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sábado, 29 de novembro de 2008

INTENTONA COMUNISTA II

Pronunciamento do Presidente da República, Dr. Getúlio Dornelles Vargas, realizado nas primeiras horas de janeiro do ano de 1936

Ternuma Regional Brasília

Por Aluisio Madruga de Moura e Souza

Tanto nos livros que publiquei como em vários artigos que tenho escrito, sempre que pertinente, procuro abordar o assunto Intentona Comunista de 1935, primeira tentativa de tomada do Poder no Brasil por meio da Violência Revolucionária. Assim, como estamos próximo aos dias nos quais ela irrompeu decidi publicar o documento abaixo transcrito que bem encarna o pensamento geral da Nação a época, ou seja, sentimento de total repúdio aos traidores da Pátria que provocaram a morte de centenas de brasileiros, particularmente em Natal e Recife, e não de uns poucos como a maioria pensa. Foram para mais de setecentas vidas perdidas, a maioria de civis que lutaram em prol da preservação da Democracia e Liberdade em nossa terra.

Obtive este pronunciamento no Livro “A Intentona Comunista de 1935” publicado pelo Gen. José Campos de Aragão, participante dos acontecimentos no posto de tenente. O mesmo documento também foi distribuído no dia 27 de novembro de 1962, em homenagem aos mortos pelos comunistas da Intentona, no cemitério de São João Baptista no Rio de Janeiro, onde a maioria dos militares mortos foram enterrados.

Escreveu e discursou Getúlio Dornelles Vargas nas primeiras horas de 1º de Janeiro 1936:

“ Alicerçado no conceito materialista da vida, o comunismo constituiu-se no inimigo mais perigoso da civilização cristã. À luz da nossa formação espiritual, só podemos concebê-lo como o aniquilamento absoluto de todas as conquistas da cultura ocidental, sob o império dos baixos apetites e das ínfimas paixões da humanidade – espécie de regresso ao primitivismo, às formas elementares da organização social, caracterizadas pelo predomínio do instinto gregário e cujos exemplos típicos são as tribos da Ásia.

Em flagrante oposição inadaptável ao grau de cultura e ao progresso material do nosso tempo, o comunismo está condenado a manter-se em atitude de permanente violência, falha de qualquer sentido construtor e orgânico, isto é, subversiva e demolidora, visando por todos os meios, a implantar e sistematizar a desordem para criar, assim, condições de êxito e oportunidades que lhes permitam empolgar o poder para exercê-lo tiranicamente em nome e em proveito de um pequeno grupo de ilusos, de audazes e de exploradores, contra os interesses e com o sacrifício dos mais sagrados direitos da coletividade.

Nunca poderá vencer, portanto, utilizando a propaganda aberta e franca, feita lealmente e sem temor à verdade, para dominar a vontade das maiorias, pelo exercício do voto livre. Bem diversos os seus métodos e expedientes de expansão e proselitismo. Pregando ou conspirando, os apóstolos jamais confessam o que são, mas, ao contrário, desdizem-se ou se declaram, quando mais corajosos, socialistas avançados ou pacíficos simpatizantes das idéias marxistas. A dissimulação, a mentira, a felonia, constituem as suas armas, chegando, não raro à audácia e ao cinismo de se proclamarem nacionalistas e de receberem o dinheiro da traição para entregar a Pátria ao domínio do estrangeiro.

Sejam quais forem os disfarces e os processos usados, os adeptos do comunismo perseguem invariavelmente os mesmos fins. Como por toda parte, também entre nós distribuem-se por categorias de fácil identificação.

Há os conspiradores, partidários da violência, querendo precipitar os acontecimentos pelos golpes de força e pela técnica da rebelião, certos de que nunca poderão contar com a maioria da representação política ou, antes, seguros de que terão que enfrentar sempre a repulsa integral do povo brasileiro. Esses são, pelo menos, coerentes, porquanto o regime soviético visa precisamente a instituir o governo das minorias opressoras, escravizando a consciência das maiorias.

Há os pregadores, os professores, os doutrinadores do comunismo disfarçados de marxistas, em ideólogos da nova era social, mistificadores de toda casta, perniciosos e astutos. São os que envenenam o ambiente, turvam as águas, não praticando, mas ensinando o comunismo nas escolas, distribuindo livros sectários, propinando o veneno e protestando inocência a cada passo, pois não invocam, na sua lábia, a violência e sim a modificação evolutiva dos valores universais. Tão perigosos quanto outros, definem – se pela pusilanimidade e pela hipocrisia com que se mascaram, adaptando-se às exigências do meio social onde vivem e de cujo trabalho se mantêm parasitariamente.

Nas promessas abundantes e falazes, os nossos comunistas imitam os apóstolos do bolchevismo russo, evitando, porém, relembrar como conseguiram sovietizar a Rússia.

Também eles se diziam protetores do operariado, e suprimiram a sua liberdade, instituindo o trabalho escravo; prometiam a terra, e despojaram os camponeses de suas lavouras, forçando-os a trabalharem por conta do Estado, sob o jugo de uma ditadura feroz, reduzidos ainda a maior miséria.

Padrão eloqüente e insofismável do que seria o comunismo no Brasil tivemo-lo nos episódios da baixa rapina e negro vandalismo de que foram teatro as ruas de Natal e de Recife, durante o surto vergonhoso dos implantadores do credo russo, assim como na rebelião de 27 de novembro, nesta capital, com o registro de cenas de revoltantes traições e até de assassinatos frios e calculados de companheiros confiantes e adormecidos”.

Finalmente, fica o alerta para a nossa juventude!

Os comunistas, desde que se organizaram no Brasil a partir de 1922, não pararam um só momento de conspirar contra a democracia, dentro do entendimento de que só a ditadura do proletariado é o único regime capaz de solucionar todas as questões sociais da humanidade. Ao longo dos tempos mudaram de estratégias e táticas. Hoje estão no governo por força do voto universal e buscam se perpetuar pela compra das mentes de políticos e autoridades dos diversos organismos existentes no País, na maioria incompetentes ou corruptos, o que é pior.

A Revolução Comunista está em pleno andamento devido a omissão dos verdadeiros democratas e, acreditem, o palco já está armado para que sob uma determinação os morros ocupem as cidades.

Ou você é daqueles que acreditam que o comunismo morreu?

Aluisio Madruga é autor dos livros:

Guerrilha do Araguaia – Revanchismo – A Grande Verdade e

Documentário – Desfazendo Mitos da Luta Armada

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