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segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Falta gás, sobra flatulência

Por Carlos Alberto Cordella

São tantas as falácias espargidas pela prodigiosa mente do Sr Lula da Silva em contínuos turbilhões verborrágicos, que a cada dia somos brindados com novas assombrações.
Primeiro a Bolívia decreta a nacionalização das refinarias estrangeiras em seu território, depois rompe acordos garantidos por leis internacionais exigindo maior pagamento pelo gás natural que produz e revende.
O Sr Lula preocupado com as riquezas naturais e com o bem estar do povo boliviano, humildemente, se curva e concorda com as exigências do cocaleiro, aprendiz de ditador e garoto de recados do lunático Hugo Chapolin Chaves.
Sob a suspeita de um repasse no preço do gás à população brasileira, conseqüência desse acordo, o Sr Lula da Silva, imediatamente, tranqüiliza os brasileiros afirmando com toda sua autoridade que não haverá aumento no preço do gás e que o Brasil não sairá prejudicado.
Determina que a Petrobrás arque com o prejuízo causado ao erário, alguns parcos milhões de dólares, conseqüência de sua benevolência, como se a Petrobrás não pertencesse ao povo brasileiro.
Decorridos alguns meses da fanfarronice do presidente Lula, o presidente da Petrobrás manda cortar o combustível dos postos e indústrias para que o fantasma do apagão não volte a rondar o país, tirando o sono da camarilha instalada no Palácio do Planalto.
Indignado, o governo do Rio de Janeiro vai a justiça e esta determina que a Petrobrás mantenha o fornecimento de gás.
O presidente da Petrobrás dá entrevista coletiva alertando o povo que o consumo cresceu, que o preço do gás está defasado e que o governo está com dificuldades para suprir as necessidades das termoelétricas.
O surpreendente é que a própria Petrobrás havia incentivado as alterações nos veículos e indústrias do sudeste visando aumentar o consumo desse combustível em substituição à gasolina, óleo diesel e energia elétrica, já que o Brasil desembolsa o mesmo valor pelo gás que é consumido e por aquele que não é consumido, considerando o volume total contratado à Bolívia.
Aqui fica uma pergunta ao Sr Lula da Silva:
- A Petrobrás apenas esperou que caísse no esquecimento a caridade prestada ao povo boliviano, à custa do trabalho do povo brasileiro, ou o Sr Evo Morales, em mais um de seus rompantes como aprendiz de ditador, mandou fechar a torneira para obrigar o Brasil a um novo acordo com valores mais elevados?
Ao que tudo indica Evo Morales está com a faca e o queijo na mão, já que durante os cinco anos de governo do presidente Lula ninguém lhe avisou que o Brasil não produz gás suficiente para suas necessidades, apenas, por falta de visão estratégica e não por falta de reservas.
Considerando a tibieza com que o governo Lula trata dos assuntos relativos à política externa e geopolítica não será surpresa se nosso prodigioso Presidente e seu Aspone Top Top, juntamente com o presidente da Petrobrás, os Ministros das Relações Exteriores, da Defesa e da Fazenda decidirem que o melhor para a Bolívia será o povo brasileiro pagar a conta superfaturada dessa mixórdia e incompetência.
Convenhamos, se a Petrobrás construir um gasoduto ligando Brasília ao Sudeste, aproveitando toda flatulência produzida nos poderes pensantes da República, com certeza o Brasil teria auto-suficiência em gás.
E já que o Sr Lula fala tanto no biocombustível transformem a Praça dos Três Poderes num gigantesco biodigestor anaeróbico para produção de gás renovável e ecológico politicamente correto. Matéria prima com certeza não faltará.
Presidente Lula fica aqui registrada a sugestão deste brasileiro que inclusive prontifica-se em colaborar fornecendo matéria prima, de primeira qualidade, gratuíta.