19-9-2007 Produzido pela editoria do site http://www.averdadesufocada.com/ocada.com
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Vamos começar, a pedido dos visitantes do nosso site, a fazer uma análise do livro publicado pela Secretaria dos Direitos Humanos e lançado no Palácio do Planalto, com pompa e circunstância, como livro oficial, com discursos, alguns inflamados, revanchistas, como o de Marcos Antônio Rodrigues Barbosa; alguns ameaçadores, como o do Ministro da Defesa Nelson Jobim; alguns que não acrescentaram nada, como o do presidente Lula e um muito emocionante, o da senhora Elzita Santos de Santa Cruz Oliveira, que tem um filho entre os 136 desaparecidos.
Voltemos no tempo. Em 1999, Carlos Tibúrcio e Nilmário Miranda publicaram o livro Dos filhos desse solo - Mortos e desaparecidos políticos durante a ditadura militar: a responsabilidade do Estado.Nilmário Miranda, quando da publicação do livro, era da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados e, nas décadas de 60 e 70, militou na organização clandestina Política Operária - POLOP. Os crimes praticados durante sua ativa militância na organização subversivo-terrorista o levaram à prisão por três anos. Carlos Tibúrcio foi dirigente da Polop e durante “os anos de chumbo” militou no Partido Operário Comunista - POC-, organização também clandestina. Esteve preso por dois anos, de 1973 a 1975, em São Paulo. Na época da publicação do livro, era dirigente do grupo Tortura Nunca Mais, de São Paulo.O projeto do livro contou ainda com outros militantes e simpatizantes da causa, a saber:Capa e projeto: Alípio de Freitas, ex-padre, membro ativo da Ação Popular - AP, na luta armada, com curso em Cuba e, segundo Jacob Gorender, do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR), mentor do atentado à bomba, no Aeroporto de Guararapes, em Recife, que matou duas pessoas e deixou 13 feridos.Também participou do projeto Luiz Dulci, trotskista da OSI - Organização Socialista Internacionalista (LIBELU-Liberdade e Luta), então presidente da Fundação Perseu Abramo, instituída pelo Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores em maio de 1996 e um dos fundadores do PT.O livro atual, Direito à Memória e à Verdade, que, inicialmente, segundo a mídia, será distribuído para bibliotecas, escolas e organizações ligadas aos direitos humanos, teve o patrocínio da Caixa Econômica Federal e da Petrobrás. A iniciativa de sua publicação foi da Secretaria de Direitos Humanos, que tem como ministro Paulo Vanucchi, ativo militante da ALN, nos “anos de chumbo”, uma das organizações mais violentas. A elaboração, distribuição e informações são de responsabilidade da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos. Políticos que assim constituída:Marcos Antônio Rodrigues Barbosa, presidente;Pedro Wilson, Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados;Belisário dos Santos Júnior, representante da sociedade civil.Diva Soares Santana, representante dos familiares dos mortos. Maria Eliane Menezes de Farias, representante do Ministério Público Federal.Coronel João Batista Fagundes, representante das Forças Armadas e, Augustinho Veit. No livro, os agradecimentos a familiares dos mortos, a militantes vivos e a pessoas ligadas à causa são inúmeros.Dois dias antes do lançamento, já tínhamos em mãos um CD, com o teor do mesmo. Comparando os dois livros, são mínimas as diferenças, tanto na apresentação, como nos temas propostos. Todos os mortos são apresentados como heróis, jovens idealistas, desarmados e inocentes, que lutavam para libertar o Brasil de uma ditadura militar sanguinária e que foram covardemente torturados e massacrados sob a responsabilidade do Estado.Os dois livros distorcem a história, omitem qual era o verdadeiro objetivo da luta armada e quando ela começou. Omitem que desde 1935 eles tentavam implantar uma ditadura comunista no Brasil. Derrotados em 1935, vieram com força total, treinados, já a partir de 1961 para tentar realizar o velho sonho, acalentado até os dias de hoje.Para confirmar o que omitem, nada melhor do que Daniel Aarão Reis, hoje professor de História Contemporânea na UFF, um dos 40 militantes banidos para a Argélia em 15 de junho de 1970 em troca do embaixador da Alemanha, que assume a coragem de proclamar que a esquerda havia decidido dar um golpe para implantar a ditadura do proletariado no Brasil, no início dos anos sessenta e que já preparavam militantes, enviando-os para curso de guerrilha em Cuba, China e União Soviética, desde 1961. Depoimento semelhante foi dado à TVE por Anita Leocádia, filha de Luiz Carlos Prestes, que, ao ser entrevistada, expôs, de forma clara, convicta e com total independência, que os partidos comunistas, vinculados ao PCUS e aos demais partidos da internacional socialista, estavam com todo o planejamento pronto para a tomada do poder no Brasil, em 1964, no que foram impedidos pela Contra-Revolução de 31 de março.Estas informações transmitidas, numa confissão espontânea por dois quadros da estatura hierárquica que tem Daniel Aarão Reis e Anita Leocádia, dão indiscutível legitimidade à divulgação da verdade a que todos temos o direito de saber, mas que os livros omitem. Cremos não haver caminho melhor do que este para colocar a história no seu verdadeiro curso e, assim, denunciar a tão conhecida parcela da esquerda corrupta que, fugindo dos verdadeiros fatos históricos, em busca de vantagens pessoais, distorce a realidade.O livro omite os atos criminosos praticados pelos militantes mortos, como: arruaças nas ruas, sabotagens, atentados a bomba, seqüestros e assassinatos. Omite que pegaram em armas ou, quando muito, admite seu uso, como um ato desesperado, um heroísmo extremo, em “defesa da liberdade democrática”.Se queriam um livro, que trouxesse à tona a verdade, não deveriam omitir a motivação da luta armada, os crimes cometidos por eles e apresentar com provas as causas das mortes dos subversivos e terroristas.
