- Arthur Virgílio quer saber quem autorizou a presença do Exército numa favela do Rio de Janeiro, considerou inaceitável a entrega de três rapazes de uma favela a um grupo de assassinos, seus inimigos, em outra favela, e cobrou enérgica posição do Comando daquela Arma e do ministro da Defesa.
O senador disse não ser a favor de remoer o passado, de reabrir feridas. Entende que a anistia foi para os dois lados e uma pedra deve ser posta sobre o que passou. Tem também todo respeito pela missão institucional das Forças Armadas. Mas não podia deixar de manifestar preocupação diante do fato, que lhe parece "pleno de ilegalidade", que é a presença do Exército em determinada favela do Rio de Janeiro.
Para Arthur Virgílio, isso resultou de articulação que lhe pareceu "meio à sombra, sem autorização do Congresso, sem ser oficial, algo oficioso", redundando naquilo que, a seu ver, seria inevitável. "Por isso - enfatizou - sempre fui contra o Exército fazendo papel de polícia. O Exército tem de guarnecer fronteiras, deve cumprir o seu papel de estar preparado para a defesa nacional em qualquer circunstância, em qualquer latitude."
Acrescentou que, por isso, foi com tristeza que leu a notícia de torturas e de oficiais do Exército entregando três rapazes a um grupo criminoso, "algo inaceitável, que merece manifestação muito rápida, muito dura, do Comando Militar do Exército e do ministro da Defesa, Dr. Nelson Jobim". "Não é tolerável, não é aceitável!", exclamou. "Isso exige punição drástica de quem praticou o delito, delito já confessado."
Arthur Virgílio esclareceu não estar atacando o Exército, mas defendendo-o, como quando, no passado, da tribuna da Câmara, denunciou torturas. "Não estava atacando o Exército - frisou - estava atacando torturadores. Estava defendendo o Exército, defendendo a integridade de uma Força que só pode se afirmar pelo respeito à lei, pelo respeito à Constituição."
Nota do Editor
Essa posição tomada pelo Sen. Arthur Virgilio, consta do Boletim Informativo número 116, e relata suas atividades dentro e fora do congresso no período de 16 a 20 de junho de 2008.
Selecionei a parte em que se refere a atuação intempestiva e desonrosa , que se choca com a doutrina recebida na caserna, praticada por um grupo de militares do Exército - não pelo Exército. Assim como o Senador, fiz a mesma pergunta, " Porque um grupamento do Exercito estava fazendo ali naquela favela? Vários comandantes já se manifestaram contrários a atuação das FFAA, no combate ao crime organizado. Os componentes que têm sido usados para compor essa tropa, não tiveram nenhum treinamento para combate a bandidos. São na maioria jovens com pouco mais de 18 anos, muitos, oriundo de famílias humildes, e até de favelas, dentre eles encontramos analfabetos, que são escolhidos para servirem, exatamente para que sejam alfabetizados e aprendam uma profissão. Esses jovens de repente são mandados para uma favela, para lidar com malfeitores e traficantes, e se vêem envolvidos por toda sorte de atrativos, onde o dinheiro pode tudo, onde o crime se mostra compensador devido a lerdeza da justiça na aplicação da Lei.
Treinados a priori com fins a destruir o inimigo, em português claro, a matar o inimigo da pátria, de repente se lhes trocaram sem aviso o "inimigo", e ele não sabe o que fazer agora com o novo inimigo.
Fala-se sem conhecimento de causa que temos uma tropa do exército atuando no Haiti contra bandidos, turba multa, facções criminosas e movimentos políticos, e que tem se saído muito bem nessa missão, mas o que não vem a público é que a tropa que esta no Haiti, e exatamente a tropa que foi treinada para essas missões. - tenho até um sentimento pessoal de que essa tropa foi mandada para o Haiti convenientemente, para daqui sair, visto que se trata de uma tropa preparada para enfrentar, ou investir contra organizações facciosas tipo MLST, MST e tantos outros campesinos misteriosos e esquerdo- patas.
O Governo do Estado do RJ não solicitou tropa do Exército ao Governo Federal.
A atuação do Exército, configura um desvio de função.
A ação desenvolvida está claramente configurada como apoio a campanha eleitoral do Senador Crivella.
Concluindo, usar um soldado, seja do Exército, da Aeronautica ou Marinha, com menos de um ano de adestramento ( descontando, sabado, domingo, feriados e dispensa por falta de alimentos, não atingem um terço do necesasário), ainda, ganhando uma quantia irrisória, tendo de arcar com lavagem do uniforme e transporte, para executar missões de profissionais da Policia Militar e Polícia Civil, cujos salários atingem até 12 vezes ou mais, o que recebem, não é só desvio de função, é um crime e é uma inversão da história. Nos velhos tempos, os soldados mandavam os cristãos para arena para enfrentar os leões, numa luta sem chances. Hoje o cristão Crivella quer mandar os soldados com a mesma missão, enfrentar os "leões" do tráfico. Mui amigo esse Crivella, não nega as afinidades com o Bispo Pedir Maiscedo.
Jose Nascimento
28 06 2008 04:29
O Boletim em referência contem outros assuntos, também de suma importância.
Para ver o original clique AQUI
A RESPOSTA QUE O SENADOR VIRGILIO PROCURA ESTA
Publicado no Jonal Povo do Rio, em 18 de dezembro de 2007.
Diz o Senador Marcelo Crivella
.......Foi por isso que elaborei o Projeto Cimento Social, cujo objetivo é ajudar as famílias a terminarem suas casas nas comunidades carentes......
O Presidente Lula, atento a esta questão, destinou 12,6 milhões de reais para a obra, e, na primeira fase, 782 casas receberão argamassa, pintura, portas e janelas, reforço estrutural e telhado para evitar a proliferação do mosquito da dengue nas comunidades carentes. O Exército será encarregado de realizar a obra por razões históricas. Será uma clarinada de fé e de esperança, uma alvorada redentora para centenas de famílias carentes, que, finalmente, poderão concluir suas casas.
E o sangue de brancos e negros derramado coloriu o verde das águas dos rios pela glória do Brasil da Guerra do Paraguai. Hoje, com o Cimento Social, se presta a eles a mais solene, justa e merecida recompensa......