Páginas

quinta-feira, 15 de abril de 2010

SENADOR .ARTHUR VIRGÍLIO - UM ESQUERDISTA DEMOCRÁTICO


Dia 06

DIREITOS HUMANOS: COBRADA FIRMEZA DO BRASIL - O senador Arthur Virgílio cobrou, hoje, do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, que o Brasil seja muito claro na condenação de quaisquer violações de direitos da pessoa humana, não importa se em Guantânamo, em Cuba ou na Coreia do Norte. O ministro fazia exposição na Comissão de Relações Exteriores.  
Primeiro a dirigir-se ao ministro, Arthur Virgílio apresentou lista de 25 "equívocos" cometidos pela política externa brasileira. Citou simpatias para com ditadores, absurdas concessões feitas em busca de votos para possível lugar permanente no Conselho de Segurança de uma esvaziada ONU. Mencionou as derrotas sofridas pelo Brasil na UNESCO, na OMC, no BID, no Tribunal da OMC (expondo o nome da ministra Ellen Gracie, do STF), a ocupação de próprios da Petrobras, na Bolívia, a afronta ao Tratado de Itaipu, o sequestro de brasileiros no Equador, as barreiras comerciais impostas pela Argentina, a invasão de produtos chineses, decorrente do reconhecimento da China como economia de mercado.
Virgílio criticou especialmente o relacionamento com a Venezuela de Chávez, com Cuba, com o Irã, com a Coreia do Norte. Disse que a Venezuela, "para ser ditadura só faltam as penas". Quanto a Cuba, impressiona-lhe ver o quase escárnio do Brasil em relação a presos de consciência enquanto demonstra muita paciência com alguém que a Justiça italiana considera criminoso (Cesare Batisti).
No que se refere ao Irã, o líder tucano disse que é ingenuidade imaginar que aquele país está querendo enriquecer urânio para fins pacíficos, pois seu presidente declarou que quer destruir Israel. Como o chanceler Amorim tivesse apontado como vitória do Brasil (e da diplomacia) a realização dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, Arthur Virgílio encerrou suas observações com um toque de humor: "Perdemos com a ministra Ellen, mas ganhamos as Olimpíadas..."