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sábado, 31 de maio de 2008
Reunião da quadrilha sul-americana de pretensos ditadores
AMIGOS COMO GATO E RATOS.
Isso só pode acabar mal.
AMERICA LATRINA.
ALGUEM TEM DE PUXAR A DESCARGA
Uma imagem fala mais que mil palavras ( Mão Santa)
O parâmetro da autoridade
Por Antônio Ribas Paiva
Em 1964 a Nação Brasileira impôs a democracia ao coletivismo, soterrado em 1989, sob os escombros do muro de Berlim.
À época, alguns não concordaram com a democracia e recorreram ao terrorismo e a vários crimes, para tentar impor a sua ideologia. Vencidos tanto pela razão como pela força do Estado, asilaram-se no exterior.
Em busca da paz social, objetivo bíblico e Nacional permanente, os representantes da Nação concederam perdão aos terroristas e também aos combatentes da democracia, através do manto protetor da lei de anistia, ampla e irrestrita. Note-se, que os ícones dos terroristas perdoados: Stalin, Pol Pot e Fidel jamais fariam isso.
Os beneficiados pelo poder anistiador da Nação Brasileira, puderam voltar para o Brasil, onde ninguém questionou seus roubos, seqüestros, assassinatos e depredações.
Ao invés de beijar a mão da Nação que os beneficiou, os terroristas voltaram a conspirar contra a democracia, agora, encastoando-se no Poder do Estado, que inocentemente lhes foi franquiado pela bondosa sociedade brasileira.
No poder, primeiro se fartaram de bens materiais e, agora, tentam voltar-se contra quem os anistiou, perseguindo-os financeira, política e administrativamente.
Não satisfeitos, os terroristas procuram a revogação tácita de parte da lei que os anistiou. Revogação convenientemente parcial, porque se integral, iriam todos para cadeia.
Direito é lógica pura. A lei como parâmetro da autoridade e da sociedade obriga a todos de forma equânime. Portanto, tanto do ponto de vista moral, como legal, a postura dos terroristas anistiados é insustentável.
A livre manifestação do pensamento é da essência da democracia, desde que não consubstancie apologia ao crime ou de ilegalidade.
As autoridades e membros do poder público estão sujeitos aos parâmetros legais, tanto no que respeita às suas atitudes como às suas manifestações, porque ao aceitar e mesmo buscar o “munus público” submetem-se ao artigo 37 da Constituição Federal, que insculpe os princípios da legalidade, moralidade e impessoalidade.
Aquele que trata da coisa pública não pode transigir, porque mero guardião do que não lhe pertence. Portanto, a autoridade, ao contrário do comum do povo, só pode fazer o que a lei determina.
A lei determina a anistia ampla e irrestrita aos terroristas e aos combatentes da nação; logo o Ministro da Justiça, sob pena de responsabilidade, não pode pregar a desobediência à lei de anistia, ou dar-lhe interpretação pessoal como tem feito publicamente, até porque acirra a cizânia na nação, contrariando o espírito da lei. A autoridade nunca manifesta-se em nome próprio, mas, sempre, em razão do cargo.
Diante da evidente ilegalidade praticada pelo ministro Tarso Genro, compete ao Procurador Geral da República tomar as providências cabíveis na espécie, ex–oficio ou a requerimento de qualquer do povo.
O parâmetro da autoridade é a legalidade. Ao extrapolar esse parâmetro o Ministro da Justiça desqualifica-se para o cargo, impondo-se seja exonerado e processado criminalmente.
Antônio José Ribas Paiva é Advogado e Coordenador da UND – União Nacionalista Democrática.
sexta-feira, 30 de maio de 2008
A NATIMORTA UNASUL
MARIA LUCIA VICTOR BARBOSA
30/05/2008
A constituição da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) foi mais um fiasco retumbante da política externa brasileira. Gerado pelo Itamaraty, o organismo sub-regional tem as digitais do chanceler de fato, Marco Aurélio Garcia, o que é suficiente para conduzir qualquer projeto ao fracasso. E, sem dúvida, pode-se dizer que a Casa, nome anterior do bloco que foi rejeitado e ridicularizado por Hugo Chávez, caiu.
Vários presidentes sul-americanos consideram, apropriadamente, que a Unasul é apenas mais um foro de discussão. O presidente do Uruguai, Tabaré Vazquez, nem se deu ao trabalho de comparecer à reunião de constituição. O presidente do Peru, Alan Garcia, foi embora assim que assinou o ato constitutivo. O secretário-executivo já escolhido da Unasul, o ex-presidente do Equador, Rodrigo Boria, renunciou ao cargo por não querer se comprometer com uma espécie de “academia de debates”. E o que é mais desmoralizante para o governo brasileiro: o Conselho Sul-Americano de Defesa, tão acalentado pelo ministro Nelson Jobim, e que deveria ter adquirido vida jurídica durante a reunião da cúpula, não foi aceito pela Colômbia e encontrou resistência entre os demais presidentes. Para não ficar muito feio a presidente do Chile, Michele Bachelet, propôs a criação de um grupo de trabalho para estudar o Conselho, tática sintomática quando não se quer resolver um assunto.
Naturalmente o discurso de abertura da reunião, lido pelo pai da Unasul, presidente Lula da Silva, soou com aquele inconfundível toque de megalomania tão característico das falas presidenciais. Disse nosso mandatário supremo: “Uma América do Sul Unida mexerá com o tabuleiro do poder no mundo”.
