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quinta-feira, 27 de novembro de 2008

COMO CHEGAMOS A ESTE PONTO?

Ternuma Regional Brasília 26NOV2008

Gen. Bda RI Valmir Fonseca Azevedo Pereira

No dia 23 do mês de novembro, indignados e ofendidos com o discurso antipatriótico de nosso primeiro mandatário, por ocasião da inauguração da estátua do amotinado marinheiro negro, João Cândido Felisberto, tido como líder da Revolta da Chibata. Escrevemos, então, um breve repto deplorando as suas nefastas atitudes e palavras, descaradamente equivocadas e virulentamente destinadas ao desvirtuamento dos padrões morais e éticos que deveriam nortear o cidadão brasileiro, pois seu “pronunciamento” era uma ode à indisciplina e um abominável louvor à quebra da disciplina.

Ao nosso estupor, a de outros se seguiram e, de imediato, diversos artigos, com a mesma verve de repulsa e revolta, foram divulgados.

Atingidos pelas mal intencionadas palavras presidenciais, muitos rebateram seus rasgados elogios ao marinheiro, aclamado pelo desgoverno petista como o “Almirante Negro”. Muitos pronunciaram-se em desagravo à valorosa Marinha Brasileira, afrontada sem o menor pudor. Outros sentiram-se enxovalhados, pois que facínoras como Gregório Bezerra e Carlos Marighela foram alçados, por sua “excrescência”, ao Panteão dos Heróis da Pátria.

Na verdade, o “nosso guia” repetia discurso anterior, “vomitado” no Rio de janeiro, quando dirigiu–se aos jovens estudantes (UNE), praticando o mesmo tipo de desserviço à Nação.

Naquela oportunidade, seu descalabro verbal foi mais além da desfaçatez, pois assinalou que o Brasil era um País sem heróis.

Em ambas as solenidades, o antipatriótico mandatário entronizou, vergonhosamente, como exemplos, celerados e terroristas, os quais, hoje, gozam das benesses de um governo cripto-comunista e corrupto.

Não nos causa espanto a vileza que sublinha a pequenez de sua “majestade”. Todos lembram que, por gestos e palavras, o “magnífico estrume” tem deixado atrás de si um rastro de ignomínias e insultos ao segmento militar.

Destacamos entre outros, a presença do “canalha-mor” no lançamento do livro “Direito à Memória e à Verdade”. Não, sem antes, ouvirmos os Oficiais-Generais serem grupados em “bandos”. Depois, testemunhamos contritos, o seu aval à “Mostra Pública que expôs os anos da Ditadura Militar”. Assistimos, atônitos, o “cala-boca do General Heleno”; sem contar com o seu conivente silêncio em relação ao festival de indenizações aos subversivos e terroristas, e por penúltimo (aguardem, sempre teremos outras) a unção presidencial à anistia do Jango Goulart.

Mega–Latifúndios Indígenas e Mega-Latifúndios Quilombolas são endossados pela turba petista, à revelia dos pareceres e alertas de insuspeitos militares, sabidamente preocupados com a Manutenção do Território e com a Soberania Nacional. É gritante a tentativa exitosa de afrontar a opinião abalizada de quem realmente tem experiência e verdadeiro amor à Pátria.

Cremos que o próprio debate sobre a Lei da Anistia, provocado e incentivado por “Sinistros” do desgoverno, já teria sido encerrado, se o “vírus ambulante” tivesse assumido uma posição correta e determinado um basta nas discussões, incentivadas pelos seus áulicos “cumpanheiros”.

A lista de barbaridades perpretadas por sua “excelência” ao Estamento Militar é longa e sinuosa. Entretanto, ingenuamente, alguns insistem em prestigiar os desafetos.

Diante de nossa perplexidade (da minha, não), com tudo o que está acontecendo, chegamos à pergunta que não quer calar: “COMO CHEGAMOS A ESTE PONTO?”

Como ficar surpreso ou mesmo indignado, quando lembramos que, recentemente, o Ministério da Defesa aureolou, com pompa, o famigerado Franklin Martins. Quem não lembra que as Forças Armadas, da mesma forma que o nosso “guru”, este por candentes palavras, homenagearam e premiaram por serviços relevantes, figuras como Dilma Roussef, José Genuíno e tantos outros. Se vivos, quais condecorações militares ostentariam no peito Marighela e Gregório Bezerra? E o marinheiro João Cândido Felisberto?

Como esquecer que a Primeira Dama já paraninfou um grupo do segmento feminino da Força Aérea e foi agraciada com a Medalha do Mérito de Santos Dumont.

É, meus amigos, cabe meditar um pouco. De fato, pavimentamos com o descaso a estrada que ora palmilhamos. Se não parimos o monstro, por certo nós temos alimentado o “bicho”.

Brasília, DF, 26 de novembro de 2008.

PS: Por favor, não promovam o almoço dos Oficiais-Generais com sua excelência, ao final do ano. Seria lastimável ou lamentável, como queiram.