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sábado, 29 de setembro de 2012

FIDEL O EXTERMINADOR DE CUBANOS

25/09/2012-16h45

Cubano questiona a veracidade da imagem de Fidel Castro


da Livraria da Folha

Em "Fidel: O Tirano Mais Amado do Mundo", o cientista político cubano Humberto Fontova investiga como e por que a imagem de Fidel Castro passou a ser atrelada a um romantismo revolucionário, símbolo da luta pela igualdade no mundo, enquanto ordenava fuzilamentos de opositores ao seu regime.
Divulgação
Fontova mira também em quem não se cansa de elogiar Castro, como jornais, artistas e políticos
Fontova mira também em quem elogia Fidel Castro, como jornais, artistas e políticos
"Fidel ensinou ao mundo que a realidade não importa", escreve o autor. "Assassine, empobreça e tiranize o povo de um país por conta e risco, mas proclame-se um comunista que as pessoas de esquerda pelo mundo afora vão amar você."
Segundo Fontova, mais de 500 fuzilamentos foram registrados nos meses iniciais da revolução cubana. As celebridades politicamente corretas que defendem a política de Castro desconhecem a repressão aos habitantes da ilha.
Outro questionamento presente no livro é padrão de vida que o mundo atrela aos cubanos. O autor afirma que Cuba vive em situação pior que a do Haiti, tanto em qualidade quanto em contentamento com o governo.
De acordo com Fontova, a opressão da ditadura de Fulgencio Batista (1901-1973), deposto pela Revolução Cubana em 1959, não era fonte de tanto descontentamento como o governo atual. "Hoje mais de 20% da população de Cuba está nos Estados Unidos e os outros 80% --excluindo é claro os privilegiados membros de La Revolución-- sonha em fugir de lá".
Fontova, autor "O Verdadeiro Che Guevara e os Idiotas Úteis que o Idolatram", fugiu de Cuba em 1961. Atualmente mora nos Estados Unidos e escreve contra as ditaduras latino-americanas.
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