Será esse outro mundo sul-americano possível? A retórica do presidente brasileiro pode agradar, enaltecer, massagear egos nacionalistas, mas esconde dura realidade. Primeiro porque a América do Sul não tem poder nem militar nem econômico para mexer com o tabuleiro do mundo. Segundo porque a Unasul não terá capacidade de promover a pretendida união uma vez que os países que formam o bloco têm direções diferentes de acordo com suas necessidades ou mesmo posições irreconciliáveis. São os seguintes os doze países que constituem o bloco: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai, Venezuela.
No tocante ao Brasil e seus vizinhos cabe lembrar o que afirmou em sua magistral obra, “Do bom selvagem ao bom revolucionário”, o escritor e jornalista venezuelano, Carlos Rangel:
“Todo hispano-americano sabe bem que quando encontra um brasileiro está diante dele, não ao lado dele, que um e outro têm acerca do mundo pontos de vista diferentes, se não opostos”. “Pode-se dizer que existem pontos comuns, afinidades, um parentesco entre o Brasil e a América Espanhola, mas suas diferenças levam de vencida suas afinidades se tivermos em conta, além disso, a espetacular consolidação do Brasil numa única e gigantesca nação que toca em todos os outros países da América do Sul à exceção do Equador e do Chile, particularidade que contrasta com a fragmentação da América Espanhola em múltiplas parcelas”.
Aí está uma das maiores causas da inexistência de maior afinidade entre o Brasil e os demais vizinhos de origem espanhola: somos grandes demais, fortes demais e, como os Estados Unidos, causamos um misto de inveja e temor. É sintomático que recentemente tenhamos sido chamados de imperialistas na Bolívia e no Paraguai, sendo que no Paraguai nossa bandeira foi queimada. Algo que não foi mostrado nas TVs como seria se fosse a bandeira norte-americana.
Ainda assim, ou mesmo por isso, em que pese o enorme prejuízo dado ao Brasil pela Bolívia, as recentes hostilidades paraguaias, as imposições comerciais da Argentina, as queixas do Uruguai com relação ao tratamento que é dado no Mercosul a este país, pelo Brasil, o governo petista tenta impor Lula da Silva como o grande líder sul-americano, o irmão magnânimo capaz de eliminar a “influência nefasta” dos norte-americanos.
Desse modo, o Conselho Sul-Americano de Defesa, na verdade, uma aliança militar sub-regional que muito interessaria a Hugo Chávez, substituiria a Organização dos Estados Americanos (OEA) na solução de conflitos localizados.
Bem fez o presidente Uribe, da Colômbia, ao não aceitar o Conselho de Defesa. Como observou o sociólogo Demétrio Magnoli, “como pretender que a Colômbia se incorpore a um Conselho de Defesa incapaz de pronunciar uma condenação incondicional das Farc?”. (O Estado de S. Paulo, 29/05/2008). E bem agora quando o competente presidente Uribe está prestes a derrotar os narcoterroristas, como demonstram as mortes dos principais chefes do bando de celerados.
Como diz o ditado, há males que vêm para bem. Que a Unasul seja mesmo uma academia para tomar chá e fazer turismo. Caso contrário servirá não aos interesses do Brasil ou da América do Sul, mas do esperto Hugo Chávez, o verdadeiro senhor da “Casa”.
Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.
quinta-feira, 29 de maio de 2008
Terroristas do MST desocupam área invadida da Aracruz Celulose em Canguçu
Porto Alegre, quinta-feira, 29 de maio de 2008 - 11h29min
Os terroristas do MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores) e do MST desocuparam na manhã desta quinta-feira a área de 883 hectares da Aracruz Celulose, na localidade de Arroio das Pedras, em Canguçu (RS), que eles haviam invadido na quarta-feira. A região fica distante cerca de 80 quilômetros da sede do município. Já na noite de quarta-feira a Justiça emitiu decisão determinando a reintegração de posse da fazenda. A Brigada Militar deslocou 300 policiais militares para acompanhar as movimentações dos terroristas do MPA e MST na região, a maior parte de homens do Batalhão de Operações Especiais (BOE)uni.idades apoiadoras, e representante do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Esses terroristas covardes do MST, já que estavam na região, poderiam ter invadido as terras do deputado estadual latifundiário petista Ronaldo Zulke, que planta “deserto verde” (pinus e eucaliptos) com financiamentos de bancos públicos, o BNDES e Caixa RS. Mas, nesse caso, os companheiros se protegem. Ninguém dá um pio sobre o companheiro latifundiário Ronaldo Zulke, que planta seus “desertos verdes” em latifúndio no município de Encruzilhada, ao lado de Canguçu.
Fonte http://www.videversus.com.b
terça-feira, 27 de maio de 2008
Candidatas comunistas em Porto Alegre vão se encontrar com terroristas em Montevidéu
Fonte www.videversus.com.br
Do VIDECERSUS 26 05 2008
Festança de Lula no Palácio da Alvorada teve presença de 21 ministros
A festa que comemorou os 34 anos de casamento do Lula com a italiana Marisa Letícia teve a presença de 21 dos 37 ministros, além do vice-presidente, José Alencar, e do governador de Pernambuco, Eduardo Campos. A comemoração aconteceu no Palácio da Alvorada, com um jantar para cerca de 50 convidados. Na chegada, ficou claro que os ministros se dividiram entre os que viram a confraternização como um compromisso oficial e os que a consideraram um evento privado. Nove ministros foram à festa com carros oficiais, entre eles o controlador-geral da União, Jorge Hage. O primeiro a chegar foi o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima. O último foi o ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro.
