Logo mais à noite, em Buenos Aires, o deputado federal José Eduardo Martins Cardozo (SP), secretário-geral do Partido dos Trabalhadores, lerá durante a solenidade de abertura do XVI Encontro do Foro de São Paulo, carta enviada pelo presidente Luiz Inácio da Silva aos participantes do encontro da esquerda latino-americana. No documento, o messiânico e enfadonho Lula afirma que a direita tem medo da democracia.
Que o presidente-metalúrgico está acostumado a brincar com o pensamento da massa ignara todos sabem, mas diante do quinhão pensante da sociedade é bom Lula ter respeito, pois não há no mundo nada mais direitista do que a esquerda no poder. O nosso “guia” pode até negar, como sempre faz, mas Fidel Castro, Hugo Chávez e Evo Morales são provas vivas dessa teoria.
Na carta Lula destaca que as discussões do Foro de São Paulo hoje se projetam sobre a Unasul (União das Nações Sul-Americanas) e a Comunidade da América Latina e do Caribe, que “abrem o caminho para uma verdadeira integração de nossos países fundadas, sobretudo, nos valores da democracia, do progresso econômico e social e da solidariedade”.
O presidente brasileiro é um fanfarrão que acredita ser a mais nova divindade do universo, pois a quantidade de déspotas presentes na América Latina impede qualquer cidadão de falar sobre democracia. No que tange o progresso econômico, de que Lula se jacta de ser o descobridor, é preciso lembrar que o grau de endividamento do brasileiro atingiu níveis jamais vistos. Imaginar que a suposta geração de empregos, que os asseclas palacianos não cansam de vociferar, será eterna é um ato de irresponsabilidade.
Para se ter ideia dão viés criminoso e antidemocrático do encontro, a estrela do dia foi ninguém menos que Manuel Zelaya, que tentou dar um golpe em Honduras, mas diante do fracasso usou o dinheiro do trabalhador brasileiro para se refugiar na embaixada verde-loura em Tegucigalpa. Como se isso fosse pouco, não causará surpresa alguma se o argentino Humberto Paz, sequestrador do empresário Abílio Diniz, circular pelo evento.
Lula que vá às favas com suas teorias esdrúxulas, pois esse discurso boquirroto de democracia é conversa mole e não convence aqueles que sabem como funcionam os bastidores do reino tupiniquim.
Confira abaixo a íntegra da carta do presidente Lula da Silva, que será lida na abertura do XVI Encontro do Foro de São Paulo
“Queridas Companheiras e Companheiros
Há 20 anos, (*) 42 partidos e movimentos progressistas da América Latina e do Caribe reuniram-se em São Paulo - convidados pelo Partido dos Trabalhadores - para um Encontro sem precedentes na recente história política de nosso Continente.
Nascia o que um anos depois, no México, seria chamado de Foro de São Paulo.
Vivíamos tempos difíceis no início dos anos noventa.
Em muitos países ainda persistiam fortes marcas das ditaduras que se haviam abatido nas décadas anteriores sobre nossos povos. Esses resquícios autoritários impediam a constituição de democracias vigorosas e dificultavam a luta dos trabalhadores.
Pairava sobre nosso Continente a hegemonia do ideário do Consenso de Washington.
Primazia do mercado, enfraquecimento do Estado, desregulamentação das relações de trabalho, sacrifício da noção de desenvolvimento e de políticas sociais em nome de uma suposta estabilidade, buscada a qualquer preço, com enormes sacrifícios para os trabalhadores do campo e das cidades.
A predominância dessas idéias conservadoras era reforçada pela profunda crise das referências tradicionais das esquerdas - as comunistas e os socialdemocratas. Suas políticas não permitiam explicar a realidade mundial mas, sobretudo, mobilizar as grandes massas.
A reunião de São Paulo e tantas outras que se seguiram nestes 20 anos tiveram como mérito fundamental criar um espaço democrático de conhecimento e de discussão das esquerdas. Esse espaço não existia, muitas vezes, nem mesmo em nossos países.
Não criamos uma nova Internacional.
Conhecíamos a história das internacionais e sabíamos que era mais importante termos um Foro no qual pudéssemos intercambiar experiências, discutir acordos, mas também desacordos.
As transformações pelas quais passaram a América Latina e o Caribe nestas duas décadas têm muito a ver com os debates que realizamos.
Hoje, nossa região vive uma situação radicalmente diferente daquela de vinte anos atrás. Muitos dos que nos encontramos no passado nas reuniões do Foro de São Paulo como forças de oposição, hoje somos Governo e estamos desenvolvendo importantes mudanças em nossos países e na região como um todo.
Experiências como a UNASUL e a Comunidade da América Latina e do Caribe são herdeiras dos debates que levamos no Foro. Elas abrem o caminho para uma verdadeira integração de nossos países fundadas sobretudo nos valores da democracia, do progresso econômico e social e da solidariedade.
Uns poucos tentam caracterizar o Foro de São Paulo como uma organização autoritária. É o velho discurso de uma direita que foi apeada do poder pela vontade popular. Não se conformam com a democracia de que se dizem falsamente partidários.
A contribuição de meu partido e outros partidos progressistas do Brasil para esta nova realidade do Continente é de todos conhecida.
Nosso Governo retomou o crescimento, depois de décadas de estagnação.(**)
Crescemos distribuindo renda. Incluímos 30 milhões de brasileiros que viviam abaixo da linha da pobreza. Criamos 14 milhões e meio de empregos formais e aumentamos substancialmente o salário real dos trabalhadores e a renda dos trabalhadores do campo. Mantivemos a inflação sob controle. Reduzimos nossa vulnerabilidade internacional. Não mais dependemos do Fundo Monetário Internacional.(***) E pudemos fazer esta grande transformação com expansão da democracia, aumento da participação popular e fortalecimento de nossa soberania nacional.
O Brasil mudou e vai continuar mudando nos próximos anos.
Mudou junto com seus países irmãos do Continente.
Mudou como está mudando a Argentina que agora acolhe mais este encontro do Foro de São Paulo.
Recebam, queridos amigos, o abraço do seu irmão e companheiro
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Presidente da República Federativa do Brasil”
Da Redação do Reservativa.
Os chutes do Presimente Lula
(*) O foro foi fundado em 1994, portando a frase a 20 anos é chute.
(**) Durante essas decadas de estagnação, que Lula se refere (da ditamole) o Brasil cresceu 10%, e só , parou com os governos civis, iniciado com o corupto Sarney..
(***) A divida do FMI cujos jurus eram de 1% aa, foram pagos com dolar de R$ 3.00, e o valor acrrescido na divida interna cujos juros hoje chegam a 13%. E porque? Para afastar a fiscalização do FMI, cuja atuação impedia o LRT ( Livre Roubo dos Petistas)
Turista predador
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