje, tenho a satisfação de trocar e-mails com a neta do Jota Peter,
já terminando a Universidade, além de manter sempre ligação com o Cid.
Houve um outro guerreiro muito eficiente, o Nazareno, que se
distinguiu nas ações, mas que foi designado para outro setor.
Cid, grande guerreiro, coragem, sangue frio; inteligente, leal e
de grande presença de espírito – de personalidade irrequieta, sempre muito bem
disposto, bem humorado, muito prático e objetivo, era também o incansável e
exímio motorista da equipe pela Belém-Brasília e Transamazônica. Tornou-se
muito bom atirador; divertia-se com os erros dos companheiros nos treinamentos
no stand de tiro, independentemente do posto. Despertou o gosto para as ações
difíceis, arriscadas e perigosas, já durante os percursos ao longo da
Belém-Brasília. Sua característica principal era o dinamismo; sempre em
atividade, observando tudo com clareza e sagacidade. Adaptou-se rapidamente aos
rigores das missões, principalmente na selva. Sua única deficiência: era um
fumante inveterado.
— 148 –
— Guerrilha do Araguaia —
Certa vez, ao reunir a patrulha na orla da mata para dar início
a uma missão que era prevista para ser prolongada, notei a mochila do Cid muito
certinha, quadradinha, por baixo da rede e da capa; fiquei desconfiado. Aí tem
coisa, pensei. Para não melindrá-lo, depois de feitas as recomendações e estudo
da missão, mais ou menos de praxe, dei ordem para abertura das mochilas,
inspeção antes da partida. Ele quis sair de forma, mas não deu; abertas as
mochilas, a dele só tinha pacotes de cigarro Hollywood.“Como é que você vai
enfrentar a selva só levando cigarro, cara?”. “Chefe, deixa comigo…”. Ele tinha
dividido o material com outro elemento da equipe, sendo que o fornecimento de
cigarro era por conta e responsabilidade dele. Carga inútil e perigosa na
selva. Entretanto, foi esse seu vício que evitou a emboscada preparada pelo
destacamento A, quando ele mandou parar para descansar (e fumar).
Não devo falar muito do Cid, ele é que tem de tomar a
iniciativa. E quando puder, vai relatar muita coisa interessante, importante e
eu o estarei aplaudindo, na certa.
Um dos nossos treinamentos mais intensivos era, naturalmente, o
tiro. Atirávamos com todas as armas portáteis, desde o revólver 38 ao lança
granada M-79 com granadas “ruturita”, alvo fixo e móvel, silhueta, etc.
Certa vez, fui providenciar mais munição e quando voltei ao
stand, encontrei o Cid atirando de 38 em latinhas de guaraná, vazias, seguradas
por outro elemento da equipe, em revezamento… quem errasse segurava pro outro…
O Cid, por suas grandes qualidades, será uma pessoa que sempre
guardarei na lembrança; e, por suas ações, sempre terá minha eterna gratidão.
De acordo com Curió, foram 16 militares mortos na guerrilha.
Outros escritores fornecem números diferentes.
Comentario:
Do Editor de RESERVATIVA
José Conegundes Nascimento
A tinta que descreve a guerrilha é sem dúvida permanente. A adrenalina
é o ópio e vicio dos heróis
40 anos lá se foram. Quantas vezes nos encontramos nos
cemitérios onde prestamos homenagens aos amigos que partem para sua última
morada.
O tempo se encarrega de apagar as pegadas da alma.
Duas coisas são permanentes, o ódio do inimigo, por ter sido
derrotado; o orgulho do soldado no
cumprimento de seu dever para com a Pátria.
Assim como o vento move as dunas, o tempo move as pessoas, a
equipe Javali Solitário (sardoso javali) não seria diferente. Ou seria?
Os jovens soldados que nela se revessavam, se foram, constituíram
famílias talvez, e hoje o que resta são lembranças.
Fim da guerra, início da paz e do crescimento do País.
NÃO
Apenas mudança
de hábito.
O leigo
em humanidades, o inimigo ressurge das urnas ( as não funerárias) e e investem
com novas armas, - a mentira. A mentira deslavada, a mentira contratada,
a mentira planejada e mentira da mídia subserviente a pecúnia, e até o parto
sem dor da comissão da mentira escrachada.
Os pais
e mães dos combatentes armados pelo
comunismo internacional, que se calaram, que incentivaram, que não se imputaram
com os risco que sabiam eles correriam, ressurgem com vestais de sofredores
cujas magoas, saudades e dores só se curam com vultuosas quantias, sangradas do
erário, visto que conseguiram com a “Justiça” condenar o Estado pelos seus infortúnios.
Sangram
o erário e não satisfeito querem sangrar também os que lutaram em cumprimento
de seus legítimos deveres de mantenedores da democracia com fulcro na Carta
Magna.
Fora da
SELVA , fora da instituição , numa reserva que certamente não será convocada ,
o que sobrou da equipe javali, se torna inoperante.
Também
não.
Remanescentes
da Equipe Javali, Coronel Lício Maciel “ Dr. Asdrúbal” e Tenente José
Conegundes Nascimento “ CID” , trazem a
público como promotores o ORVIL , LIVRO resultante
de um trabalho de dois anos de
reconstrução de documentos Oficiais transformando-os,
sem acréscimos ou subterfúgios em uma obra impar de valor histórico da luta das FFAA junto com
o povo na derrota das quatro “Tentativas de Tomadas do Poder” .
Lançado
inicialmente no Clube Militar do RJ com sucesso, segue agora para Brasília onde
terá seu lançamento na Associação dos Ex-Combatentes da FEB ,como homenagem dos
promotores. O evento se dará no dia 20 de Outubro, as 19.00 h na
Sede da Associação. Quadra Norte 913
Acesse
o link
www.ternuma.com.br e veja os próximos lançamentos e detalhes
da obra ORVIL
EM TEMPO: Os comunistas e Socialistas bolivarianos e Cubanos enaltecem em festas a figura do maior assassino da America Latrina Che Guevara o sangrento, após fuzilar milhares de cubanos, provou do próprio veneno, foi fuzilado em 8 out 1967.
Nós também festamos esse dia maravilhoso - já foi tarde, se fosse antes milhares teriam sido salvos.
Aguardamos ansiosamente o dia de festejar o início da decomposição do seu comparsa Fudel Castro.
CID