O que os contribuintes têm a ver com o tempo com o qual está casado, e se ele quer festejar isso ou não?
Temos pelo menos um Presidente Democrata na América do Sul
Do VIDEVERSUS 26:05:2008
Presidente da Colômbia diz que não pretende integrar o Conselho de Defesa sul-americano
O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, disse na sexta-feira que seu país não integrará o Conselho de Defesa sul-americano proposto pelo presidente Lula devido à atuação de grupos terroristas na região. Uribe disse que aceita discutir a criação do conselho nos próximos 90 dias no âmbito do grupo de trabalho criado na Unasul (União de Nações Sul-Americana), mas não adiantou se pretende mudar de idéia para que a Colômbia ingresse no órgão. "Nós temos problemas graves de terrorismo e dificuldades com povos irmãos que, tomara, sejam superadas. Aceitamos a criação do grupo para discutir o tema, temos que avançar no sonho de um grande continente da América do Sul. Mas que seja um continente que a ninguém se permita romper as regras democráticas nem grupos violentos como as Farc (Forças Armadas Revolucionárias Colombianas – organização terrorista e traficante de cocaína)”. Uribe criticou a postura de países sul-americanos que não reconhecem as Farc como grupo "terrorista", a exemplo do Brasil e da Venezuela, o que também o motivou a ser contrário ao Conselho de Defesa.
segunda-feira, 26 de maio de 2008
PAU QUE NASCE T0RTO, MORRE TORTO.
Em 1969, novo ministro fez assalto planejado por Dilma.
Marina Silva, como se sabe, não se bicava muito com Dilma Rousseff, a ministra da Casa Civil. Agora, com a ida de Calos Minc para o Meio Ambiente, Dilma ganha um antigo aliado. E como!!! Eles foram companheiros de armas na organização terrorista VAR-Palmares. Na prática, ela era sua chefe. Minc cujos codinomes eram 'Jair', 'Orlando' e 'José' participou diretamente do famoso assalto ao 'cofre do Adhemar': na noite de 18 de julho de 1969, os terroristas invadiram a casa de Anna Gimel Benchimol Capriglione, amante do ex-governador Adhemar de Barros, e levaram um cofre com US$ 2.800.064, uma fortuna fabulosa.
Dilma era o cérebro da operação, junto com Carlos Franklin Paixão de Araújo. Não participou diretamente do assalto porque era considerada 'muito importante' para correr tanto risco. Minc participara antes, no dia 31 de março de 1969, do assalto ao banco Andrade Arnaud, de onde foram levados 45 milhões de cruzeiros. Na ação terrorista, o comerciante Manoel da Silva Dutra foi assassinado.
-São por essas e outras que esses terroristas "SOFREDORES" estão sendo indenizados, sob a batuda de um advogado, que se não me engano, participou da parada gay. Nada Contra. Quem tem flores dá flores, quem não tem faz o que melhor lhe apraz. Existem coisas que cada um cuida do seu..
domingo, 25 de maio de 2008
TARSO AMIGO DA ONÇA
Tarso, amigo dos Ustra
A fonte é segura - A - o fato Não está no imprensa, ainda...
Quando ocorreu a revolução de 64, o então militante de esquerda Tarso Genro fugiu para Rivera, no Uruguai, auto-exilando-se, temendo ser preso. Com o passar do tempo verificou que NINGUÉM o procurara e nada acontecia com ele - até na esquerda era um merda - e resolveu saber se não iam buscá-lo para ser preso.
Fez contato então com o Dr. José Augusto Brilhante Ustra, irmão do Cel Ustra, conceituado advogado em Santa Maria e amigo de seu pai que foi buscá-lo. Voltaram por via ferroviária para Porto Alegre e lá procuraram o Cel Athos Teixeira, então Secretário de Segurança, que era sogro do Dr. José Augusto e que garantiu que o Tarso Genro não seria preso.
Posteriormente, sob orientação e proteção do Dr. José Augusto Ustra e do Cel Athos, entrou para o CPOR do Exército, chegando a Tenente R/2 de Artilharia.
Pois é, né?
O "comissário" Genro, demonstrando a gratidão típica dessa raça (que está por aí saqueando o Brasil) com a família que lhe deu guarida quando mais necessitava, incentiva e apóia no seu Ministério que o Cel Ustra seja processado como responsável por tudo que ocorreu a Operação Bandeirante, com objetivo de ganhar alguns votos ou notoriedade, pois todos os processos anteriores foram arquivados pela Justiça.
Isso é uma face desse poliedro de "mau-caratismo" desse idiota.
