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sábado, 15 de novembro de 2008

Paulo de Tarso Vannuchi

Por Paulo Carvalho Espíndola, Cel Reformado

O ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, Paulo Vannucchi, resumiu o seu pensamento sobre Direitos Humanos: “É a defesa da vida. Iguais na diferença. Que bom que temos cores diferentes, opiniões diferentes e opções diferentes, porque são nessas diferenças que construiremos uma vida de liberdade” (extraído da Internet).

As suas palavras talvez tenham sido sinceras, embora eu não acredite nelas, pois que encerram uma grande contradição: liberdade não se faz com anarquia entre cores, opiniões e opções. O caos seria o resultado dessa loucura. A Democracia é o consenso entre idéias para o bem-comum, com limites entre umas e outras.

Contemporâneos na idade somos. Sou um pouco mais velho e vivenciamos a época que nos conduziu a caminhos totalmente diferentes.

Você trilhou pelas sendas do socialismo revolucionário e, decerto, o fez com discernimento e coragem. Você acreditou no igualitarismo e na utopia. Eu, não.

Sem dúvida estivemos em círculos de jovens muito similares. Eu freqüentei, assim como você, grupos “intelectualizados” de classe média alta, sedentos por “libertar” o Brasil. Neles, a liberdade era a tônica, com dinheiro farto dos seus pais para o sexo fácil entre moças e rapazes e para as fartas farras em botequins da esquerda festiva, regadas a muito chope e filés à francesa. Você é paulista, mas no meu Rio de Janeiro esses desvarios ocorriam e participei de alguns, no restaurante Lamas, no Largo do Machado, reduto de “salvadores da pátria” dos intelectuais de vanguarda. Lembro-me que, numa noite de 1966, cantavam eles o Hino Nacional com letra deturpada, ao que me revoltei e, literalmente, puxei a toalha e virei a mesa, derrubando pratos e copos. Ato contínuo, retirei-me do recinto sob vaias, mas nenhum dos “heróis” ousou enfrentar o jovem aluno do Colégio Militar do Rio de Janeiro que era eu. Não tinha conta a pagar, porquanto não tinha dinheiro para consumir como eles. Só assistia, de olho nas moças. Saí revoltado, mas também, pudera, o que fazia eu, filho de um sargento ex-integrante da FEB, pobre, por conseqüência, no meio daqueles riquinhos “revolucionários”? O “Paulo Milico”, como me chamavam, justificou o apelido. Não me arrependo, por ter usufruído de tórridos momentos com algumas doidivanas da moda progressista.

Em 1968, de vez, os caminhos de Paulo Espíndola e Paulo Vannuchi foram diametralmente opostos. Nossas cores eram diferentes. Fui à busca da minha obsessiva vontade: ser oficial do Exército Brasileiro. Você foi encontrar a sua, como militante da Ação Libertadora Nacional (ALN), rezando pelo minimanual do terrorista urbano de Carlos Marighela. Por pouco não nos defrontamos. Eu, por imposição do que vocês diziam de “lutar pela pátria e morrer sem razão”, e você pela gana de fazer do terrorismo a razão de mudar tudo, mesmo que escravizando o Brasil. Opiniões diferentes, cores diferentes, opções diferentes.

Nunca tive nada de clandestinidade nesta minha vida de sessentão. Você se fartou disso. Jamais conspirei contra a pátria, pois que sou nacionalista radical. Em tempo algum admiti submissão a nenhum internacionalismo, seja proletário ou burguês. Você, sim, ontem ao entregar-se aos patrões do comunismo e agora ao lamber as gravatas do petismo corrupto e entreguista.

Paulo Vannuchi, aceite a anistia como perdão aos erros de nós todos. Deixe de tramar contra a lei e a ordem. Se já não ganhou dinheiro suficiente com a sua revolução idiota, vá trabalhar.

Lembre-se, meu xará, que direitos humanos não são primazia de comunistas criminosos.

Abra os jornais e veja quanta gente morre e é enxovalhada no Brasil por incúria do Estado, esse mesmo Estado que você representa.

Se você não é capaz de entender a verdadeira razão de ser do cargo a que lhe investiram, demita-se, como foi, aliás, o seu faniquito ante o parecer da Advocacia Geral da União no caso dos “torturadores”.

Chega de holofotes da mídia! Poupe o Lula de confusão! Ele está viajando e não ouve, não sabe e nem vê...$$$$, às nossas custas e para quê?

Vá trabalhar! No Brasil, há muita gente torturada, com fome e com falta de justiça. Os seus torturados, Paulo Vannuchi, os brasileiros já sabem, estão com os bolsos cheios... Encha os seus com trabalho!

Deixe de bazófia e vá à busca dos verdadeiros direitos humanos. Há muita coisa a ser feita, igualistarista de araque.

No Brasil de hoje, o seu currículo – é só ver na Internet – é um “currículo”; o meu é um “cupobrelo”.

Por isso somos diferentes, Paulo Milico e Paulo Vannuchi. Muito diferentes...

Você, por certo, naquela época, entoava o Hino Nacional ao modo da ALN.

Depois da sua demissão, convido-o a cantar comigo o nosso Hino, desde que você deixe de vestir vermelho.

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