Cubano questiona a veracidade da imagem de Fidel Castro
da Livraria da Folha
Em "Fidel: O Tirano Mais Amado do Mundo", o cientista político cubano Humberto Fontova investiga como e por que a imagem de Fidel Castro passou a ser atrelada a um romantismo revolucionário, símbolo da luta pela igualdade no mundo, enquanto ordenava fuzilamentos de opositores ao seu regime.
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Fontova mira também em quem elogia Fidel Castro, como jornais, artistas e políticos |
Segundo Fontova, mais de 500 fuzilamentos foram registrados nos meses iniciais da revolução cubana. As celebridades politicamente corretas que defendem a política de Castro desconhecem a repressão aos habitantes da ilha.
Outro questionamento presente no livro é padrão de vida que o mundo atrela aos cubanos. O autor afirma que Cuba vive em situação pior que a do Haiti, tanto em qualidade quanto em contentamento com o governo.
De acordo com Fontova, a opressão da ditadura de Fulgencio Batista (1901-1973), deposto pela Revolução Cubana em 1959, não era fonte de tanto descontentamento como o governo atual. "Hoje mais de 20% da população de Cuba está nos Estados Unidos e os outros 80% --excluindo é claro os privilegiados membros de La Revolución-- sonha em fugir de lá".
Fontova, autor "O Verdadeiro Che Guevara e os Idiotas Úteis que o Idolatram", fugiu de Cuba em 1961. Atualmente mora nos Estados Unidos e escreve contra as ditaduras latino-americanas.
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