Do Editor
O relato acima, não vai causar nenhuma surpresa aos leitores, mesmo aos mais incautos. Quando se trata de retratar ações desse individuo pernicioso, chamado Tasso, nome que certamente lhe foi posto, por pessoa inteligente que viu em sua figura ao nascer, a bela “bosta” em que se transformaria , eis que de seu nome a psiquiatria, descobriu a doença da tassofobia ( Horror mórbido a permanecer no ócio, sem fazer nada.) - Perguntem ao Mão Santa, garanto que ela conhece o estado de tassofobia. Estava o indigitado preclaro boçal, absorto em seu ostracismo, na Riviera, matutando porque será que ninguém fala sobre mim? ( desconhece que “mim” não conjuga verbo, e não faz nada).. Esqueceu também o “leva-e-traz” do terrorismo a sua insignificância dentro da organização, de forma que nem a repressão sentiu sua ausência. Vale para os terroristas, o mesmo pregão dos narcotraficantes : quem nasceu para “fogueteiro,” nunca chega a “vapor”. Considere-se ainda que é contumaz na “esquerda” trotskista esquecer os “kumpanheiros de viagem”, ou “pica-fumos”, principalmente os não confiáveis.
Vai te catar reizinho da bazófia. Ou vais dar uma de “EU SOU MINISTRO DA JUSTIÇA DO GOVERNO LULA”.
Que culpa temos nós pobres eleitores de que você não tenha estudado.
sábado, 24 de maio de 2008
A REVOLUÇÃO SILENCIOSA
Subject: A REVOLUÇÃO SILENCIOSA
Date: Sat, 24 May 2008 14:10:32 -0400
por Diego Casagrande, jornalista
Não espere tanques, fuzis e estado de sítio. Não espere campos de concentração e emissoras de rádio, tevê e as redações ocupadas pelos agentes da supressão das liberdades. Não espere tanques nas ruas. Não espere os oficiais do regime com uniformes verdes e estrelinha vermelha circulando nas cidades. Não espere nada diferente do que estamos vendo há pelo menos duas décadas.
Não espere porque você não vai encontrar, ao menos por enquanto.
A revolução comunista no Brasil já começou e não tem a face historicamente conhecida. Ela é bem diferente. É hoje silenciosa e sorrateira. Sua meta é o subdesenvolvimento. Sua meta é que não possamos decolar. Age na degradação dos princípios e do pensar das pessoas. Corrói a valoração do trabalho honesto, da pesquisa e da ordem. Para seus líderes, sociedade onde é preciso ser ordeiro não é democrática. Para seus pregadores, país onde há mais deveres do que direitos não serve. Tem que ser o contrário para que mais parasitas se nutram do Estado e de suas indenizações. Essa revolução impede as pessoas de sonharem com uma vida econômica melhor, porque quem cresce na vida, quem começa a ter mais, deixa de ser “humano” e passa a ser um capitalista safado e explorador dos outros. Ter é incompatível com o ser.
Esse é o princípio que estamos presenciando. Todos têm de acreditar nesses valores deturpados que só impedem a evolução das pessoas e, por conseqüência, o despertar de um país e de um povo que deveriam estar lá na frente.
Vai ser triste ver o uso político-ideológico que as escolas brasileiras farão das disciplinas de filosofia e sociologia, tornadas obrigatórias no ensino médio a partir do ano que vem. A decisão é do ministério da Educação, onde não são poucos os adoradores do regime cubano mantidos com dinheiro público. Quando a norma entrar em vigor, será uma farra para aqueles que sonham com uma sociedade cada vez menos livre, mais estatizada e onde o moderno é circular com a camiseta de um idiota totalitário como Che Guevara.
A constatação que faço é simples. Hoje, mesmo sem essa malfadada determinação governamental - que é óbvio faz parte da revolução silenciosa - as crianças brasileiras já sofrem um bombardeio ideológico diário. Elas vêm sendo submetidas ao lixo pedagógico do socialismo, do mofo, do atraso, que vê no coletivismo econômico a saída para todos os males. E pouco importa que este modelo não tenha produzido uma única nação onde suas práticas melhoraram a vida da maioria da população. Ao contrário, ele sempre descamba para o genocídio ou a pobreza absoluta para quase todos.
No Brasil, são as escolas os principais agentes do serviço sujo. São elas as donas da lavagem cerebral da revolução silenciosa. Há exceções, é claro, que se perdem na bruma dos simpatizantes vermelhos. Perdi a conta de quantas vezes já denunciei nos espaços que ocupo no rádio, tevê e internet, escolas caras de Porto Alegre recebendo freis betos e mantendo professores que ensinam às cabecinhas em formação que o bandido não é o que invade e destrói a produção, e sim o invadido, um facínora que “tem” e é “dono” de algo, enquanto outros nada têm. Como se houvesse relação de causa e efeito.
Recebi de Bagé, interior do Rio Grande do Sul, o livro “Geografia”, obrigatório na 5ª série do primeiro grau no Colégio Salesiano Nossa Senhora Auxiliadora. Os autores são Antonio Aparecido e Hugo Montenegro. O Auxiliadora é uma escola tradicional na região, que fica em frente à praça central da cidade e onde muita gente boa se esforça para manter os filhos buscando uma educação de qualidade. Através desse livro, as crianças aprendem que propriedades grandes são de “alguns” e que assentamentos e pequenas propriedades familiares “são de todos”. Aprendem que “trabalhar livre, sem patrão” é “benefício de toda a comunidade”. Aprendem que assentamentos são “uma forma de organização mais solidária... do que nas grandes propriedades rurais”. E também aprendem a ler um enorme texto de... adivinhe quem? João Pedro Stédile, o líder do criminoso MST que há pouco tempo sugeriu o assassinato dos produtores rurais brasileiros. O mesmo líder que incentiva a invasão, destruição e o roubo do que aos outros pertence. Ele relata como funciona o movimento e se embriaga em palavras ao descrever que “meninos e meninas, a nova geração de assentados... formam filas na frente da escola, cantam o hino do Movimento dos Sem-Terra e assistem ao hasteamento da bandeira do MST”.
