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domingo, 10 de junho de 2012


05/06 - Mortes lamentáveis II


Gen Marco Antonio Felício da Silva 




Acerca de uma semana atrás, em escrito postado na Internet e intitulado “Mortes Lamentáveis’, abordo o caso do Cadete Márcio Lapoente da Silveira, lamentavelmente falecido durante o transcorrer de instrução especializada, em 9 de outubro de 1990, na AMAN.
A causa de tal morte foi apontada pela ‘Comissão Interamericana de Direitos Humanos” como devida a maus tratos e torturas, infligidos ao citado Cadete por um dos instrutores, sem examinar o mérito, apenas baseada em alegações emocionais de familiares da vítima, isto é, sem provas cabais, apesar da Justiça Militar brasileira, após a realização das investigações de praxe, a ninguém incriminar.

O escrito, postado no site “averdadesufocada’- Leia aqui -, um tanto longo, contem toda a argumentação e documentos usados para mostrar o absurdo imposto ao Exército, por meio de um “Acordo de Solução Amistosa”, estruturado na Secretaria de DH/PR, prenhe de marxistas revanchistas. Surpreendentemente, tal acordo tem a assinatura do Comandante do Exército, embora ofensivo à Soberania Nacional, o que é inaceitável para uma Força Armada, constitucionalmente, responsável pela garantia da mesma, perante à Nação, esta última sua real detentora.
O Acordo fere a Soberania Nacional, pois, contraria decisão da Justiça brasileira, envolvendo suas mais altas instâncias, aponta a Academia Militar das Agulhas Negras, verdadeiro santuário militar, como palco de torturas, denigre o seu corpo de instrutores e desmoraliza a centenária Justiça Militar brasileira, classificando-a, claramente por escrito, como inidônea. Para não deixar dúvidas, quanto à subserviência que representa tal Acordo, impõe o mesmo a realização de cerimônia, com convidados, na AMAN, onde deverá ficar tal ato de subserviência, eternamente, marcado por placa alusiva que, afrontosamente, leva o nome da Comissão Interamericana de Direitos Humanos.
Repito tudo isso, já colocado no escrito anterior, para enfatizar como a partir do famigerado governo Color e, principalmente, por ocasião das administrações Fernando Henrique Cardoso, do apedeuta Lula e da atual presidente, além de não termos tido, e não o temos, um projeto de Nação, abdicamos, em várias ocasiões, da nossa independência e soberania, subordinando o País a interesses externos e a organismos internacionais, segundo uma Política Externa ideológica, inaceitável, que fere, fundamentalmente, os interesses nacionais.
No caso em tela, há que se mostrar, mais uma vez e diuturnamente, que, embora ferindo a Soberania Nacional, há um objetivo maior e criminoso: reforçar a desmoralização das Forças Armadas e de seus integrantes pela apresentação da Academia Militar como um centro de torturas e de formação de torturadores, convalidando a caçada revanchista, que já se faz ouvir pelos escrachos, em tempos da cínica e hipócrita “Comissão da Verdade
”.