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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

EMOÇÃO NO SENADO

Medalha do Pacificador em suas modalidades.
ou Medalha Duque de Caxias

Ernesto Caruso, 28/08/2009

Quem teve a oportunidade de acompanhar o discurso do senador Mão Santa do PMDB em homenagem ao Dia do Soldado, no dia de ontem, sem dúvida se emocionou profundamente.

De início, lembrou da gratidão como mãe de todas as virtudes, destacando com entusiasmo que havia sido agraciado com a Medalha do Pacificador, que apontava com devoção, presa ao seu peito, diante das câmeras.

Razão e coração, raízes da emoção na condução política e militar dos destinos do Brasil.

Foi uma oração sincera, pausada, que com honra e orgulho pelo galardão recebido — o único dentre os 81 senadores, como frisou — deu um passeio pela História homenageando nossos heróis soldados.

Enfatizou:

“Somos felizes pelos militares que temos e vou defender a tese.”

... os militares, no Império, garantiram a unidade deste País, comandados por Caxias, o militar, o Senador. Ele deixou um grande ensinamento para todos nós, que revivo: não humilhar os vencidos.

... nós não temos nada a ver com a história de Cuba; nada a ver com a história da Venezuela, de Chávez; nada a ver com os aprendizes; Correa, do Equador; Moralez da Bolívia; com o padre reprodutor do Paraguai; a Nicarágua e a confusão de Honduras.

... em nenhum instante, nem o Marechal Deodoro, nem o Floriano Peixoto – o Marechal do aço –, nem o Hermes da Fonseca, nem os cinco militares – atentai bem! –, porque o que caracteriza a democracia é a divisão de poder. ... Que o Executivo era forte, era forte. Mas existiu o Judiciário e existiu esta Casa.

...eu conheci Castello Branco pessoalmente. ... Ô homem de bem! Ô homem sério! Ô homem honrado o Castello Branco! Eu o conheci. O julgamento é meu.

... As raízes dele são piauienses. Aquela Batalha do Jenipapo, que hoje é comemorada pelo Exército, foi ele que conheceu a luta dos bravos piauienses com os cearenses para expulsar os portugueses do solo brasileiro e garantir a unidade nacional a este País, que seria dividido em dois. Então, foi Castello Branco que mandou que aquele 13 de março fosse comemorado nacionalmente pelo Exército como uma batalha da unidade. ...

Conheci Ernesto Geisel, ... Ô homem austero, sério, correto! Eu o conheci.... E conheci João Batista Figueiredo. ... na minha psicologia, que sou médico, um grande homem, um homem de bem, um idealista, um militar.
Deram uma missão para ele: “Vai lá e faz a abertura”, o Geisel disse. Era como se dissesse para ele: “Vai para o Haiti”, e ele ia; “Vai para o Iraque”, e ele iria. Ele era militar. Mas puro. Cidadão de bem, honrado.

O que é a democracia? No meu entender, e entendo bem, aqui é o lugar para se dizer que somos os pais da Pátria. A democracia é a divisão de poder. Teve. E alternância de poder. Que eles fizeram eleição indireta, fizeram. Que eles se alternaram, se alternaram. Isso é o que caracteriza uma democracia. E o do Piauí foi considerado. Petrônio Portella, a sua luz, o homem convocado para ser Presidente, o primeiro civil, a anistia, Ministro da Justiça, um ícone da redemocratização, Presidente desta Casa por duas vezes.

...Vinte anos de mando, nenhuma indignidade, nenhuma imoralidade, nenhuma corrupção....E todos, todos deram ensinamento. O Sr. Deodoro, o Sr. Floriano Peixoto, o Dutra – que eu vi, tinha nascido. Que ensinamento belo! ... ele entrou no lugar do Getúlio. Só um quadro para mostrar o ensinamento dos militares a nós. Muito oportuno e atual para esses aloprados que estão aí a assaltar este País. Dutra, no apagar do seu governo, eleito Getúlio, voltando nos braços do povo, chamou o genro e disse: “Veja uma casa para eu morar”. Entregou a faixa, entrou no carro do genro. Aí, era um sobrado grande. Ele parou e não quis adentrar. Disse: “Não tenho dinheiro para pagar essa casa. Como você faz isso?”. O Marechal Dutra, ex-ministro da Guerra, ex-Presidente, sentiu que não tinha. Aí o genro disse – e esta é uma passagem bonita –: “General, Marechal, você pediu que eu resolvesse o problema. O senhor não vai pagar. Foi um amigo seu que lhe emprestou, nesta fase de transição”. Então, saiu nessas condições o Marechal.

São essas homenagens que eu quero dizer. E não bastava isso tudo, esses ensinamentos, por aqui passaram brilhantes militares. Caxias foi Senador.

Quem não tem saudade de Jarbas Passarinho, que ainda vive, Senador, cinco vezes Ministro deste País. Virgílio Távora, lá do Ceará,... Exemplos deles.
Então, queremos encerrar manifestando os agradecimentos de todos nós brasileiros pela seriedade daqueles homens, eles são o povo, eles são filhos de famílias, como nós, os militares, e têm competência para entrar no terceiro ano.

Analise o que é o ITA, em que sonhei entrar, o Instituto de Tecnologia da Aeronáutica, a Embraer, a Marinha e o nosso Exército, além das missões de segurança, os inúmeros Batalhões de Engenharia a construir neste País. Lá no meu Piauí tem dois Batalhões de Engenharia. Mas o mais importante eles sempre garantiram, que foi manter hasteada esta Bandeira, com a mensagem positivista “Ordem e Progresso”, isso que sonhamos para o nosso Brasil.
E agradecemos a participação das três Forças Armadas, que hoje foram homenageadas no Senado. ...”

Nada a acrescentar, só emoção, que compartilho com todos que lerem esta mensagem, um resumo a partir do discurso do Senador Mão Santa.

Ao ensejo

Reservativa cumprimenta o Senador Mão Santa pela sua analise isenta sobre o papel e atuação das FFAA na defesa da Democracia e soberania da Nação Brasileira.

SELVA