Essa é a revolução silenciosa a que me refiro, que faz um texto lixo dentro de um livro lixo parar na mesa de crianças, cujas consciências em formação deveriam ser respeitadas. Nada mais totalitário. Nada mais antidemocrático. Serviria direitinho em uma escola de inspiração nazi-fascista.
Tristes são as conseqüências. Um grupo de pais está indignado com a escola, mas não consegue se organizar minimamente para protestar e tirar essa porcaria travestida de livro didático do currículo do colégio. Alguns até reclamam, mas muitos que se tocaram da podridão travestida de ensino têm vergonha de serem vistos como diferentes. Eles não são minoria, eles não estão errados, mas sentem-se assim. A revolução silenciosa avança e o guarda de quarteirão é o medo do que possam pensar deles.
O antídoto para a revolução silenciosa? Botar a boca no trombone, alertar, denunciar, fazer pensar, incomodar os agentes da Stazi silenciosa. Não há silêncio que resista ao barulho.
quinta-feira, 22 de maio de 2008
General Leonidas: "Revanchismo tem que acabar"
Entrevista do Gen Leonidas ao periódico Terra Magazine
Terça, 20 de maio de 2008, 16h33
O general e ex-ministro do Exército Leonidas Pires Gonçalves, 87 anos, desempenhou um papel central, porém discreto, nos bastidores da redemocratização do País. Na madrugada de 15 de março de 1985, telefonou para o então vice de Tancredo Neves, o senador José Sarney, depois de articulações políticas e jurídicas. A poucas horas da posse, houve de informar a Sarney a definição de seu nome como sucessor constitucional do agonizante Tancredo. Disposto a encerrar negativas, o general cortou a ligação: "Boa noite, presidente!".
Vinte e três anos depois daquela noite tumultuada, uma das peças do retorno do Brasil à democracia, a Lei de Anistia, ganhou contestação pública do ministro da Justiça, Tarso Genro, na antiga sede da União Nacional dos Estudantes (UNE), no Rio de Janeiro. Com o velho tom de voz do telefonema a Sarney, o general Leonidas questiona a quebra de um pacto histórico que visava apagar ódios e rancores mútuos.
- Nós das Forças Armadas já anistiamos. E essa gente não quer nos anistiar - define.
Em entrevista exclusiva a Terra Magazine, o ex-ministro do Exército (1985-1990) do primeiro governo da Nova República critica o que chama de "revanchismo". Por telefone, abriu uma "exceção", como faz questão de dizer, e aceitou responder a perguntas sobre a Anistia, a abertura de arquivos secretos, a esquerda armada, a eclosão de 1964, a tortura e a troca de informações entre os militares da América do Sul.
Em 15 de maio, no Rio, durante a assinatura do Memorial da Anistia Política no Brasil, o ministro Tarso Genro defendeu a punição dos responsáveis por crimes de tortura na ditadura militar (1964-1985). A declaração reabriu o debate sobre o alcance da Lei 6.683, votada em agosto de 1979.
- A Lei de Anistia é uma lei política. Ela incide sobre os crimes políticos. A tortura não pode ser considerada um crime político (...) Agora, isso tem que ser uma interpretação do Poder Judiciário. Não é necessário modificar a lei para que esses crimes sejam punidos - analisou o ministro.
Genro criticou ainda o "sigilo eterno" de documentos secretos. Outra tecla sensível das Forças Armadas.
Para o general Leonidas, o Brasil deve ser pensado daqui "pra frente", pois avalia que a Anistia apagou as marcas dos dois lados. Se houver punição, afirma, terão de ser revistas também as ações da esquerda, a exemplo do atentado a bomba no Aeroporto de Guararapes (Recife), em 1966. O ataque é atribuído à AP (Ação Popular).
- A anistia tem um dom: nós todos temos que esquecer essas coisas e cuidar do Brasil. Pra mim, essas coisas, lamentavelmente, têm gosto de revanchismo. Acho uma coisa imperdoável pra um homem da estatura funcional do ministro Tarso Genro.
O general fala da reunião de documentos do CIE (Centro de Inteligência do Exército) sobre a esquerda armada, durante sua passagem pelo governo Sarney. Nega a elaboração de um "livro", mas admite a coleta de "registros históricos". "Mas vocês, quando falta assunto, buscam minhoca embaixo de laje, viu?", diz Leônidas sobre a mídia. Na reserva, ele vive atualmente no Rio de Janeiro.
Terra Magazine - O que o senhor acha das declarações do ministro da Justiça, Tarso Genro, sobre a Lei de Anistia?
General Leônidas Pires Gonçalves - Acho que é uma opinião dele, mas eu não concordo. Anistia tem que ser ampla e irrestrita. Esse revanchismo tem que acabar. É melhor deixarmos essas coisas do passado e cuidarmos do Brasil daqui pra frente. Até porque há coisas também a serem cobradas...
O que tem que ser cobrado?
Porque do outro lado houve vários crimes. Ou você ignora isso? Me responda.
Houve anistia para os dois lados.
Exatamente. Esse é meu ponto de vista.
O senhor fez um livro quando era ministro do Exército do governo Sarney?