Deveriam também relacionar os 120 mortos por eles assassinados.
. Os próprios autores, Nilmário e Tibúrcio,“conheceram as crueldades dos cárceres da ditadura militar, mas não esmoreceram um instante sequer, dedicando suas vidas à recuperação da memória daqueles tempos execráveis.” Ainda o trecho do prefácio diz, sobre Nilmário: “Lá como aqui pôde contribuir para o restabelecimento do Estado de Direito democrático. Não esqueceu, por um momento sequer, os companheiros que tombaram diante do poder militar. Nunca se atemorizou e na Câmara dos Deputados desenvolveu notável trabalho em prol dos direitos humanos, voltando suas atividades para recuperação da memória de quantos foram eliminados pelas forças de segurança do Estado.”Nilmário não lembrou, em nenhum momento, aliás, como qualquer dirigente dos Direitos Humanos, de nenhuma das 120 vítimas dos “jovens defensores da liberdade”- também filhos desse solo.Nas relações existentes, organizadas por ONGs de esquerda, o número de mortos e desaparecidos é variável. O Dossiê de Mortos e Desaparecidos Políticos relaciona 296; o Grupo Tortura Nunca Mais lista 358; perante a Comissão criada pela Lei 9.140, até 1996, foram protocolados 360 pedidos de indenização. Tais diferenças, associadas aos critérios subjetivos apresentados pelos responsáveis pelas relações, não nos permitem concluir, com alguma precisão, quanto ao número de mortos pela ação dos órgãos de segurança do Estado.Existem casos listados de mortos em confrontos com os órgãos de segurança; escaramuças de rua, balas perdidas, atropelamentos, etc -, casos de “justiçamentos” pelos próprios companheiros; disparos acidentais por armas portadas pela vítima; casos de mortes por explosões, ao portarem ou manusearem explosivos; casos de acidentes de trânsito; casos de conflitos agrários; casos de câncer; oito falecimentos no exterior; e 13 desaparecimentos no Chile, na Bolívia e na Argentina que, inegavelmente, são impossíveis de atribuir-se responsabilidade ao Estado.Dos filhos desse solo lista 420 nomes, sendo que um, Wlademiro Jorge Filho, está ou estava vivo na época e, mesmo assim, a família foi indenizada. Desses 420, retirando o reconhecidamente vivo, pelo autor, restam 419, dos quais eles ainda retiram 23, como não sendo enquadrados como morte por motivação política, restando, portanto, 386.A apresentação dos nomes, os pedidos de indenização e as versões dos interessados, para justificar as mortes como de responsabilidade do Estado, são relacionadas por organização.No livro de Nilmário Miranda e Carlos Tibúrcio eles apresentam as versões oficiais e as versões apresentadas perante a Comissão de indenização. O livro Direito à memória e à verdade, cita 475 casos, 55 a mais do que o primeiro. Estão relacionados inclusive mortos durante o período de 1961 a 1988 . Segundo o livro, para prova perante a Comissão Especial de Anistia, foram tomados “por base depoimentos de ex-presos políticos, advogados, de agentes do Estado e pessoas envolvidas no processo de repressão, bem como analisando reportagens de imprensa”.O revanchismo e o ódio existente dessas comissões fazem com que se considere a morte de um terrorista em tiroteio como se fosse de responsabilidade do Estado. Aceitam como prova para conceder a indenização o fato de um morto estar de japona e, 30 anos depois, a Comissão de Justiça e Paz, chegar à conclusão que, em São Paulo, não estava frio suficiente e que, portanto, a peça só poderia ter sido usada para encobrir as marcas de tortura. Existem casos de mortos, acidentalmente, por companheiros; outros mortos em explosão do carro em que transportavam explosivos; um caso de morto por câncer, cinco anos depois de libertado. A lista retrocede a 1950 (há uma morta, militante do PCB, relacionada nesse ano) e outros mortos até 1988, totalizando os 475 enumerados como de responsabilidade da “sanguinária repressão da ditadura”, apesar do regime militar vigorar de 1964 a 1985 Com mais calma analisaremos alguns casos, em outras oportunidades. A não ser o aumento do número de vítimas, os dois livros são muito semelhantes. Apenas, foram oficializados pelo governo, apesar de tendenciosos e tiveram o patrocínio de estatais. O primeiro não sabemos quem patrocinou.O patrocínio é de somenos importância, a não ser que estejamos em um país sério com governo probo, o que não é o caso. Temos a convicção de que essas mentiras não têm o poder de causar mossas aos que combateram esses criminosos esquerdistas do tempo da luta armada, por não terem substância em uma Justiça minimamente justa.O problema, entretanto, é a veiculação, farta e criminosa, dessas falácias entre a juventude, essa mesma parcela da sociedade brasileira que, outrora, foi cooptada para servir de “bucha de canhão” para esses assassinos covardes.“Corrompa a juventude e dê-lhes liberdades sexuais” é uma das máximas de Lênin para a tomada do poder. Eles não se esqueceram das lições de seus próceres. Ainda pior é que fazem isso sob o beneplácito desse desgoverno que aí está.
Nota: Assumimos junto ao autor as iluminações a cores ou negrito, para que fiquem bem gravadas na memória dos leitores.
Editor de www.reservativa.us.tt