Postagem de emai aberto, endereçado ao Senador Mão Santa

Editorial
José Nascimento
20-12-2008 18:00h


Excelentíssimo Senhor Senador da República, Mão Santa (PMDB-PI),que por premunição, foi batizado como Francisco de Assis de Moraes Souza .

Senhor Senador Mão Santa, Vossa Excelência, é um político admirável.
A par de seres medico cirurgião, acostumado a conviver e compreender a dor humana, Vossa Excelência vai além, e é sem duvida um dedicado pesquisador da História, e exímio divulgador dos ensinamentos nela colhidos.

Por cultuar tudo que caracteriza uma sociedade, compreendendo sua linguagem, suas técnicas, artefatos, costumes, mitos, padrões estéticos e éticos, e ter o prazer de divulgá-los,V. Excelência ocupa hoje invejável lugar nos corações brasileiros.

Sabedor mais que ninguém, das dificuldades de seu povo, de acesso a boa leitura, V.Excelência se incumbe de divulgar através da TV Senado, conhecimentos históricos aos quais não fora esse meio de comunicação, não atingiriam as camadas menos favorecidas de nossa sofrida sociedade.

scolha-se aleatoriamente qualquer assunto, e Vossa .Excelência nos contará sua história com detalhes.

Não lhe disse nada até agora que o mestre Senador, ainda não tivesse ouvido desse povo que o adora, nos quatro cantos desse Brasil.

Dirigir a Vossa Excelência diretamente, em email aberto, encontra justificativas , no fato de considerá-lo a pessoa certa para uma missão justa, bem ao seu estilo.

Não se passaram muitos sois, desde que o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, caboclo rude, alçado a Presidência da República por escrutínio eleitoral, detentor por vocação de uma cultura embrionária, declarou sem conhecimento de causa e sem interesse em pesquisar, que “O Brasil não tem Heróis”.

Infelizes palavras ditas a infelizes ouvintes, que não dispõem dos meios de divulgação, - não para desmenti-lo, mas para ilustrá-lo e reverenciar nossos Heróis.

O Brasil tem sim, muitos Heróis, e eles vivem nas paginas de nossa história.

No cotidiano aí estão os Soldados do Corpo de Bombeiros a mostrar-nos diuturnamente, -e não é justo que ele não tenha visto.

Mas ele vai dizer que se refere ao nosso passado, - o que é pior.

Nesse sentido a pessoa abalizada para adestrá-lo no caminho da cultura e do respeito para com os Heróis de nossa Pátria, é Vossa Excelencia.

Eis aí a razão de nossa humilde solicitaçõa ninguém melhor que Vossa Excelência, a quem, “in memóriam”, pedimos a divulgação da história deste Herói.

APOLLO MIGUEL REZK - 1º Tenente R2 –
Herói da Força Expedicionária Brasileira
(Nascido no Rio de Janeiro , 9 de Set de1918 -1999)
Filho do Dr. Miguel Jorge Rezk, médico, dentista e farmacêutico, e da Sra. Suraya Mussalli Rezk, ambos imigrantes, ele do Líbano e ela da Síria.

Estudou no Colégio Pedro II, onde bacharelou-se em 1935. Seu ideal era a carreira militar, mas o sonho frustrou-se ao ser reprovado no exame de saúde para a escola Militar do Realengo. Ingressou, então, na escola Superior de Comércio, onde se formou Perito-Contador. Posteriormente, concluiu o curso de Ciências Econômicas.
Em 1939, foi declarado Aspirante-a-oficial da Arma de Infantaria, pelo CPOR/RJ.

Com a entrada do Brasil na II Guerra Mundial, o Tem. Apollo foi convocado para o serviço ativo, embarcando para a Itália incorporado ao Regimento Sampaio, no 2º Escalão da FEB, agora como 1º Tenente.

Em 12/12/1944 em Monte Castelo, comandando seu pelotão, o Tem. Apollo conquistou importante posição alemã, após violenta batalha.

Pela bravura demonstrada nessa ação, o Tem. Apollo foi agraciado com a Medalha "Silver Star", pelo alto comando americano.

Entretanto, o Tem.Apollo viria a demonstrar novamente sua coragem, determinação e desprendimento quando, em vinte e quatro de fevereiro de 1945, conquistou La Serra, à frente de seu pelotão, atravessando extenso campo minado e sob pesada resistência inimiga.

Ferido e em posição vulnerável, conseguiu suportar os contra-ataques dos alemães e, apesar do poder de fogo inimigo, logrou repeli-los e ainda infligir-lhes severas baixas.

Por essa magnífica atuação, o Tem. Apollo, já no hospital de campanha, ouviu pela rádio BBC de Londres a seguinte notícia:

"O Comando Aliado na Itália resolveu louvar um Oficial da Força Expedicionária Brasileira pelos seguintes motivos: cada ação em combate é um pretexto para evidenciar suas belas qualidades de soldado e sua excelência no comando do pelotão, conduzindo a sua tropa ao objetivo com o exemplo da sua própria coragem.
Conquistou La Serra, em cujas ruínas se manteve até ser evacuado, ainda lutando, algumas horas depois de gravemente ferido. Sua posição estava cercada de metralhadoras inimigas, à esquerda, à frente e à direita, seis ao todo, as mais próximas distavam cerca de 15 metros do objetivo alcançado e, as mais afastadas, 80 metros.

Suportou contra-ataques e esteve cercado durante quase toda a primeira noite. Fez cinco prisioneiros.
Ferido em combate às 23 horas do dia 23, só pôde ser evacuado na manhã seguinte, às 10 horas, devido ao intenso bombardeio da artilharia e morteiros a que estava sujeita a posição. Sua audácia em marchar para o objetivo fixado, que sabia fortemente defendido, completou-se com a decisão de manter o objetivo conquistado.
Mesmo ferido, contra-atacado e cercado, em momento algum pensou em retrair.
Revelou bravura, firmeza e acerto de decisão, excepcional calma em presença do inimigo, exata noção dos seus deveres em combate, a par de elevado sentimento de honra militar e superior capacidade de sacrifício”.

Foi condecorada com a Medalha de Campanha, a Cruz de Combate de 1ª. classe, a Medalha de Sangue do Brasil e a Medalha de Guerra, do Governo Brasileiro.

Em virtude de sua destacada ação na batalha de La Serra, o Ten Apollo recebeu do Governo dos Estados Unidos a Medalha "Cruz de Serviços Notáveis", considerada uma das mais importantes condecorações americanas.

Foi o maior herói da FEB, na condição de Oficial R/2, sendo um dos poucos combatentes, em todo o mundo, distinguido com tão importante condecoração.

Após o término da Guerra, o Ten Apollo prosseguiu em sua carreira militar, sendo promovido a Capitão em três de setembro de 1951. Casou-se com a Sra. Ivette Antunes Rezk, de cuja união teve dois filhos: Nelson e Nádia.
Além do Regimento Sampaio, serviu no Batalhão de Guardas quando, por ocasião da inauguração do Panteon de Caxias, em 1949, apresentou a Guarda do então Ministério da Guerra ao Presidente da República, Gen Eurico Gaspar Dutra.
Serviu, também, em Curitiba, como Ajudante-de-ordens do Gen Mário Perdigão.
Em 1957, foi reformado no posto de Major.

Fonte:
TEN REZK. Disponível em: http://www.cnor.org.br/index.php.