Ninguém fez livro nenhum. Isso tudo é conversa de vocês da mídia! O que nós tínhamos era um registro histórico, que nunca teve esse título de "livro". Mas vocês, quando falta assunto, buscam minhoca embaixo de laje, viu? Isso é que é verdade. Nunca houve livro coisa nenhuma.
Com documentos do CIE (Centro de Inteligência do Exército)?
Um registro histórico da nossa atividade. Nunca foi pra fazer um livro. Esse título de "livro" nem sei quem é que deu.
Eu, por exemplo, nunca tive a idéia de publicar nada.
Até porque tem uma justificativa pra não publicar nada: é que, durante meu período, não houve essas ações revanchistas. São muito pouco patrióticas, sabe? Querer rever coisas que não interessam mais.
O ministro Tarso Genro disse que a Lei de Anistia não protege torturadores.
Ora, pergunta se pegar um embaixador, raptar um embaixador, botar dentro de um automóvel a bordoada... Um homem acostumado a ser reverenciado, botar num quartinho de 2 por 3, e todo dia dizer que vão matar... Isso não é tortura?
O seqüestro do embaixador americano Charles Elbrick, em 1969?
De todos eles! É muito engraçado. Só se vê as coisas de um lado. A anistia tem um dom: nós todos temos que esquecer essas coisas e cuidar do Brasil. Pra mim, essas coisas, lamentavelmente, têm gosto de revanchismo. Acho uma coisa imperdoável pra um homem da estatura funcional do ministro Tarso Genro.
Defende uma conciliação?
Total. Nós das Forças Armadas já anistiamos. E essa gente não quer nos anistiar.
O ministro da Justiça também falou da abertura de arquivos. Quais arquivos faltam ser abertos?
Olha, eu não sei, não sei por que se fala nisso. Francamente. Não sei de arquivo.
Não é preciso especificar?
Uma vez ouvi de Elio Gaspari (jornalista) uma sentença interessante: a subversão abriu muito menos seus arquivos do que nós (risos). Que eles abram os arquivos deles também.
Mas há um livro do Daniel Aarão Reis Filho (historiador, autor de Imagens da Revolução, com Jair Ferreira de Sá) que reúne documentos das organizações de esquerda.
Pois é, há também o do (Jacob) Gorender. Eles nunca quiseram derrubar ditadura nenhuma, eles queriam fazer a ditadura deles.
É a tese do golpe preventivo?
Eles hoje dizem que estavam contra a ditadura... O Gorender diz que não. O Aarão Reis diz que não. E aquela outra que foi exilada com Zé Dirceu disse: "não, nós não queríamos derrubar ditadura não... Nós queríamos fazer a nossa ditadura". Aquela gente toda era de esquerda.
O ex-ministro Jarbas Passarinho reconhece que houve, depois de 1964, um regime autoritário.
Mas, venha cá, você sabe qual é a diferença entre regime autoritário e ditadura? Primeiro, regime autoritário não tem permanência de ninguém no poder. No nosso regime, o presidente foi sistematicamente mudado. Bom, você diz, mudado no Congresso... Em quantos países do mundo a democracia é exercida pelo Congresso e não por voto direto? Segundo, nós não tínhamos ideologia. E o que caracteriza uma ditadura é a ideologia. Nós não tínhamos uma ideologia. Sabe qual era a nossa? Fazer voltar a democracia verdadeira ao Brasil. Chamar de "ditadura militar" é uma impropriedade política. Eu tenho um trabalho publicado sobre política, minha tese na Escola Superior de Guerra.
O senhor acha que o governo Lula tem motivação ideológica pra resgatar essa questão?
Você sabe de uma coisa? O presidente Lula não está muito engajado nisso. É essa periferia que se esquece de uma coisa fantástica: deviam agradecer de joelhos, todo dia, nós termos feito a Revolução que permitiu voltar a democracia, que nós sempre quisemos. E evitar que a ditadura comunista, altamente violenta e assassina, estivesse vigente. Por que eu digo isso? Porque se eles tivessem chegado ao poder pela linha deles, e não pela nossa - porque chegaram por via democrática -, todos eles já estavam mortos, na típica autofagia dos comandos comunistas. Quantas pessoas que subiram com ele o Stálin matou?
O regime militar brasileiro também registrou desaparecimentos.
Vem cá! Qual foi o primeiro sangue que correu no Brasil?
O primeiro sangue?
Na Revolução de 64.
O senhor fala do atentado no aeroporto Guararapes (25 de julho de 1966, dia da visita do general Costa e Silva a Recife)?
Ah, "você fala" não! É aquele! E que ninguém fala. Que todo mundo esconde! Se o avião do Costa e Silva tivesse pousado, morreriam 50 pessoas. O Ronaldo Costa Couto, no livro dele, diz que Betinho (sociólogo Herbert de Souza) sabia que era da AP (Ação Popular). Ninguém fala nisso, não. Essa gente podia ser julgada também, né?
(N.R. O atentado em Guararapes deixou dois mortos: o almirante Nelson Gomes Fernandes e o jornalista Edson Régis de Carvalho.)
General Leonidas: "Sociedade gritou por 1964"
Na segunda parte da entrevista exclusiva a Terra Magazine, o ex-ministro do Exército Leonidas Pires Gonçalves avalia as declarações do comandante militar da Amazônia, general Augusto Heleno. Em abril, numa palestra no Clube Militar do Rio de Janeiro, Heleno chamou de "lamentável" e "caótica" a política indigenista brasileira.
Como pano de fundo, a demarcação oficial da reserva Raposa/Serra do Sol, em Roraima, onde segue o conflito entre índios e arrozeiros (o Supremo Tribunal Federal julgará a questão em meados de junho). Segundo o general Leonidas, a polêmica envolve a soberania nacional:
- As palavras do general Heleno são a cristalização da opinião do Exército Brasileiro, que está lá há décadas e conhece aquilo mais do que ninguém. Então, ele apenas teve a circunstância e a coragem de dizer o que nós julgamos há décadas - diz o general, que compareceu à palestra.
Outros dois temas são tocados nesta entrevista: a revisão do golpe de 1964 pela sociedade brasileira e a troca de informações entre os militares de países sul-americanos, nos anos 70. O general Leonidas diz que, se houve a Operação Condor, esta nasceu como reação ao treinamento internacional de guerrilheiros de esquerda.
- Agora, se ela (Operação Condor) existiu, acho que foi uma conseqüência natural da reunião de países com as mesmas concepções sobre a esquerda marxista-leninista, que estava atuando contra os países da América Latina - diz Leonidas, atualmente na reserva.
Numa revisão de 1964, o ex-ministro do Exército revela o sentimento dos militares sobre a mudança de ventos políticos:
- A sociedade brasileira, que veio pras ruas aos gritos, pedindo que nós barrássemos tudo (em 1964), hoje em dia nos deixa ser injustiçados, só nos chamando de "torturadores" e "matadores". Eles (esquerda armada) são matadores, eles botaram bomba, eles roubaram, eles assaltaram, eles fizeram tudo igualzinho. Esse quadro de fundo histórico nos leva ao seguinte: vamos acabar com isso tudo. A anistia ampla e irrestrita é para isso.
A seguir, a parte final da entrevista.
Terra Magazine - Tem acompanhado a questão da Amazônia? O senhor estava na palestra do general Augusto Heleno.
General Leonidas Pires Gonçalves - Fui comandante (militar) da Amazônia, conheço aquilo tudo. O que acontece é o seguinte: as palavras do general Heleno são a cristalização da opinião do Exército brasileiro, que está lá há décadas e conhece aquilo mais do que ninguém. Então, ele apenas teve a circunstância e a coragem de dizer o que nós julgamos há décadas. Realmente, nós temos um perigo internacional embutido naquilo tudo.
Relacionado à soberania?
Embutidos interesses inconfessáveis. Julgo que a marcação daquelas áreas sempre foram inadequadas. Essa segregação é uma maneira de não fazer os índios realmente brasileiros. Não tem cabimento.
As demarcações representam um perigo para o País?
Eu acho. Basta também ler "As Declarações da ONU (Organização das Nações Unidas)". Reconhecer que as tribos de dois países têm direito...
Os yanomamis?
Durante o meu período (no ministério do Exército), sempre fui contra a demarcação yanomami e consegui durante o governo do presidente Sarney que a área não fosse demarcada. A verdade é que aquela área, se tiver, tem dez mil índios. Entregar Portugal pra dez mil índios? E outra coisa interessante: aquela área é muito rica. É muito desejada.
Parte dessas áreas demarcadas são acidentadas, não agricultáveis?
Conheço aquilo muito bem. Já fiz uma manobra de 15, 20 dias. Aquelas áreas são campos. Tanto é verdade que há produção de arroz. Mas quem é que disse que é pra fazer agricultura? Nós não queremos isso. Nós queremos integrar o índio. Queremos que o índio participe da sociedade brasileira. Para isso, em vez de segregá-lo, nós temos que fazer chegar a ele saúde, educação, etc. Agora, se você vai ver a nossa tropa no Vale do Rio Negro, toda ela é de índio. É isso que nós queremos, realmente. As índias estão casando com os soldados. Mas é claro que elas querem casar com os soldados, pois os soldados também são índios, têm uma vida estruturada, têm um ordenado.
Os documentos que o senhor levantou, quando era ministro do Exército, contestam a versão da esquerda? O senhor apresentou ao presidente José Sarney...
Não, é o seguinte: aquilo é um registro das ocorrências da época. Eu sempre costumo dizer o seguinte: há um ditado português, muito velho, que diz: quem semeia vento...
Colhe tempestade...
Nós fizemos a revolução para evitar que se implantasse no Brasil um regime daquela violência que foi provada no mundo inteiro. Roberto Campos tem uma frase sensacional sobre isso: esse regime foi perverso e assassino em todos os matizes. No branco, Rússia. No amarelo, Khmer vermelho (Camboja). No preto, África. No mestiço, Caribe. O barbudo (Fidel Castro) é outro assassino. Nós evitamos que o Brasil caísse nessa linha. A sociedade brasileira nos é muito injusta. Eles falam em (passeata dos) 100 mil, na Diretas-Já... Começa que a frase "Diretas Já!" é de João Figueiredo. Você sabe disso?
Não era um bordão de Teotônio Vilela?
Podem dizer que é de outro, mas não é, não. Bom, o João Figueiredo era um homem completamente embebido de espírito democrático, o pai dele...
General Euclides Figueiredo, que foi anistiado (por duas vezes).
É. E ele aprendeu a ler na Argentina. Eu fui do Estado-Maior Revolucionário de Castelo (Branco) e nunca se pensou em fazer uma ditadura permanente. Nós estávamos querendo evitar que a ditadura maléfica, assassina, da esquerda, tomasse conta do Brasil. Quando começamos a ter a visão de acabar com ela, começou a subversão e nos aferrou num problema. Nós não pudemos mais largar o governo porque a subversão continuou. Continuou batendo em soldado, botando bomba, raptando embaixador, assaltando banco.
Tudo isso foi por espírito aventureiro e muita brasilidade... É um cinismo.
Nos anos 70, o senhor ouvia falar da Operação Condor?
Olha aqui, eu nunca ouvi falar nessa Condor. Mas eu faço a seguinte análise, peço que você siga meu raciocínio e dê tua opinião também. Você sabe o MCI? Movimento Comunista Internacional. Você tem dúvida disso? Entre na internet e veja quais eram as ordens originárias da Rússia. Então, se juntou a Rússia, a Albânia, a China e Cuba, pra fazer subversão no Brasil e na América Latina. Se eles se reuniram pra fazer subversão, por que não cabe nos reunir pra nos defender?
Houve troca de informações dos regimes militares na América do Sul?
Claro que havia troca! E eu te pergunto: não havia troca de preparo dos subversivos em várias áreas? Não foi brasileiro pra Cuba? Não foi brasileiro pra Albânia? Não foi brasileiro pra Rússia? Não foi brasileiro pra China? Foi ou não foi? O movimento não era internacional? Já ouviu falar daquela máxima da mecânica? Para toda ação corresponde uma ação igual e em sentido contrário. Eu nunca participei de Condor, nem ouvi falar. Agora, se ela existiu, acho que foi uma conseqüência natural da reunião de países com as mesmas concepções sobre a esquerda marxista-leninista, que estava atuando contra os países da América Latina. E, portanto, foi uma conseqüência quase que natural esses países se reunirem pra se defender.
Há comparação entre Ernesto Geisel e Pinochet?
Que é isso! Vou te fazer uma pergunta, vou te fazer uma pergunta. Quantos habitantes tinha o Brasil em 1964? Cem milhões. Quantos mortos são atribuídos à Revolução? 224. E nós perdemos outros tantos. Pra 100 milhões, morreram 224. Agora, qual é a população do Chile?
Bem menor. Lá morreram mais de três mil.
E qual é a população de lá? Então, eu considero até ofensivo você me fazer uma pergunta dessa.
Pergunto porque o senhor falou da troca de informações...
Pois é, mas isso é um absurdo! Nós salvamos esse Brasil. Eu reconheço, meu jovem, que a morte é uma coisa transcendental. Morrer uma pessoa é uma coisa que choca a gente. Mas nós salvamos o Brasil por um preço muito barato. Quantos milhões matou o Stálin? Qual era o regime dele?
O comunismo.
Quantos milhões matou o Khmer Vermelho? Quantos milhares matou o Fidel Castro naquela ilha com meia dúzia de habitantes? O que nós fizemos foi salvar o Brasil de entrar nessa linha. Agora, a sociedade brasileira, que veio pras ruas aos gritos, pedindo que nós barrássemos tudo, hoje em dia nos deixa ser injustiçados, só nos chamando de "torturadores" e "matadores". Eles são matadores, eles botaram bomba, eles roubaram, eles assaltaram, eles fizeram tudo igualzinho. Esse quadro de fundo histórico nos leva ao seguinte: vamos acabar com isso tudo. A anistia ampla e irrestrita é para isso. Ninguém é purinho em nenhum dos dois lados. Agora, quem deu partida nas mortes foram eles, e não nós.
Como é sua frase do soldado e do chocolate?
(risos) Eu digo assim: na hora de se dar chocolate, não se dá tiro; na hora de se dar tiro, não se dá chocolate. Mas eu gosto mais de uma outra: o soldado é um cidadão de uniforme para o exercício cívico da violência. Só nós que podemos fazer o exercício cívico da violência. Você guardou essa aí?
Guardei.
Então, eles não podiam fazer o exercício cívico da violência. Quem não está caracterizado pela tradição milenar, não pode fazer isso. O soldado é o cidadão de uniforme para o exercício cívico da violência. Nós, quando fazíamos o exercício cívico da violência, estávamos dentro de uma tradição milenar pra salvar o nosso País. E salvamos!
O senhor não acha que, na eleição prevista para 1965, Juscelino Kubitscheck tinha muito mais chances de chegar ao poder do que um comunista?
A parte propriamente política eu não tenho muita avaliação. Você sabe que voto é uma coisa inacreditável. O presidente Lula perdeu três eleições e acabou ganhando. Voto é uma coisa muito variável. Mutável. Tenho uma pergunta a mais, já estou te fazendo uma exceção danada de responder a perguntas.
O senhor já está me entrevistando...
Estou querendo te ensinar. Você guardou meus argumentos? No livro da Fundação Getúlio Vargas, Os anos de chumbo, sou uma das fontes ouvidas. Na abertura, o que eu digo? Que não gosto de falar desse tema. Não é que eu não me orgulhe. É porque eu acho que não vale mais a pena falar disso, temos que pensar o Brasil pra frente. Acabar com esses revanchismos pequenos. Sem dimensão. A grande conclusão minha: a anistia é para que o Brasil comece a viver outros tempos.